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Número de casos de Covid já chega aos 26 na Sonae e aos 129 na Avipronto

Surto de coronavírus continua a deixar infetados trabalhadores das duas empresas apesar de todas as medidas no terreno
Sílvia Agostinho
17-05-2020 às 13:35


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Já são 26 os casos de contaminados com Covid-19 na Sonae. Na última sexta-feira eram apenas 11. Também subiu o número de contaminados na Avipronto. São agora 129 casos. Inicialmente foram detetados 101 casos, mas, na passada semana, mais cinco pessoas deram positivo, e hoje domingo, esse número é de 129 casos. Os infetados são oriundos de várias localidades da região e no caso da Sonae até de outras zonas do país como Coimbra, Lisboa e Porto, segundo apurámos.

Na passada sexta-feira e em declarações ao Valor Local, Ricardo Mendes do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) referiu que, na quinta-feira, uma semana depois de o surto começar a ser conhecido, as autoridades de saúde e proteção civil intervieram na Sonae e "chumbaram" várias valências dentro do complexo logístico, nomeadamente, no "refeitório "porque as mesas têm de estar a mais de dois metros de distância, o que não acontecia"; também nos corredores foi implementado "um intervalo de distância com marcas no chão". Foi ainda estendida aos trabalhadores a possibilidade de fazerem uso da "tolerância de ponto" porque, na sua maioria, "vêm a correr da estação até ao seu local de trabalho, e criou-se efetivamente aqui uma margem de manobra para mais distanciamento no trajeto da estação para os torniquetes e por último na chegada às secções, sem penalizações". A entidades de saúde ordenaram ainda à empresa para que permita a abertura de novas portas de entrada para o complexo, para que exista mais do que um local de acesso ao posto de trabalho. 

Recorde-se que em declarações ao nosso jornal, este sindicato pedia testes a todos os funcionários da Sonae em Azambuja. O Valor Local contactou a Sonae que não respondeu a estas exigências. Já quanto à disponibilização de mais máscaras, outra das reivindicações dos funcionários, refere a empresa que tem estado a facultar esse equipamento no local de trabalho e também nos trajetos, ao contrário do que foi referido por Ricardo Mendes que argumentava com falta de máscaras nas deslocações.
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​Apesar de ter sido chumbada em vários itens quanto às instalações em Azambuja, a Sonae, em resposta ao nosso jornal, diz contudo que colocou em prática, entre outras medidas, horários desfasados para  evitar concentrações de colaboradores nas entradas e saídas. Procedeu, ainda,  à verificação de temperatura a todos os colaboradores, prestadores de serviço e de trabalho temporário antes de darem entrada em qualquer instalação dos entrepostos. Refere a empresa que implementou  também sinalética no chão do entreposto para acautelar distâncias de segurança entre os colaboradores/fornecedores - junto à receção de mercadorias e à entrada; bem como procedeu ao reforço da segurança, higiene e limpeza dos locais de trabalho, das zonas sociais e de toda a cadeia de distribuição das operações e cadeia de abastecimento, bem como a desinfeção de todos os veículos de transporte de mercadorias. Em resumo diz ainda que todas as medidas estão em articulação com a Direção Geral de Saúde.

Já na Avipronto e segundo Rui Matias, do Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura 
Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB) a empresa já vai numa segunda ronda de testes aos trabalhadores, também com supervisão das entidades de saúde quanto às condições no local de trabalho.

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Boa tarde! Façam os testes do covid-19, ás empregadas de limpeza, das Empresas temporárias, que estão a prestar serviços nestas 2 Fábricas. São estas mulheres, que estão contaminando e também contaminadas!
João Martins
Azambuja
17-05-2020 06:59
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