Obras do Mercado de Alenquer com dois meses de paragem
Foram interrompidas no final de fevereiro e serão retomadas durante o próximo mês de abril
|27 Março 2022 19:53
Sílvia Agostinho O município de Alenquer decidiu suspender as obras de requalificação do mercado de Alenquer. Durante uma das últimas reuniões do executivo, o vereador com o pelouro das obras, Tiago Pedro anunciou que em meados do mês de fevereiro foram encontradas dificuldades por parte dos empreiteiros no que respeita ao piso do equipamento que remonta à década de 40. A obra do mercado está orçada em 1 milhão 144 mil euros.
“Os pilares apresentavam fissuras com consequente perda de solidez do solo com características arenosas. O empreiteiro pediu uma reunião ao município para dar conta da situação no sentido de se efetuar um reforço do edifício contra possíveis riscos sísmicos dada a situação encontrada e como tal fortalecer toda a estrutura, dado que os processos construtivos de 1949 são diferentes dos de hoje”. Em entrevista ao Valor Local, Tiago Pedro esclarece que o solo de Alenquer é arenoso, sendo zona de aluvião por estar junto ao limite do curso do rio, e já na construção do centro de saúde local foi necessário recorrer “a estacas de betão colocadas a 37 metros de profundidade”, sendo que existia esse conhecimento geológico prévio quando se encetou a obra do mercado. “Foram partilhadas com o projetista as peças de arquitetura do mercado datadas da década de 40. O que aconteceu foi que já no decurso da obra durante a picagem de alguns elementos percebeu-se que havia uma discrepância quanto aos materiais utilizados em relação ao que estava em projeto”, e como tal “os pilares que era suposto serem em betão foram construídos em tijolo sobreposto, e atendendo a esta questão e uma vez que removemos toda a laje do interior do mercado, tendo-se verificado algumas microfissuras, entendemos por bem reformular a denominada ‘bolacha’ do pavimento onde agarram os pilares que culmina no reforço de todo o edifício”. O autarca refere que a interrupção deve prolongar-se até abril adiando com isso a reabertura do mercado em mais dois meses do que os seis inicialmente previstos. Face a algumas críticas por parte da oposição que acusou a Câmara de não ter previsto o que está a acontecer e com isso ter efetuado um mau planeamento, o vereador das obras rejeita referindo que são circunstâncias normais que sucedem neste tipo de obras de grande intervenção, “à semelhança do que aconteceu também com o mercado de Santarém” contemporâneo do de Alenquer. Quanto ao impacto financeiro “não será muito significativo porque no fundo trata-se do reforço da laje que passará a ser mais robusta com mais ferro e betão”. A obra está parada desde 22 de fevereiro e será retomada no mês que vem, o que equivale a mês e meio de paragem. |
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