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Opinião João Santos: "Covid-19 - O SNS e a estratégia seguida pelo governo estão a passar com distinção"

Apesar do aparente sucesso da estratégia adotada pelo governo, a probabilidade de colapso do Serviço Nacional de Saúde, devido à pandemia de covid-19, está ainda longe de ser nula
23-05-2020 às 10:46


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Não terá o governo tomado medidas mais cedo, como o encerramento de espaços comerciais e fronteiras, com receio das consequências para a economia?

Esta resposta deverá ser dada apenas em retrospetiva.
No entanto, os argumentos a propósito do tempo de reação do governo não são de ordem económica. As decisões do governo, creio eu, estiveram relacionados, exclusivamente, com a gestão estratégica da evolução da taxa de contágio em função do ponto de saturação do Serviço Nacional de Saúde.

É sabido que a disseminação do vírus da Covid-19 não pode ser interrompida. A partir da extrapolação da realidade noutros países, e de um comunicado (de 15 de março) do Hospital da Luz de Setúbal, 70% da população portuguesa terá uma grande probabilidade de ficar infetada. 10% dos infetados irão necessitar de cuidados hospitalares. Estas probabilidades não dependem grandemente de medidas de prevenção.

No entanto, com a implementação de medidas de distanciamento social, o processo de contágio abranda. Quanto mais rigoroso for o cumprimento destas medidas, menores serão as taxas de infeção por unidade de tempo (o designado “achamento da curva”). O sucesso a este nível é a chave para a garantia da operacionalidade do Serviço Nacional de Saúde.
Ainda antes da chegada do surto, o primeiro-ministro havia deixado claro que o Serviço Nacional de Saúde, através da reorganização dos seus serviços, teria capacidade para alcançar maior amplitude. 

Durante o último mês e meio, o Ministério da saúde anunciou a existência de uma bolsa de 1800 médicos e de mais de 1000 enfermeiros disponíveis para reforçar o Serviço Nacional de Saúde. Deu nota ainda da previsão da contratação de 450 novos profissionais de saúde.
Para além dos recursos do SNS, somam-se 2.300 camas da rede de saúde das forças armadas e 250 ventiladores do setor privado da Saúde. O investimento em kits de despistagem também está anunciado como sendo uma prioridade.

Há, aparentemente, liquidez “ilimitada” para fazer face à dimensão sanitária desta pandemia. O Estado, a partir de operações de natureza orçamental, tem a capacidade de proceder aos ajustamentos necessários a cada momento.
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A maior parte dos ajustamentos vão sendo anunciados configuram custos passíveis de variar no curto prazo. O problema pode colocar-se havendo a necessidade de garantir no curto prazo ajustamentos passíveis de concretização apenas no longo prazo. A construção de uma nova unidade hospitalar, por exemplo, só seria passível de concretização no longo prazo, por razões óbvias. A exceção a propósito deste exemplo é o hospital construído na China em apenas 10 dias. Portugal não teria, obviamente, condições para concretizar um projeto desta magnitude.

Apesar do aparente sucesso da estratégia adotada pelo governo, a probabilidade de colapso do Serviço Nacional de Saúde, devido à pandemia de covid-19, está ainda longe de ser nula. Basta para o efeito que as medidas de contenção, que assumem papel central na mitigação desta pandemia, não sejam rigorosamente cumpridas.
​
Certo, para já, é que Portugal tem vindo a gerir esta pandemia histórica garantindo que o Serviço Nacional de Saúde não atinge o seu ponto de saturação. Eventualmente, será esta a evidência do sucesso da estratégia adotada pelo governo.
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