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Chamem-lhe “Fado”, “Destino”, “Karma”, “Fatalidade” ou até “Delírios de Verão”!
Mas o certo é que, nestes últimos 20 anos, as decisões mais importantes da Câmara de Azambuja em matéria de ambiente e de ordenamento do território são aprovadas ou têm o impulso processual decisivo nos meses de Verão. E esta é uma verdade histórica! A decisão de concessionar a recolha de lixo a uma empresa privada foi tomada no Verão. Talvez por ser tempo de temperaturas altas, pouco propícias para o trabalho e o estudo, esta “negociata” da recolha de lixo foi decidida sem ter por suporte qualquer parecer técnico e foi embalada nas costumeiras promessas de que “ainda vão ser negociadas contrapartidas” e “a sede da empresa vai mudar para a Azambuja”. Como é óbvio, mesmo no Verão as promessas são levadas pelo vento e as ditas contrapartidas ninguém (?) as viu e a empresa concessionária nunca mudou a sua sede para cá… Também a concessão do abastecimento de água às Águas da Azambuja foi decidida em pleno Verão. Tal como aconteceu, uns anos depois, com a renegociação do dito contrato de concessão. Novamente, as temperaturas quentes “derreteram” qualquer tentativa de análise cuidada a mais esta “negociata”, que foi decidida pela Câmara de Azambuja sem qualquer estudo técnico credível. Também foi no Verão que a Câmara de Azambuja aprovou a declaração de interesse público municipal que permitiu a instalação do Aterro/ Lixeira às portas de Azambuja. Aprovação sem qualquer estudo ou parecer técnico isento, com as habituais promessas estivais de “muitas contrapartidas”, que nunca ninguém (?) vê… Os resultados concretos de cada um destes “delírios de Verão” da Câmara de Azambuja são conhecidos de todos. A recolha de lixo está pior! A água que consumimos está absurdamente cara! Azambuja tem uma lixeira à sua porta! As prometidas contrapartidas nunca são vistas por ninguém (?)! As empresas nunca mudam a sua sede para cá! E os postos de trabalho criados nunca chegaram às duas dezenas! Mas a “amplitude” destas três “negociatas” é superior a 100 milhões de euros! Portanto, é legítimo que cada um de nós pergunte o seguinte: Afinal, quais foram os “ganhos” directos para as famílias e as empresas com estas “negociatas de Verão”? Vem tudo isto a propósito da “negociata do Verão de 2020”… Também este Verão a Câmara da Azambuja tomou uma decisão que tem um enorme impacto no ordenamento do nosso território municipal e, consequentemente, na qualidade de vida das nossas populações. Mais uma vez sem qualquer estudo técnico de suporte e com vãs promessas de contrapartidas que ninguém (?) conhece, a Câmara aprovou a declaração de interesse público municipal para duas centrais solares compostas por milhões de painéis fotovoltaicos, que serão instaladas em Aveiras de Cima (na Quinta da Torrebela) e em Vila Nova da Rainha (junto à A1). Em Vila Nova da Rainha serão colocados painéis em 200 hectares de terreno agrícola de excelência e na Torrebela os painéis vão ocupar 775 hectares. Somando estes projectos ao que já existe nas Quebradas e àqueles projectos que estão a ser analisados pela Câmara, muito rapidamente 6 a 7% do nosso território municipal será ocupado por milhões e milhões de painéis, descaracterizando a nossa paisagem e impactando negativamente no desenvolvimento das nossas comunidades. Sublinho que também a “negociata” deste Verão só é possível porque a Câmara aprovou a respectiva declaração de interesse público municipal… tal como sucedeu no processo do Aterro/Lixeira!... E tal como aconteceu nas anteriores “negociatas de Verão”, esta proposta apenas foi aprovada com os votos dos autarcas do Partido Socialista, recebendo o “chumbo” dos vereadores do PSD e da CDU. Lamentavelmente há quem goste de repetir os erros do passado, condenando o nosso futuro colectivo à custa deste género de “negociatas estivais”. Apenas gostava de saber porque o fazem e no interesse de quem o fazem… |
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Na negociata do aterro, quem era diretor no gabinete do Ministro do Ambiente e que também era vereador da Azambuja?
Como foi possível aprovarem 4 ha na Câmara e depois veio a licença com 20 ha de Lisboa?
Este Senhor não era Vereador? Porque deixou passar esta negociata?
Nos Paineis quem deu ordens aos vereadores do partido do poder para aprovarem?
É o que faz a Azambuja ter políticos fracos, incompetentes e paus mandados de Lisboa.
Mas a culpa não é deles, mas quem vota neles.
Continuem a votar neles e vão ver para onde caminha a Azambuja.
Não há pessoas competentes e independentes do PS e do PSD para se candidatarem a favor da Azambuja e da sua população?
Jorge Ferreira
Azambuja
04/10/2020 12:06
Muito bom , tudo verdade.
Maria Casal
Manique do Intendente
01/10/2020 20:55
Como foi possível aprovarem 4 ha na Câmara e depois veio a licença com 20 ha de Lisboa?
Este Senhor não era Vereador? Porque deixou passar esta negociata?
Nos Paineis quem deu ordens aos vereadores do partido do poder para aprovarem?
É o que faz a Azambuja ter políticos fracos, incompetentes e paus mandados de Lisboa.
Mas a culpa não é deles, mas quem vota neles.
Continuem a votar neles e vão ver para onde caminha a Azambuja.
Não há pessoas competentes e independentes do PS e do PSD para se candidatarem a favor da Azambuja e da sua população?
Jorge Ferreira
Azambuja
04/10/2020 12:06
Muito bom , tudo verdade.
Maria Casal
Manique do Intendente
01/10/2020 20:55
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