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Medidas do Governo deixam restaurantes da região com a corda pelo pescoço
Empresários defendem alívio da carga fiscal e rejeitam mais subsídios. Cada vez mais empregos em risco

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| 03 Dez 2020 10:51
Sílvia Carvalho d'Almeida
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As mais recentes restrições relativas à Covid-19, impostas pelo Governo, revelaram estar a ter impactos negativos nos restaurantes da região. A quebra nos lucros tem sido significativa com a diminuição do número de clientes, e vários empresários temem o despedimento de funcionários ou mesmo entrar em falência. Recorde-se que ao confinamento de março com implicações que ainda se estão a sentir, e a medida de fecho após as 23 horas, se somaram dois fins de semana nos quais este horário foi até às 13 horas.

O jornal Valor Local contactou alguns estabelecimentos, que falaram sobre como estão a fazer face à situação atual de crise pandémica, como consideram os apoios previstos para o setor, e sobre o que pensam que poderia ser feito para atenuar os efeitos das medidas do Estado.

Nuno Almeida, gerente do restaurante A Prensa, em Alenquer, está muito apreensivo relativamente a toda esta situação. Conta que tanto no confinamento de março como agora, não houve da parte do Governo resposta eficiente de mitigação dos danos causados. “Não nos deixam trabalhar e mantêm a mesma carga de impostos independentemente de estarmos a funcionar ou não. Por exemplo, quando estivemos encerrados em março, e o mesmo se passa agora, pagámos toda a carga fiscal, tal como a Segurança Social, estando ou não a ter rendimentos.” Relativamente aos apoios estatais previstos, Nuno Almeida é perentório: “Acho que são mais do que inadequados. Há rendas, salários, e outras despesas inerentes, que estando ou não a trabalhar são fixas. Estamos a falar de milhares de euros mensais. No nosso caso em particular, em que estávamos a ter um saldo bastante positivo, esgotámos tudo até ao limite, para cumprir as nossas obrigações.” Sobre o que considera que pode ser feito da parte do Governo, explica: “No imediato, e quando não estivermos a laborar, eliminar a Segurança Social. Depois, enquanto estivermos a meio gás, baixar o IVA para 6 por cento, o que poderia ser feito até final de 2021. Que baixem a Taxa Social Única e o IRC. Não me interessa absolutamente para nada subsídios a fundo perdido. Nós trabalhamos. Mas o governo impede-nos de trabalhar, então tem que nos dar condições de proteção enquanto não podemos laborar. Se o Governo quer que tenhamos algum sentido de estado, tem que nos proteger também.”

Para Manuel Duarte, do Migas, em Alcoentre, os prejuízos têm sido na ordem dos 80 por cento. Espera agora que os subsídios estatais, sejam do Governo ou da autarquia, cheguem e permitam melhorar a situação. O que mais teme é “ter que fechar a porta”. Refere à nossa reportagem que tem três funcionários aos quais tem de pagar salários, para além do seu próprio vencimento. O que lhe tem valido são as poupanças mas mesmo essas “não duram para sempre.”

Carlos Mera, do Fuso, em Arruda dos Vinhos, também considera os apoios ao setor “muito escassos”. Gostaria que estes estivessem a ser “construídos à semelhança do que acontece para o setor noutros países da Europa”. Adverte que face ao andamento das coisas, o mais provável é que  “muitas casas tenham que fechar”. A média de prejuízos tem sido na ordem dos 40 por cento, quando lhes é permitido estarem abertos. Não sabe ao certo quantos empregados é que de momento estão em risco de ficar sem emprego, mas no total são cerca de 20 os que estão efetivos. “Já não precisamos de tantos funcionários, e não sei quanto tempo mais é que os vamos conseguir manter, ainda para mais porque esta situação não tem fim à vista.”


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