Valor Local
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS


Negócios reinventam-se em tempos de Covid-19

Fomos conhecer ideias relacionados com máscaras, serviços de take-away, viseiras e t-shirts alusivas à pandemia
Sílvia Agostinho/Miguel António Rodrigues
03-05-2020 às 19:08


Imagem
Os efeitos da Covid-19 na economia estão aí. No entanto, muitos são aqueles que querem contrariar essa tendência que parece mais do que inevitável, com formas criativas de manter os postos de trabalho e novas oportunidades de negócio.

No início do estado de emergência, o primeiro ministro deixou em aberto a continuidade de alguns pequenos negócios. Muitos estavam já a laborar, outros que não tinham valências que permitissem a sua abertura, adaptaram-se e hoje têm uma percentagem significativa da sua subsistência nessas novas formas de comércio.

É o caso dos denominados Take Away. O governo facilitou inclusive, no que toca às licenças, a venda de comida para fora ou as entregas ao domicílio. Muitos dos restaurantes já o faziam, mas outros tiveram de adaptar as suas estruturas para continuar de portas abertas e evitar recorrer ao layoff para o seu pessoal.

No Centro Comercial Atrium – Azambuja o exemplo surge no restaurante Flor de Sal. O espaço gerido por Fernanda e Alfredo Serafim já tinha take away, mas agora esse serviço é a totalidade do negócio. Alfredo Serafim considera que o seu negócio está a menos de “meio gás” e revela que caiu em termos de faturação com o decretar do estado de emergência.
O empresário acrescenta que “os jantares que eram a parte mais forte do take away também decaíram”. Nesta altura o restaurante “Flor de Sal” revela uma quebra nas receitas de cerca de 80 por cento, até porque nesta altura ninguém frequenta o restaurante e as refeições para fora só chegam para pagar algumas contas, mas nem todas.

Alfredo Serafim salienta que existem compromissos assumidos e por isso a gestão do restaurante é feita de forma criteriosa.  A ajudar o negócio, estão os jantares que o restaurante entrega aos Bombeiros de Azambuja, o que representa um balão de oxigénio na empresa que mandou para casa três funcionários.

O espaço mantém os cuidados na confeção dos alimentos que tinha até aqui. Antes a proprietária já tinha estado num refeitório de uma grande empresa e foi daí que trouxe as regras mais apertadas que ainda hoje aplica na sua cozinha.

Não há por isso grandes alterações, salientando que a limpeza do espaço e dos utensílios são uma prioridade para manter a segurança dos alimentos e dos clientes.

“A nossa louça é toda lavada antes de ir à máquina de forma manual” refere Fernanda Serafim que salienta que estes são os cuidados que todos os restaurantes deveriam ter.

“Os produtos são frescos e por isso não usamos produtos de um dia para o outro”, reforça a cozinheira que aponta para um decréscimo da preferência dos clientes por alguns pratos, sendo que a sopa, apesar de também ter sofrido uma baixa na procura, continua a ser dos pratos mais procurados.
​
Para o futuro os proprietários consideram que vai ser difícil readquirir a confiança dos clientes em termos gerais. No entanto o Flor de Sal tem “uma esplanada grande quase como se fosse ao ar livre no atrium do centro comercial” e por isso, salienta o empresário “poderá esta ser uma mais valia”.
PUB
Imagem
Imagem
​Mundo Pinguim adapta-se e produz viseiras e material de proteção

A empresa de artes gráficas “Mundo Pinguim” decidiu dar um passo à frente na solidariedade e ao mesmo tempo aumentar o negócio.
Como muitas das empresas que fazem parte do leque habitual de clientes, fechadas ou a “meio-gás”, Paulo Peres, proprietário da empresa azambujense, decidiu voltar-se para a ajuda às instituições locais de solidariedade social muitas delas a contas com falta de material de proteção.

O empresário revelou ao Valor Local que tudo começou com um contato com o vereador Silvino Lúcio da Câmara de Azambuja que em 24 horas deu uma lista de IPSS para apoiar e “após este contato começaram a chover pedidos de vários pontos do país”.

A empresa que nesta altura concebe sete artigos de proteção individual, está assim a vocacionar a sua produção para resguardos de atendimento ao público, óculos, sinaléticas de segurança e cinco modelos de viseiras.
Ao Valor Local, Paulo Peres explica que grande parte da matéria prima já a tinha em stock “o que nos ajudou a conseguir produzir logo uma grande quantidade de viseiras”. No entanto a empresa deparou-se com algumas dificuldades em encontrar “matérias primas tais como parafusos, pvc e algumas espessuras de acrílico”.

Por dia o “Mundo Pinguim” está a produzir cerca de 500 unidades de viseiras “sendo que nesta última semana o produto mais solicitado tem sido o resguardo/barreira para balcão”.

No entanto, a empresa precaveu-se mesmo antes do decretar do estado de emergência. Paulo Peres explica que já desde o dia 13 de março “estávamos todos a trabalhar a partir de casa concentrando toda a produção em dias e horas específicos de forma a conseguir receber matéria prima e despachar as encomendas dos nossos clientes”.
​
Entre as medidas de segurança adotadas Paulo Pedres destaca que a empresa trabalha, agora, mais online “e todas as nossas reuniões passaram a ser por telefone ou videochamada. As visitas técnicas que temos feito em exterior têm sido com as devidas medidas de segurança”.
 
