O Tesouro da Feira de Maio
Por António José Matos
Em Maio de 2009 a Câmara Municipal de Azambuja publicou um livro para crianças, cujo título era “Em Busca do Tesouro da Feira de Maio”. Esse livro relatava a ansiedade que toma conta de nós quando se aproxima mais uma Feira de Maio, as brincadeiras que as crianças têm na escola e que aqueles que vieram para Azambuja, muito recentemente, não percebem, “brincar aos toiros”.
Fala também da satisfação que é receber familiares e amigos, que se juntam a nós, em nossa casa, para assistir aos toiros. Das paredes das tertúlias repletas de fotos e cartazes, dos lenços das mais variadas cores que identificam a tertúlia a que determinada pessoa está mais ligada. Também refere como nesses dias temos as nossas casas a abarrotar, algumas são pessoas amigas de longa data, outros nem tanto, mas todos são recebidos de igual forma.
A determinada altura, o pai de uma das crianças do livro disse aos filhos que lhes ia confiar um segredo muito importante sobre a Feira de Maio. “Existe um tesouro na Feira que só os bafejados pela sorte e com um espirito aberto conseguem encontrar. É um tesouro infinito, mas que torna todos os que o descobrem mais ricos e felizes.” Começou a odisseia dos miúdos, tentar encontrar tão fabuloso tesouro. Para os ajudar o pai deu-lhes o mapa da vila de Azambuja, porque o tesouro poderia estar em qualquer lugar. Procuraram incessantemente pelo tesouro, só abrandavam a procura quando as largadas começavam. Quando não havia touros na rua ou atividades com campinos, procuravam em todo o lado e perguntavam às pessoas com quem falavam se os podiam ajudar a encontrar o tesouro. Um tio com quem falaram disse que conhecia o tesouro da Feira de Maio, mas não os podia ajudar, que teriam de encontrar o tesouro sozinhos. Deu-lhes apenas uma pista: o tesouro que procuram pode estar em qualquer lado.
Chegou o domingo de manhã e do tesouro, NADA… No fim do dia de segunda-feira, estavam muito preocupados, divertidos, mas preocupados, a Feira estava a terminar e não conseguiam encontrar o tesouro. A Feira tinha sido fantástica, eles tinham-se divertido muito e antes de se despedirem resolveram fazer um pacto de amizade, esticaram todos os braços, de punhos fechados e disseram: “Um por Todos e Todos por Um, Amigos para Sempre”. Sem darem por isso, o pai de um deles entrou na sala e disse: “vejo que encontraram o tesouro”. Os miúdos pensaram que o pai estava afetado da cabeça com tantas noites mal dormidas. Onde é que ele estava a ver o tesouro? O pai sorriu e respondeu que o tesouro era a Amizade. Mais que tudo o resto, a amizade que nos une nestes dias suplanta tudo, mas como diz no livro não está ao alcance de todos…
A Feira de Maio não é propriedade de ninguém, a Feira de Maio não reconhece patrões, todos somos iguais, ainda que alguns, com mais responsabilidades, mas porque as quiseram ter. Nunca aqueles que há muito descobriram o tesouro da Feira de Maio permitirão que a mesma seja usada como arma política, para servir mesquinhos interesses que em nada dignificam a nossa Feira. Diz o meu parente e amigo Sebastião Mateus Arenque que enquanto houver campinos não morre o Ribatejo, todos temos o dever de defender o Nosso Ribatejo.
Temos um governo que tudo vigia, tudo quer controlar. Até ao ano passado os campinos da Feira de Maio recebiam uma pequena gratificação por participarem nas atividades da Feira, essa gratificação era paga como prémio. Este ano já não poderá ser assim, todos os campinos, dos mais novos aos mais velhos, para receberam essa pequena gratificação teriam de ir às Finanças e à Segurança Social buscar uma declaração de não dívida às mesmas. Alguém de bom senso acredita que eles o fariam? Correríamos sérios riscos de não poder contar com alguns, mas como a Câmara e todos nós queremos contar com todos os campinos e eles merecem essa pequena gratificação, decidiu a Câmara fazer um protocolo com a Poisada do Campino para mais facilmente poder fazer chegar essa gratificação aos mesmos.
Qual é o problema?
O problema são as mesmas pessoas de sempre, que em tudo veem problemas, o objetivo é sempre e apenas um, meter areia na engrenagem… Mas eles estão identificados… são sempre os mesmos… por isso nunca mereceram e dificilmente merecerão a confiança do povo do Concelho de Azambuja.
Vamos ter o espirito aberto, fazer desta Feira de Maio um Hino à Amizade, e que o Largo do Município seja pequeno para tantos campinos.
Nesta Feira, se Deus quiser, que ninguém se magoe.
Viva Azambuja, Viva o Ribatejo, Viva a Feira de Maio.
