Obras em Alenquer entram em velocidade de cruzeiro
Mercado Municipal e a sua envolvente bem como a zona do Areal estão a ser alvo de requalificação
|13 Março 2022 19:15
Sílvia Agostinho/Miguel António Rodrigues Estão a decorrer a bom ritmo as obras na envolvente e no próprio Mercado Municipal de Alenquer que fazem parte do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. No terreno, o vereador com o pelouro das Obras Públicas, Tiago Pedro, em entrevista ao Valor Local, referiu que a requalificação da envolvente criará uma nova centralidade com a criação de um jardim de inverno que vai dar apoio ao pronto a comer e ao café existentes no mercado. Compreende ainda construção de um novo arruamento de acesso à Avenida António Maria Jalles e uma nova ponte a edificar na margem oposta do rio, “o que é especialmente importante quando temos um estabelecimento de ensino na Vila Alta com a entrada e saída de crianças”. Sendo que o objetivo passa por evitar “aglomerações de trânsito naquele local”. A própria Rua Sacadura Cabral que ficará “à cota zero, inibirá o estacionamento indevido, melhorando as condições de circulação dos peões”.
Já no interior do mercado, haverá uma reformulação total, mas com manutenção da sua traça exterior. O edifício foi inaugurado em 1949. O número de bancas vai aumentar com mais lojas “que serão rececionadas, porque juntámos umas e dividimos outras. Entretanto faremos a sua concessão. De um lado teremos a zona de frescos e na outra os processados”, exemplifica o vereador. Até que a obra seja inaugurada os comerciantes estão numa tenda gigante no parque de estacionamento da paróquia. Antes do início da obra, o espaço não cumpria com as regras para o seu funcionamento a nível térmico, as casas de banho não respeitavam as normais atuais e o piso também não era o aconselhado, pelo que serão atendidos estes requisitos neste investimento. A obra do mercado está orçada em 1 milhão 144 mil euros e a da envolvente em 629 mil 855 euros, sendo que a primeira deverá estar concluída dentro de seis meses e a segunda tem o prazo de um ano. “Apesar de ser mais problemática para a comunidade pelos incómodos causados é também a mais desafiante porque estamos a rever as infraestruturas enterradas e a rede pluvial”. Paralelamente decorrem ainda as obras na zona do Areal que se prolongam até às zonas adjacentes: edifício dos lavadouros municipais, Parque do Areal, Avenida Jaime Ferreira, Largo Rainha Santa Isabel, Parque das Tílias, e Jardim das Águas. “É muito desafiante também porque tem três hectares, nunca sofreu obras de grande monta. É o local onde se terá iniciado o aglomerado urbano da vila com muitas ruas estreitas”. Compreenderá voltar a infraestruturar “tudo o que temos no solo como separar o esgoto, substituir a canalização, e enterrar a cablagem elétrica”. A iluminação pública será trocada e será instalado gás natural”. Todo o pavimento será ainda retocado. “Transformar aquela zona que é menos procurada e torná-la mais atrativa é um dos objetivos”, salienta o autarca. Por outro lado, o parque de estacionamento será também remodelado deixando de ser uma área informal de parqueamento em terra batida. Ficará com 250 a 300 lugares gratuitos. Por outro lado, reforça ainda que na margem direita no centro da vila, na envolvente à Chemina, haverá 100 lugares, em parque de estacionamento semienterrado não gratuitos, mas com preços acessíveis. “O nosso objetivo é fazer com que as zona de maior procura sejam mais caras quanto ao estacionamento e as residenciais menos”. Toda esta intervenção ronda os 3 milhões de euros com prazo de execução de 550 dias, sendo que teve o seu início no passado mês de novembro. ASSISTA AO VÍDEO
Já no que respeita à obra da envolvente à Chemina conheceu um compasso de espera por parte da Direção Geral do Património Cultural (DGPC) porque se encontra na zona de influência da Igreja do Espírito Santo, e segundo aquela entidade estatal “poderia desvirtuar a singularidade do monumento”. A intervenção contempla os espaços públicos da Rua dos Guerras, o Jardim Vaz Monteiro e os edifícios da Sociedade União Musical Alenquerense (SUMA). Pretende-se melhorar as condições de acessibilidade, criar um parque de estacionamento, requalificar espaços verdes, e demolir os edifícios da SUMA. A obra tem o valor de três milhões, 700 mil euros com prazo de execução de 550 dias.
Tiago Pedro refere que as imposições da DGPC terão de ser ultrapassadas, mas dado que a vila está transformada num estaleiro “provavelmente será melhor aguardar algum tempo para não causar ainda mais constrangimentos”, nomeadamente “quando houver condições para que os alenquerenses consigam circular na Avenida 25 de Abril”. De resto e ainda nesta obra “a Administração Regional Hidrográfica também viabilizou a nossa obra do parque de estacionamento semienterrado porque está acima da cota de cheia”. “Se quiséssemos teríamos condições para arrancar com o lançamento da empreitada dentro de duas ou três semanas”. O impasse no edifício da Chemina A Câmara Municipal de Alenquer decidiu aguardar por uma nova tomada de decisão quanto ao investimento na Chemina por parte do empresário asiático da Sunshine Life – Investimento Imobiliário Unipessoal que em finais de 2019 venceu a hasta pública para a transformação da antiga fábrica de lanifícios numa unidade hoteleira. O clausulado das obras não foi respeitado, tendo em conta também a pandemia. Em declarações ao Valor Local, o vereador com o pelouro das obras, Tiago Pedro reafirma o interesse do empresário que adquiriu o edifício por 1 milhão 100 mil euros. A obra deveria estar pronta em 2023 e ainda não arrancou. “Temos vindo a falar com a equipa de advogados, mas devido à pandemia, e por terem investimentos um pouco por toda a parte nem sempre é fácil, mas pelo que sei mantêm o entusiasmo, embora moderado devido à Covid”. O autarca refere que “num prazo de duas ou três semanas temos de ter aqui um veredicto final quanto à continuidade deste investidor nos moldes da hasta pública”. |
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