|
Opinião
|
|
|
16-08-2019 às 15:42
|
|
|
Com o aproximar do fim da legislatura liderada por António Costa e pelo Partido Socialista, é tempo de analisar o seu mandato.
Todos nos lembramos como o país se encontrava em 2015, assolado pela depressão e pelo desemprego, abandonado à sua sorte por um governo do PSD/CDS-PP incapaz de apresentar soluções construtivas, e totalmente subserviente perante a troika, cuja “receita de austeridade” conduziu Portugal para o empobrecimento e obrigou muitos milhares de pessoas a emigrar. Contrariando esse estado de coisas, o Partido Socialista construiu o seu programa eleitoral em torno de quatro ideias-chave: Mais crescimento; Mais e Melhor Emprego; Maior Igualdade; e Contas Certas. E afirmou ainda que era urgente introduzir estabilidade nas políticas (nomeadamente fiscais) e na vida pública, normalizando a relação institucional entre órgãos de soberania (lembram-se da guerra permanente entre o Governo do PSD/CDS-PP com o Tribunal Constitucional?), por forma a garantir o retorno de um clima de confiança que incentivasse o investimento. Ora, em traços muito gerais, o Partido Socialista conseguiu, através de um equilíbrio parlamentar inédito em Portugal, oferecer ao País a estabilidade política que lhe faltava, devolvendo rendimentos e repondo direitos às pessoas e famílias, garantindo a melhoria nos serviços públicos prestados à população, introduzindo confiança na economia e favorecendo o investimento. Em apenas quatro anos, o rendimento médio líquido da população empregada aumentou mais de 8%; Portugal convergiu com a Europa (crescendo mais que a zona euro, com níveis de investimento superiores aos da Europa); criaram-se mais de 350.000 novos empregos (em que 89% foram contratos sem termo), diminuindo o desemprego em todas as regiões, faixas etárias e níveis de escolaridade; e reforçando a aposta na investigação e desenvolvimento. Acrescente-se ainda – muito importante – que foram quatro anos em que não houve qualquer orçamento retificativo, nem o Tribunal Constitucional declarou qualquer inconstitucionalidade nas medidas tomadas. Diminuiu-se o deficit e antecipou-se pagamentos da dívida do País ao estrangeiro. Provou-se por isso, como o Partido Socialista o anunciou logo em 2015, que contas certas não são inimigas nem da melhoria da qualidade de vida nem do crescimento: antes pelo contrário. Chegou pois a hora de consolidar o caminho feito e aprofundar o percurso nacional em áreas importantes para o desenvolvimento comum. Ao preparar o novo programa eleitoral para os próximos quatro anos, o Partido Socialista concentra-se na discussão com a sociedade civil, particularmente, em quatro áreas centrais: o combate às alterações climáticas; o favorecimento do crescimento demográfico; o reforço da igualdade; e os desafios colocados pela sociedade digital. |
|
|
PUB
É preciso, assim, que Portugal não desbarate o que todos conseguimos construir nestes quatro anos e, com confiança, trabalhemos nos desafios que nos prepararão para as próximas décadas, com credibilidade, contas certas e seriedade. A governação de um País não se faz com mono-interesses e é necessária cada vez mais a capacidade de criar e manter políticas integradas, com pontes e entendimentos, a bem do futuro comum. António Costa mostrou nestes quatro anos, realmente, ser capaz de o fazer.
Pensemos no caminho percorrido e na estabilidade política como um valor fundamental para a consolidação de Portugal, dentro e fora das nossas fronteiras, quando nas eleições de outubro formos chamados a fazer as nossas escolhas. |
NOTÍCIAS MAIS LIDAS PSP chega a tempo de evitar homicídio na Póvoa de Santa Iria Presidente da Junta de Vila Franca considera que é hora de cerrar fileiras contra os que se opõem à Tauromaquia Benavente: Praga de baratas, pombos e má recolha de lixo deixam população à beira de um ataque de nervos ASAE fecha queijaria ilegal em Aveiras de Cima depois da confirmação de vários casos de brucelose |
Comentários
Seja o primeiro a comentar...
Nota: O Valor Local não guarda nem cede a terceiros os dados constantes no formulário. Os mesmos são exibidos na respetiva página. Caso não aceite esta premissa contacte-nos para redacao@valorlocal.pt