Mês da Enguia com mais de duas toneladas servidas nos restaurantes

Pavilhão do Inatel com atividades artesanais tem atraído muitos visitantes
VOLTAR
Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS
Imagem

Está a decorrer desde o início do mês de março, a 19ª edição do Mês da Enguia, e segundo a vereadora Helena Neves, a adesão tem corrido de uma forma acima das expetativas. Com duas semanas decorridas do evento, já se caminhava a passos largos para as duas toneladas de enguias confecionadas nos restaurantes aderentes no concelho de Salvaterra de Magos.

“Temos tido uma enorme adesão ao pavilhão da feira de artesanato e dos produtores locais. E de acordo com os restaurantes, estamos a registar um número muito grande de visitantes ao concelho para virem provar a enguia”, refere. O certame por si só também coloca em evidência “os aspetos culturais e paisagísticos do concelho”. Neste âmbito, “as exposições a decorrer também têm tido uma adesão significativa, bem como as demais iniciativas a terem lugar. No fundo, o Mês da Enguia não passa só por as pessoas virem comer a Salvaterra e voltarem para casa”.

Helena Neves refere que a aposta “este ano foi mais forte”, com “mais artesãos, com mais oferta no pavilhão do Inatel”, bem como “ a envolvência das nossas associações, fazendo com que tenhamos mais visitantes”. Para já, ainda não está feita a contagem dos visitantes que vão passar na feira do artesanato. No final do certame, será feito esse balanço junto dos 18 restaurantes aderentes. Os que entraram pela primeira vez no certame, consideram que “a aposta está a ser positiva”.

Fomos conhecer de perto alguns dos artesãos do concelho presentes no pavilhão do Inatel. Gomes da Silva é oleiro, tem 71 anos, e há 57 anos que se dedicou a este ofício e confessa que nesta altura já não se ganha nada com a olaria, ao contrário de outros tempos. “As pessoas compram o mais barato, mas depois ficam mal servidos”, referindo-se aos produtos chineses do género. Quanto à iniciativa, não tem dúvidas: “É boa, e já devia ter esta componente do artesanato há mais tempo”.

António Vidigal, da freguesia do Granho, dedica-se à cestaria, e usa o vime chileno nos seus trabalhos, que “é mais macio, e não parte”, “O bicho não entra com este material”, diz a sorrir, ao referir-se à qualidade da matéria-prima. Começou a arte aos 12 anos, e hoje com 67 anos assiste a um novo interesse do público na aquisição da cestaria – “A malta já gosta disto outra vez, passou a moda do plástico”. Mesmo assim não consegue viver da cestaria – “Fui camionista durante muitos anos, agora retomei tendo em conta também esta iniciativa da Câmara”.

Alexandre Rodrigues, de Marinhais, produz utensílios a partir de jornal, entregámos-lhe um exemplar do Valor Local, e o mesmo referiu que o poderia usar após avaliar se conseguiria ou não enrolar o papel, e mostra um porta pincéis feito a partir de jornais antigos. Os seus critérios para decidir ou não se pode enrolar o papel, referem-se à circunstância de poderem constar fotografias de figuras públicas, e mostra uma imagem do papa num jornal – “Destas não consigo enrolar!” Mas quando se lhe pergunta sobre uma notícia sobre um possível aumento de impostos, não tem dúvidas – “Isso já seria à vontade”; mas também “alguns políticos”. No seu caso, refere que se iniciou nestas lides ao melhor estilo, “o desemprego fez o artesão”. “Vi como se fazia este trabalho, e desenvolvi as minhas próprias técnicas, típicas da tecelagem”.

Sílvia Agostinho
25-03-2015

    Comente esta notícia

Submeter

Comentários

Ainda não há novidades ...

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS