Há três meses que corre água com um palmo de altura numa vala existente na zona da entrada sul de Azambuja. O caudal vai variando ao longo do dia, e os moradores na urbanização existente naquele local estão preocupados porque não sabem a origem, o que causa algum nível de perturbação.
Teresa Valentim, moradora na zona, refere que há que saber a origem da água, porque tal nunca se verificou. “Estamos a observar um caudal muito acentuado, mas a Águas da Azambuja alega que a responsabilidade é da Águas do Oeste”. “O caudal vai-se intensificando ao longo do dia, e uma moradora que reside mais próximo do local queixa-se do barulho da água que não lhe permite dormir. Também não sabemos se no final de contas não estamos a pagar esta água na nossa fatura”
A Águas da Azambuja contactada pelo valor Local remeteu explicações para a Águas do Oeste, alegando não ter responsabilidades no caso. Por seu lado, a empresa intermunicipal esclarece que “a água referida pelos moradores em causa é proveniente de um furo de água subterrânea – RA2 - uma das origens de água para consumo humano à vila de Azambuja (em conjunto com as captações RA1 e do Farol).”
“Esta captação encontrava-se fora de serviço há alguns anos, contudo, foi realizada uma intervenção com o objetivo desta reunir as condições necessárias para constituir uma fonte alternativa de água à vila de Azambuja. As intervenções em curso, que tiveram início na segunda quinzena de dezembro, são obras planeadas que integram o plano de reabilitação da captação com vista à sua reativação. Conforme planeado, neste momento, encontram-se interrompidas as operações de limpeza, que serão retomadas a curto-prazo, prevendo-se a sua conclusão no final da primeira quinzena de março”, refere a Águas do Oeste.
“Mais se informa que, desde que tiveram início os trabalhos de reabilitação da captação, a Águas do Oeste tem garantido que, quer o Município de Azambuja, quer a Águas da Azambuja, têm ambas tido conhecimento do seu planeamento, tendo a empresa articulado, sempre que necessário, com estas e outras entidades, alguns aspetos com vista à minimização dos impactos que as obras pudessem causar”, esclarece, acrescentando – “Inclusive as intervenções foram interrompidas inicialmente, de modo a serem criadas condições para que a água daí proveniente fosse na totalidade encaminhada para o sistema de águas pluviais, e posteriormente para a linha de água mais próxima, evitando eventuais impactos e danos causados junto da população.”
Alega também que as intervenções “não causam qualquer impacto no cliente Águas de Azambuja, e consequentemente na população, enquanto consumidor final da água fornecida pela concessionária.”
Sílvia Agostinho
22-02-2015
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