Números do Absentismo disparam na Câmara de Azambuja
As faltas, na maioria dos casos, estão justificadas como acidentes de trabalho, doenças, ou gravidezes
Sílvia Agostinho
19-05-2016 às 11:25 Os números do absentismo entre os trabalhadores da Câmara Municipal de Azambuja estão a tornar-se cada vez mais preocupantes. A questão foi abordada na última reunião de Câmara pelo vereador da Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, Jorge Lopes, que pediu neste sentido para que lhe sejam facultados os números das faltas por departamento entre 2012 e 2016. “Não é normal que entre 2013 e 2015 o número de ausências tenha subido dos 3990 dias para os 7147 dias”, sustentou.
As faltas, na maioria dos casos, estão justificadas como acidentes de trabalho, doenças, ou gravidezes, e neste aspeto, o vereador da oposição refletiu – “Se não estamos a conseguir dar as melhores condições de trabalho aos nossos funcionários deveremos ter em isso em linha de conta”, e exemplificou com o caso da possível falta de condições das salas de trabalho e sua climatização ou mesmo o inadequado estado do material de trabalho dos assistentes operacionais. No caso das gravidezes sustentou – “Pelas minhas contas teríamos de ter 45 grávidas de risco só em 2015”. Por outro lado, e para baralhar estas contas pela negativa, acresce que o número de funcionários diminuiu. Sendo que em 2014, 37 trabalhadores primaram por nunca se terem apesentado no local de trabalho durante aquele ano. Tendo em conta o quadro em questão, o presidente da Câmara, Luís de Sousa, disse que iria averiguar. Mas foi o vereador da CDU, David Mendes, a colocar decididamente o dedo na ferida – “Será que estas pessoas andam a faltar por falta de enquadramento político de quem gere a Câmara, e assim acham que podem faltar à vontade?”, lançou. Herculano Valada, vereador da CDU que vota ao lado do PS na autarquia, foi ainda mais longe perante a estupefação geral –“Que motivação é que um trabalhador que aufere 500 euros possui para vir trabalhar todos os dias?”.
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