Oito mil utentes sem médico de família em Benavente

Profissionais preferem trabalhar na unidade de saúde familiar de Samora Correia
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O presidente da Câmara Municipal reuniu-se recentemente com o ministro da Saúde, Paulo Macedo, para expor a problemática da falta de médicos no concelho. Carlos Coutinho referiu que o tema tem tomado cada vez mais contornos caóticos - "“Vive-se um caos, uma ruptura,já que os médicos que se aposentaram nos últimos anos não foram devidamente substituídos por aqueles que entraram no sistema." 

O ministro terá dito a Coutinho que em 2015 o quadro poderá ser mais positivo: "Parece que teremos mais médicos para entrar do que aqueles que se vão aposentar, e que estará a ser preparado um conjunto de medidas para ter início dentro dos próximos três meses para que seja minorado o problema de falta de médicos.", deu conta.

Neste concelho também persiste a realidade de a maioria dos médicos preferir trabalhar nas unidades de saúde familiares, abandonando por isso os centros de saúde, e com isso desfalcando ainda mais as valências em causa. "Os médicos preferem trabalhar numa unidade de saúde familiar porque têm uma melhor remuneração e definem eles próprios o seu modelo de funcionamento. E é esta a realidade que vivemos no nosso concelho, onde a freguesia de Samora Correia tem mais de metade da população e tem uma situação de plena satisfação, onde todos os utentes têm médicos de família." Sendo que "alguns (médicos) saíram do Centro de Saúde de Benavente para a unidade de saúde familiar porque acharam mais aliciante, mas a verdade é que assim foram criadas as assimetrias que conhecemos". Estes dados competem todos juntos para criar um desfalque importante na freguesia de Benavente, onde oito mil utentes não têm  médico de família, "com a agravante de não haver acompanhamento de saúde materna, aos hipertensos e a outras doenças crónicas."

Para piorar o estado de coisas - "Uma última preocupação tem a ver com as empresas que são contratadas para a colocação de médicos. No caso concreto de Benavente, nos últimos meses, são muitos os dias em que existe uma escala e os médicos não aparecem ou, por outro lado, há situações em que a escala não os contempla, originando situações difíceis. Vamos acreditar que algo vai mudar para melhor", concretiza o presidente da Câmara.

02-02-2015

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Comentários

sou uma dos oito mil que não tem médico de família . Sou diabética e hipertensa. Agora nem direito as duas consultas anuais para os diabéticos temos. Confirmo que por várias vezes tive que recorrer ao atendimento complementar?, e não havia médico . Já reclamei estes casos no livro amarelo e a resposta que recebi foi a desculpa da falta de médicos . Mas até agora nada foi feito por quem de direito para colmatar estas falhas. Assim vai a saúde em Benavente.


Maria Miranda

3-2-2015

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