15-06-2015
Por António José Matos
Em Maio de 2009 a Câmara Municipal de Azambuja publicou um livro para crianças, cujo título era “Em Busca do Tesouro da Feira de Maio”. Esse livro relatava a ansiedade que toma conta de nós quando se aproxima mais uma Feira de Maio, as brincadeiras que as crianças têm na escola e que aqueles que vieram para Azambuja, muito recentemente, não percebem, “brincar aos toiros”.
Fala também da satisfação que é receber familiares e amigos, que se juntam a nós, em nossa casa, para assistir aos toiros. Das paredes das tertúlias repletas de fotos e cartazes, dos lenços das mais variadas cores que identificam a tertúlia a que determinada pessoa está mais ligada. Também refere como nesses dias temos as nossas casas a abarrotar, algumas são pessoas amigas de longa data, outros nem tanto, mas todos são recebidos de igual forma.
A determinada altura, o pai de uma das crianças do livro disse aos filhos que lhes ia confiar um segredo muito importante sobre a Feira de Maio. “Existe um tesouro na Feira que só os bafejados pela sorte e com um espirito aberto conseguem encontrar. É um tesouro infinito, mas que torna todos os que o descobrem mais ricos e felizes.” Começou a odisseia dos miúdos, tentar encontrar tão fabuloso tesouro. Para os ajudar o pai deu-lhes o mapa da vila de Azambuja, porque o tesouro poderia estar em qualquer lugar. Procuraram incessantemente pelo tesouro, só abrandavam a procura quando as largadas começavam. Quando não havia touros na rua ou atividades com campinos, procuravam em todo o lado e perguntavam às pessoas com quem falavam se os podiam ajudar a encontrar o tesouro. Um tio com quem falaram disse que conhecia o tesouro da Feira de Maio, mas não os podia ajudar, que teriam de encontrar o tesouro sozinhos. Deu-lhes apenas uma pista: o tesouro que procuram pode estar em qualquer lado.
Chegou o domingo de manhã e do tesouro, NADA… No fim do dia de segunda-feira, estavam muito preocupados, divertidos, mas preocupados, a Feira estava a terminar e não conseguiam encontrar o tesouro. A Feira tinha sido fantástica, eles tinham-se divertido muito e antes de se despedirem resolveram fazer um pacto de amizade, esticaram todos os braços, de punhos fechados e disseram: “Um por Todos e Todos por Um, Amigos para Sempre”. Sem darem por isso, o pai de um deles entrou na sala e disse: “vejo que encontraram o tesouro”. Os miúdos pensaram que o pai estava afetado da cabeça com tantas noites mal dormidas. Onde é que ele estava a ver o tesouro? O pai sorriu e respondeu que o tesouro era a Amizade. Mais que tudo o resto, a amizade que nos une nestes dias suplanta tudo, mas como diz no livro não está ao alcance de todos…
A Feira de Maio não é propriedade de ninguém, a Feira de Maio não reconhece patrões, todos somos iguais, ainda que alguns, com mais responsabilidades, mas porque as quiseram ter. Nunca aqueles que há muito descobriram o tesouro da Feira de Maio permitirão que a mesma seja usada como arma política, para servir mesquinhos interesses que em nada dignificam a nossa Feira. Diz o meu parente e amigo Sebastião Mateus Arenque que enquanto houver campinos não morre o Ribatejo, todos temos o dever de defender o Nosso Ribatejo.
Temos um governo que tudo vigia, tudo quer controlar. Até ao ano passado os campinos da Feira de Maio recebiam uma pequena gratificação por participarem nas atividades da Feira, essa gratificação era paga como prémio. Este ano já não poderá ser assim, todos os campinos, dos mais novos aos mais velhos, para receberam essa pequena gratificação teriam de ir às Finanças e à Segurança Social buscar uma declaração de não dívida às mesmas. Alguém de bom senso acredita que eles o fariam? Correríamos sérios riscos de não poder contar com alguns, mas como a Câmara e todos nós queremos contar com todos os campinos e eles merecem essa pequena gratificação, decidiu a Câmara fazer um protocolo com a Poisada do Campino para mais facilmente poder fazer chegar essa gratificação aos mesmos.
Qual é o problema?
O problema são as mesmas pessoas de sempre, que em tudo veem problemas, o objetivo é sempre e apenas um, meter areia na engrenagem… Mas eles estão identificados… são sempre os mesmos… por isso nunca mereceram e dificilmente merecerão a confiança do povo do Concelho de Azambuja.
Vamos ter o espirito aberto, fazer desta Feira de Maio um Hino à Amizade, e que o Largo do Município seja pequeno para tantos campinos.
Nesta Feira, se Deus quiser, que ninguém se magoe.
Viva Azambuja, Viva o Ribatejo, Viva a Feira de Maio.
15-06-2015
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