O antigo comandante dos bombeiros de Azambuja e atual Comandante Municipal Operacional de Azambuja, Pedro Cardoso, está em rota de colisão com o atual comandante dos voluntários locais.
Pedro Cardoso acusa Armando Baptista de ser o responsável pela ausência de socorro, numa situação que envolveu a sua esposa.
Pedro Cardoso que serviu a associação durante 17 anos, enviou uma missiva aos vários responsáveis pelo socorro, entre os quais a Autoridade Nacional de Proteção Civil, a Liga dos Bombeiros e a autarquia de Azambuja, na qual dá conta do caso. Segundo o próprio, num documento a que o Valor Local teve acesso, a situação reporta-se ao dia 30 de junho pelas 22h39, altura em que terá sido feita uma chamada para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) a pedir uma ambulância para a prestação de socorro a uma cidadã de 57 anos, neste caso a sua esposa.
Foi o filho do casal, que integra o corpo de bombeiros local, que (depois de ter obtido licença por parte de Armando Baptista para abandonar uma reunião que decorria, na altura, na associação humanitária), ligou para o CODU, já em casa, junto da sua mãe,
O filho do casal fez a primeira avaliação, segundo o relatório de Pedro Cardoso,e depois d contactar o CODU foi informado de que o socorro seria efetuado.
Ao mesmo tempo, terá telefonado para a central dos Bombeiros a informar dos seus procedimentos. Aguardaria pela ambulância de Azambuja, já que tinha a indicação de que a mesma iria a caminho, convencido que estava de que a qualquer momento chegaria então um veículo dos bombeiros locais.
Todavia, o telefonista terá dito que “o pedido tinha acabado de ser rejeitado, pois havia sido dito pelos bombeiros de Azambuja ao CODU que o corpo de bombeiros não tinha viatura disponível”. Todavia e em conversa à parte de colega para colega, o operador da central terá confidenciado que “o comandante tinha dado ordem para rejeitar qualquer serviço enquanto decorresse a dita reunião”. A caminho, estaria de resto já uma ambulância dos bombeiros da Castanheira, que efetuou o transporte da esposa do atual Comandante Operacional Municipal de Azambuja para Vila Franca. A sua situação de saúde agravara-se entretanto, tendo recebido pulseira laranja na triagem. Esteve algumas horas em observação, mas entretanto regressou a casa.
O Valor Local sabe que na informação trocada entre o corpo de bombeiros e os organismos superiores que superintendem os soldados da paz no país, que o operador que recebeu a chamada do CODU referiu que apesar de haver mais bombeiros na instituição naquele momento, a equipa de saúde estava fora em serviço, “e que quando assim é a responsabilidade na coordenação dos meios de emergência é do INEM”.
Ao Valor Local, o comandante dos Bombeiros de Azambuja, Armando Batista garante que “que não existiu qualquer ordem no sentido de impedir a saída de viaturas nesse sentido, e que mais de 30 bombeiros presentes nesse mesmo dia na reunião de Comando/Corpo Ativo podem atestar isso mesmo”.
O comandante dos bombeiros confirma que autorizou o filho de Pedro Cardoso a atender uma chamada particular e a ausentar-se; e garante que que no imediato foram colocados “todos os meios do Corpo de Bombeiros à disposição, disponibilizando-me eu próprio para o que fosse necessário, o que foi recusado pelo mesmo argumentando que, primeiro, quereria atestar da gravidade da situação”.
Esclarece Armando Baptista que “o bombeiro em causa decidiu ligar 112 do INEM/CODU e não para os bombeiros locais”. De imediato o “INEM efetou uma chamada telefónica para este corpo de bombeiros tendo sido informado pelo Operador de Central, de que a equipa de saúde estava empenhada num serviço que estava a decorrer no terreno, registado pelo Comando Distrital, de acordo com o procedimento legal do Sistema Integrado de Emergência Médica”. Por isso adianta Armando Baptista, o INEM decidiu ativar a Cruz Vermelha de Aveiras e do Carregado. Mas segundo o mesmo, o socorro foi, antes, dado pelos bombeiros da Castanheira por naquele preciso momento terem disponibilidade imediata
Por outro lado, Armando Baptista salienta que de imediato expôs “a situação à Direção Nacional de Bombeiros e ao senhor Comandante Distrital de Operações de Socorro de Lisboa, para averiguação dos factos, com a disponibilização de toda a documentação que atesta a veracidade dos factos, estando disposto a provar a inocência e sobretudo a defesa do bom nome, honra do Corpo de Bombeiros de Azambuja, e dos homens e mulheres que o servem”.
Miguel António Rodrigues
14-07-2015
Comentários
Se em vez de ter participado a todas as entidades e abordasse o assunto directamente com o comandante da corporação a situação ficava esclarecida. A não ser que existam outras razões ou ressentimentos que o levem a tal.
Pedro Duarte
16~7~2015
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Pedro Duarte
16~7~2015
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