Imagem
​Artesã lança-se no desafio das máscaras e começa projeto de solidariedade de entrega de bens alimentares
 
Nas alturas de crise os portugueses sempre mostraram uma capacidade de interajuda ao próximo. Temos visto isso nas últimas crises, sejam elas económicas ou sociais. É nestas alturas que a população se “desdobra” em iniciativas tendo em vista várias ações solidárias que vão desde a entrega de cabazes aos mais desfavorecidos à confeção de máscaras grátis e a preços muito acessíveis que podem ir de 99 cêntimos a 3 euros.

É o que acontece em Arruda dos Vinhos. Hélia Carvalho, proprietária de um atelier deu o primeiro passo. No caso desta artesã as máscaras podem ser compradas a dois euros. Mas Hélia Carvalho, criadora da famosa boneca “Rosinha”, decidiu também à semelhança do Mundo Pinguim, fazer uma oferta solidária. Doou cerca de 300 máscaras. Um gesto gratuito e que se traduziu numa forma de ajudar os que não tinham condições para comprar ou simplesmente não encontravam as máscaras.
No entanto, Hélia Carvalho não se ficou por aqui. A artesã juntou-se a um grupo de amigos e deu corpo ao projeto “Mercearia Comunitária”, uma iniciativa que já é imprescindível para algumas dezenas de carenciados.

Segundo Hélia Carvalho a “mercearia comunitária surgiu, porque, sozinhos já não estávamos a conseguir ajudar todas as pessoas e respetivas famílias que estavam e estão a precisar”.

De acordo com Hélia Carvalho, os destinatários são os que viram os seus rendimentos reduzidos, devido a reduções de ordenado ou à impossibilidade de exercerem as suas profissões.

O grupo tem uma página do Facebook ativa, onde a coberto de confidencialidade, recebem pedidos de ajuda, depois e a partir daí, os destinatários recebem apoio duas vezes por mês.

No que toca à proveniência dos produtos, Hélia Carvalho destaca que estes são doados por outras pessoas e associações, “que também se juntaram a nós , nomeadamente a Tico e Teco, que nos ajuda com alimento para cão e gato,  a Associação de Jovens de Arruda dos Vinhos que nos doou alimentos e disponibilizou ajuda”.

Nesta altura a mercearia Comunitária já beneficiou 14 famílias. Duas vezes por mês o grupo cede alimentos através de cabazes, basta para isso procurar este serviço na respetiva página de Facebook.

Imagem
Imagem
​T-shirts alusivas ao Covid-19 são novo negócio do artista Jorge Cera

                                                            Ligado ao vídeo, imagem e som, Jorge Cera, de Alverca, tem na página Neurion Projects Lab uma forma de também tentar dar mais visibilidade ao seu trabalho agora em tempo de Covid-19. Um dos mais recentes projetos passou por comercializar t-shirts alusivas à pandemia.

Ao Valor Local diz mesmo que a crise serviu também para “profissionalizar” a aparência do site. O Neurion Projects surgiu em 2015 na sequência de um curso multimédia que tirou no Cenjor.

“Sendo que o Neurion já era o meu alter ego desde 2008”, conta. Jorge Cera desenvolve trabalho na área artística. Ligado ao teatro de amadores desde os seus 18 anos, tem vindo a trabalhar como técnico de som e audiovisual tanto nas artes de palco como na música.

​“A minha inspiração e influência vem de todas as experiências vividas e dos contactos com artistas que tive até agora. Bem como das minhas leituras, viagens e estudos autodidatas”, refere. Entre outros trabalhos destaca a sua experiência como técnico de som palco e contra regra no musical de Simone de Oliveira; o desenho do espaço sonoro da peça Medeia para a companhia João Garcia Miguel e o trabalho de desenho de iluminação dos “Chill Out Gardens” no Festival Boom.



                                                                                            PUB
Imagem
                                                                                       
Imagem

Imagem
Imagem
LEIA AQUI





​Deixe a sua opinião sobre este artigo!

obrigado ao jornal valor local pelo bom trabalho que tem feito pela região ....
Jorge Pinto
Alverca
05/05/2020 16:01

    Comentários

Enviar
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt

Leia também 

Picture

Os Lesados do Aterro

Estrutura da SUMA em Azambuja incomoda a população que se queixa dos maus cheiros. Empresa dá pouca ou nenhuma informação e refugia-se num dia de portas abertas que promoveu há mais de ano e meio
Picture

Estará a Tauromaquia em vias de extinção?

Falámos com personalidades e entidades de vários setores, a maioria aficionados, que se manifestam o seu apoio e a defesa intransigente dos espetáculos taurinos
Picture

Combate às alterações climáticas - O que já estamos a fazer na região

A realidade das alterações climáticas ainda parece para muitos um chavão pouco nítido. O fenómeno que já se encontra estudado reflete-se a diversos níveis, e incide sobre a vida humana e as diferentes atividades
Vertical Divider
Notícias Mais Populares

Exclusivo: Sete casos positivos de Covid-19 na Avipronto

Avipronto não revela número de infetados com Covid-19

Concelho de Azambuja às escuras sobre evolução da pandemia na maior parte das freguesias
​
Camionista do aterro de Ota: “Lixos italianos vêm em sacos rebentados e a cheirar a podre”

António Morais, Presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia: 
​“Número de infetados será 10 vezes superior devido aos assintomáticos”






​
PUB
Imagem

Jornal Valor Local @ 2013


Telefone:

263048895

Email

valorlocal@valorlocal.pt
  • OUVIR RÁDIO
  • EDIÇÃO IMPRESSA
  • ESTATUTO
  • CONTATOS
    • FICHA TECNICA
    • ONDE ESTAMOS
  • PUBLICIDADE
  • VALOR LOCAL TV
  • PODCASTS