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Opinião Joaquim Ramos: "Nacionalbanqueirimo"



Há muitos anos que sou defensor da nacionalização da Banca a nível mundial – uma clara utopia! Será uma das poucas coisas em que coincido com o Jerónimo de Sousa


05-04-2019 às 16:24


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Fico perplexo com o que se tem passado na Banca Portuguesa! Em poucos anos, as dezenas de mil milhões de euros que o Estado lá tem enfiado, diretamente ou através do Fundo de Resolução, e as tropelias que meia dúzia de Bancos e banqueiros conseguiram fazer.

Há muitos anos que sou defensor da nacionalização da Banca a nível mundial – uma clara utopia! Será uma das poucas coisas em que coincido com o Jerónimo de Sousa. Mas isso é no plano teórico, porque sei bem que a globalização inviabiliza totalmente que um País como Portugal adote uma atitude dessas. Como já vimos aliás, nos tempos revolucionários do Coronel Vasco Gonçalves. Mas a Banca, para além de ser um sector económico importante em termos de emprego, de volume de negócios, de capital movimentado, é o sector base de todos os outros. Sem Banca, não há estrutura produtiva ou qualquer outro sector da economia que consiga um desenvolvimento sustentado. Já que nacionalizar está fora de questão – não estou a referir qualquer caso concreto, mas sim o conceito de ter toda a Banca portuguesa nacionalizada – há que ter em especial atenção duas coisas para garantir que o sector motor da economia funcione sem sobressaltos e cumprindo a sua função: em primeiro lugar, colocar nas respetivas administrações pessoas tecnicamente competentes e com provas dadas de seriedade na gestão de património alheio; em segundo lugar, ter uma entidade fiscalizadora plenipotenciária, com capacidade de avalizar ou vetar as grandes decisões e de conferir, por amostragem ou qualquer outro meio, a bondade de alguns processos. Foi isso o que teve a Banca portuguesa nos últimos anos? Nem por sombras, antes pelo contrário.

Sem querer generalizar – temos gestores bancários de grande competência e seriedade – a política foi-se imiscuindo nas administrações bancárias através da nomeação de ” homens de mão” mais interessados noutros interesses que nos da própria Banca que administravam. Desconfio até que casos terá havido em que a promiscuidade entre política e negócios tenha levado a que tenham sido os parceiros de chorudos negócios a sugerir fulano ou fulana tal para administrador daqui, gerente dacolá, com o fim exclusivo de lhes facilitarem o acesso ao respetivo banco.

Quanto a entidade fiscalizadora, no caso o Banco de Portugal, é melhor nem falar nisso! É que não foi só assobiar para o lado. Eu lembro-me de, três ou quatro dias antes de o Banco de Portugal ter arrumado com o BES, o próprio Banco de Portugal vir a público dizer que o Banco Espírito Santo era uma estrutura sólida e confiável, secundando o que afiançara também um ilustre professor de economia que era Presidente da República e até vinha, profissionalmente, do Banco de Portugal.
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Meia dúzia de dias depois, milhares de portugueses ficaram sem as poucas economias de uma vida: os que as tinham aplicado em papéis do BES. É que não são apenas aqueles que depois até foram parcialmente ressarcidos. Foram os que tinham aplicado o seu dinheirito em acções do BES que, da noite para o dia, passaram a valer zero. Pois se deixou de haver BES, que significado tinham aqueles papéis? Nenhum. Zero.

O mínimo que se pode dizer dum regulador que afirma a solidez duma instituição bancária e cinco dias depois a fecha por insolvência, é que não desempenhou a sua função: fiscalizar.

O que me espanta também são os desvarios que se fizeram, os esquemas que se inventaram e montaram para conseguir empréstimos em condições de lucro garantido para o tomador. Sem mencionar nomes, como é possível que alguém tenha conseguido empréstimos de centenas de milhões de euros para comprar acções duma outra instituição, dando como garantia da ​

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