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Opinião Augusto Moita: "A Consciência ou a Falta dela"

"A falta de «consciência» conduz-nos, indubitavelmente, ao cometimento de erros de avaliação e a tomar ações e ter atitudes irrefletidas, perniciosas para os outros mas igualmente para nós próprios."
01-10-2018 às 11:57
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A psicologia científica não encontrou, até hoje, uma forma simples mas objetiva de conceituar a  “consciência”. Procuram-se, ainda hoje, respostas que sejam percetíveis para o comum das pessoas.

Para o cronista, a questão de fundo é simples e na sua opinião consiste no seguinte: a «consciência» é um filtro ou uma barreira (o travão da insensatez) que a nossa cognição social utiliza e que nos conduz à tomada de decisões, atitudes e comportamentos face a determinadas situações/desafios que se nos colocam e para os quais temos de dar uma resposta, que se pretende, assertiva, coerente e eticamente responsável. A falta de «consciência» conduz-nos, indubitavelmente, ao cometimento de erros de avaliação e a tomar ações e ter atitudes irrefletidas, perniciosas para os outros mas igualmente para nós próprios. A «consciência» não é, naturalmente, necessária nas atividades rotineiras que cada um de nós desenvolve no seu dia-a-dia. Mas, a «consciência», torna-se particularmente importante quando temos de evitar ser vítimas dos maus hábitos, do costume ou da dependência de rotinas, mas também da soberba, da prepotência, da vaidade, da traição, da infidelidade e da tentação pela insídia e pelo mal.

Então pode-se concluir que: “Uma pessoa que fere é uma pessoa ferida!”

A introdução vem a propósito de uma “história” que tem a ver com atitudes e comportamentos de alguns autarcas que, infelizmente, pululam nas autarquias deste país e que está naturalmente alicerçada nos vários testemunhos recolhidos de gente idónea.  

Antes de mais, enfatizo o facto de não pretender, de todo, «arvorar-me em arauto da moral e dos bons costumes», de «tomar para mim as dores dos outros» e muito menos «ser carrasco de quem quer que seja», porque acima de tudo, respeito o meu semelhante e desejo preservar a minha estabilidade emocional. Contudo, não posso, enquanto cidadão e por formação académica, ficar indiferente, face aos testemunhos. Expresso assim, a minha indignação e o meu  lamento, face a atitudes e ações perpetradas por alguns autarcas que, por défice de competências (hard & soft) em determinadas áreas/pelouros; de experiência profissional, nomeadamente empresarial; de formação específica; de boa educação/formação cívica; de bom relacionamento interpessoal; de maturidade; de humildade e presumivelmente porque o zigoto (início da hereditariedade) concebeu um ser com uma péssima genética temperamental, ou que, por esta ou aquela “desculpa”, não fazem uso da sua «consciência» i.e., não utilizam os filtros ou as barreiras tão necessárias quão indispensáveis para se relacionarem/comunicarem interpessoalmente de forma assertiva, respeitosa e humana, com os seus colaboradores e  munícipes. Assumam que os trabalhadores são o melhor ativo de qualquer organização!  

O poder inebria algumas pessoas menos preparadas para o “estrelato”!. Aliás, alguém escreveu a frase que define exemplarmente o sintagma anterior: «se queres saber a verdadeira personalidade de uma pessoa, dá-lhe poder». Consubstanciemos então, os testemunhos: 1) a persistente atitude de alguns autarcas em apoucarem as competências/capacidades dos seus colaboradores (demonstrando arrogância, “pequenez de espírito”, e não reconhecimento); 2) o “julgamento” de que a maioria dos munícipes são disléxicos – não entendem nada – e que portanto, não vale a pena perder tempo com eles (revelando prepotência, falta de caráter, desrespeito e jactância); 3) o relacionarem-se de forma imprópria e inconveniente com os seus colaboradores (sintomático de falta de educação, valores e desumanidade); 4) as sobreposições atitudinais relativamente à hierarquia estabelecida (definem-se por autoritarismo a par de uma permissividade intolerante dos seus superiores. Quem preside?); 5) o não incentivo ao envolvimento/participação dos colaboradores na introdução de melhorias organizacionais (falta de liderança e de capacidade motivacional); 6) a tomada de atitudes discriminatórias, revanchistas e persecutórias (incapacidade para gerir emoções); 7) outros testemunhos de somenos importância. Conclui-se portanto, que globalmente, apresentam atitudes e comportamentos absolutamente inqualificáveis e impróprios de autarcas, reveladores, sobretudo, de incompetências soft, ou seja: ético-morais, relacionais, emocionais, comunicacionais, atitudinais, comportamentais e de comprometimento, para o exercício de tão importante cargo público, independentemente das razões que lhes possam assistir.

Não olvidem que, os vossos colaboradores poderão colocar em causa as vossas competências de liderança e as qualificações para o cargo (desprestigiando-os) e deitar por terra todas as vossas expetativas de carreira política; o contrário também é verdadeiro! Eximam-se de atitudes despóticas (amanhã, poderão estar numa posição de subalternidade), e nepóticas (privilegiem o mérito e não o compadrio). Pratiquem a  assertividade, a justiça, a equidade. Sejam sensatos e privilegiem o diálogo/tratamento respeitoso e humanista e, não pratiquem atitudes revanchistas, discriminatórias e persecutórias, bem como,  repudiem veementemente a corrupção (em política, não vale tudo!). Estas premissas deverão constituir a prática regular de qualquer autarca honesto e competente. Tenham a humildade de procurar formação/aprendizagens nas áreas deficitárias, para melhores decisões e atitudes, como qualquer profissional. Prestigiem-se e credibilizem a política, não se servindo dos cargos, antes, servindo-se deles para melhorar a vida dos cidadãos! Sintam-se “mais autarcas”, ao contribuirem para a felicidade organizacional e a realização profissional dos seus colaboradores e assim alcançarem patamares de excelência! 
Finalizo, com chave de ouro: «O caminho para a excelência, pressupõe que as pessoas, organizações e sociedades, vivam de acordo com os mais elevados padrões de exigência ética, moral e profissional!»
 
 
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Comentários

Óptimo artigo
Jaime Mota
Azambuja
01-10-2018 14:28
​

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