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Opinião Acácio Vasconcelos: "RARÍSSIMAS? Não"

"Raríssimas não são as crises em diversas colectividades, associações e instituições, que se podem apelidar, entre outras, de crises económicas, crises de gestão e crises de direcções ou de corpos sociais"
Acácio Vasconcelos
08-02-2018 às 16:08
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O caso público de “Raríssimas” é tão imundo que não se apaga, facilmente, da memória dos cidadãos. Raríssimo não é, infelizmente, porque tantos casos idênticos há que se mantêm no silêncio, muitas vezes, porque quem deles tem conhecimento ou, é conivente ou, sente-se constrangido e sem liberdade para os poder denunciar (liberdade proclamada no 25 de Abril de 1974, mas, mais atacada do que defendida).
Raríssimas não são as crises em diversas colectividades, associações e instituições, que se podem apelidar, entre outras, de crises económicas, crises de gestão e crises de direcções ou de corpos sociais.

Olhando à nossa volta, nomeadamente no concelho de Azambuja, muitos conhecem diversas entidades que se têm deparado com problemas deste género, uns mais, outros menos graves.
A propósito de IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social), os casos são mais preocupantes, visto que os seus fins e objectivos são, exactamente, como o nome indica , instituições de solidariedade social - bem comum.

Certo é que, nem sempre é fácil encontrar pessoas voluntárias, com espírito altruista, com capacidade e disponibilidade para o exercício de funções nas direcções das IPSS. Ainda assim, entre os disponíveis, nem sempre o altruismo é puro e verdadeiro, pois, algumas vezes, o seu intuito é a aquisição de “estatuto promocional” ou a obtenção de compensações ou vantagens na própria instituição ou em outras entidades; raríssimos não são.

Ainda a propósito de IPSS, o Centro Social Paroquial de Azambuja possui, também, há alguns tempos, um caso de crise direccional. Há seis meses que se agravou, depois de o vice-presidente ter posto o seu lugar à disposição; aguarda-se uma direcção para novo mandato; acresce que, entretanto, o tesoureiro manifestou que vai deixar de exercer as suas funções como tal.

Este é um caso entre outros. Mas, há que olhar para as suas causas e efeitos com vista à obtenção de uma digna solução. As causas podem ser diversas; no entanto, a principal é a falta de “líder” com capacidade de gestão; um líder capaz de unir e de aglutinar esforços para a gestão de conflitos; um líder que imprima uma dinâmica de motivação para alcance dos objectivos da instituição. Os efeitos desta crise estão à vista: Insegurança para funcionários e utentes, desconfiança, indefinições por falta de decisões atempadas e instabilidade que conduzem à anarquia e desastre; isto é “barco à deriva, no meio da tempestade, sem timoneiro”.

Então que fazer?
Decidir. Já alguém dizia: “Não decidir é pior do que tomar uma má decisão”. O barco não pode continuar à deriva (caminho para o naufrágio). Importa encontrar um grupo de pessoas que constituam um órgão colegial, com membros de igual dignidade, com projecto e objectivos orientados para a acção caritativa, assegurando o respeito pela dignidade humana e que interessem e sirvam a prossecução dos fins próprios da instituição, isto é, um grupo isento e capaz de gerir.
É de todo o interesse para os habitantes de Azambuja e arredores o encontro de solução que mantenha vivo e de boa saúde o Centro Social Paroquial de Azambuja. (Que esta IPSS não seja uma das “raríssimas”, mas que, pelo menos, seja semelhante a tantas outras que prestam óptimos serviços de solidariedade.)

Há solução. Mas, como “Raríssimas” há muitas pessoas, mais preocupadas com interesses pessoais do que com o bem-comum. Estas, NÃO!
​

Em Azambuja, encontram-se, decerto, pessoas válidas, honestas, preocupadas e motivadas para o bem-comum, desinteressadas de “status”, de vantagens ou de compensações monetárias; pessoas que, com o barco à deriva, são capazes de lhe lançar amarras e de o conduzir a bom porto. Raríssimas? Não! (Poucos para o que se deseja).



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