Movimento pelos passes sociais a 40 euros quer mais ação da Câmara de AzambujaA medida deve entrar em vigor a 1 de abril, mas autarcas andam à deriva quanto às suas implicações
Sílvia Agostinho
07-01-2019 às 16:56 O movimento que reclama o passe social a 40 euros para Azambuja já entregou as cerca de 400 assinaturas recolhidas, ao longo do mês de dezembro, ao executivo municipal. Paulo Louro e Marco Leal, deste movimento, estiveram presentes na última reunião de Câmara, onde deram a conhecer as suas preocupações quanto a esta matéria.
É sabido que o Governo já anunciou que vai alargar esta medida que pretende baixar o preço do passe a todo o país e não apenas às duas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto como foi falado inicialmente. O financiamento deste Programa de Apoio à Redução Tarifária nos transportes públicos para 2019 vai entrar em funcionamento a um de abril embora esta data se afigure, nesta altura, como demasiado otimista. Foram anunciados 104 milhões, pelo Governo, em nome do desígnio da mobilidade urbana e da defesa do meio ambiente. As áreas metropolitanas e as autarquias que integram as comunidades intermunicipais serão as responsáveis pela gestão das verbas. Contudo o movimento criado em Azambuja reclama mais ação da Câmara, e espera que as assinaturas recolhidas, "reforcem a capacidade negocial do município". Paulo Louro referiu que ficou a saber que por mês são feitas cerca de 30 mil validações na estação da CP em Azambuja, o que dá mil por dia. O presidente da Câmara, Luís de Sousa, referiu ao movimento, como já tinha dito ao Valor Local, que está disponível para fazer parte da solução contudo "ninguém quer pagar as deslocações de munícipes de outros concelhos que vem apanhar o comboio a Azambuja". O autarca espera por mais esclarecimentos junto do presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina, autor da ideia. David Mendes, vereador da CDU, que diz ter feito as conta quanto ao arcaboiço financeiro que esta medida vai acarretar para os cofres do município - entre 400 a 500 mil por ano- (valor recusado por Paulo Louro), referiu que há que ter cautelas porque "vamos ter de pagar estes valores, à partida para sempre, e nós não temos assim tanta saúde financeira. O dinheiro tem de aparecer de algum lado, e é impossível não sobrecarregarmos os munícipes, por isso cautela com estas reivindicações", e exortou a Câmara a fazer as suas contas.
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