Miguel Rodrigues, O “Rei” Pescador de Azambuja

O atleta e um dos seus "troféus"
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Se a participação numa grande competição internacional é o sonho de qualquer atleta, então o jovem azambujense Miguel Rodrigues está prestes a realizar esse sonho pela terceira vez.

O jovem pescador do Grupo Desportivo de Azambuja, que se iniciou nas lides da pesca quando tinha três anos de idade ao acompanhar o pai e o avô nas pescarias familiares; e que entre os cinco e os seis anos de idade entrou na pesca de competição, vai, agora, passada uma dezena de anos representar mais uma vez a selecção nacional de sub 18. O campeonato mundial de pesca desportiva disputar-se-á no próximo mês de agosto na Sérvia. Miguel Rodrigues repete, assim, a participação de 2014, a que se junta uma anterior participação em 2012 no mundial de sub 14.

Mas não se pense que é fácil, o treino exige muita entrega e é desgastante a nível físico pois é preciso contar com longas deslocações para se treinar nos melhores locais. Apesar de Azambuja estar junto ao rio Tejo e com a Vala Real aos seus pés, é impossível treinar ali pelas condições existentes - “Num treino na Vala Real, o pescador arrisca-se a deixar no local cerca de 20 euros em material perdido entre bóias, fios e anzóis. E com todas essas perdas, acaba por ser mais barato gastar apenas o combustível necessário à deslocação para outro ponto de pesca”. Por outro lado, outro fator que obriga a que o treino seja efetuado noutras zonas do pais, relaciona-se com a circunstância de este atleta praticar uma pesca de pista, com especificidades que não existem num rio devido a diversos fatores tais como as correntes e as marés.

Segundo o atleta e o seu treinador Alexandre Rodrigues, em Portugal, a pesca desportiva é uma modalidade amadora, e desta forma, vive à base da boa vontade de alguns clubes e dos pescadores. “Como não é uma modalidade mediática que arraste multidões, os patrocínios são difíceis de obter”, constatam.

Por outro lado, a pesca de alta competição, segundo Alexandre Rodrigues, não é uma modalidade barata: “Uma cana pode custar entre 1000 a 5000 euros, a que acresce todo o outro material para treino e competição, como iscos, anzóis, engodo, fios; sem esquecer as despesas com a alimentação e as deslocações para treinos.” No caso de Miguel, este estima que semanalmente tenha uma despesa de cerca de 80 euros com a modalidade.

Mas todos estes sacrifícios compensam, como provam os resultados alcançados por Miguel Rodrigues desde 2008, nos quais se contam um título regional de sub 14, dois regionais de sub 18 – num percurso que foi coroado no ano de 2014 com o título de campeão nacional de sub 18.

Nuno Filipe
03-06-2015

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