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Opinião Júlio Martins "Ribatejo... Um mundo de Oportunidades!"Precisa de uma visão inovadora, investimentos públicos e de abordagens diferentes para que de uma vez por todas afirme o potencial turístico que tem
03-04-2020 às 17:52
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Trabalhar o Turismo na orla costeira será sempre mais fácil, pois por muito que não queiramos, o elemento água foi sempre mais atrativo para o turista. Logo o litoral tem à partida uma vantagem, pois ao implementar algo na área do Turismo terá mais probabilidade de ter sucesso (independentemente de ser um bom ou mau projeto, mas à partida constituirá uma vantagem). O desafio para quem cria produtos turísticos reside no interior do País, onde terá de por em prática toda a sua argúcia, discernimento, capacidade de leitura do espaço, da envolvente, conseguindo antever toda a potencialidade que poderá estar dissimulada…assim é o Ribatejo um mundo de oportunidades.
Não entrando em políticas de fronteiras do que é ou não é Ribatejo, partindo do princípio que o Ribatejo atual, são os 11 municípios que constituem a CIMLT, os recursos naturais existentes nesta zona são imensos, mas para que se capte investimento para a região é essencial as entidades públicas infraestruturarem os recursos naturais passíveis de serem potencializados em produtos turísticos. Infelizmente é assim, mas é o preço a pagar pela interioridade, se nós queremos ter um movimento turístico, e com toda a desmultiplicação de divisas que ocorre do fenómeno turístico é necessário que os organismos públicos deem o primeiro passo, para então podermos cativar o investimento privado. Estou a falar de arranjos nas margens do Tejo e seus afluentes de maneira a torná-los navegáveis e acessíveis ao visitante, recuperar o património cultural quer seja material quer seja imaterial, dotar os locais com vias de acesso dignas, com wc’s, pôr técnicos com formação nestes projetos, pois mormente o Turismo é visto como uma área onde toda a gente de outras vertentes pode trabalhar e está provado que não é assim, ou seja existe uma panóplia de ações, atitudes, e vontade política antes de denominar qualquer local como “destino turístico”. O Ribatejo só não tem o elemento “mar”, mas encerra em si potencialidades enormes, desde o Rio Tejo que é transversal a quase todos os municípios, à figura singular do Campino, à sua musica/dança típica que é o fandango ( estes dois últimos itens estão em fase de candidatura para Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO ), a lezíria, o elemento touro e cavalo, as salinas de Rio Maior, o montado e a cortiça, a gastronomia e vinhos, as rotas de natureza, quer sejam fluviais, quer sejam serranas, o património edificado, muito concentrado em Santarém. Enfim existem recursos naturais e humanos espalhados um pouco por todo o Ribatejo à espera de serem trabalhados e estruturados, para que se consiga transformar o Ribatejo num destino turístico, que tenha uns alicerces vigorosos de modo a que evite o demónio da sazonalidade, conseguindo integridade e continuidade ao longo de todo o ano. O Ribatejo precisa de uma visão inovadora, investimentos públicos e de abordagens diferentes para que de uma vez por todas afirme o potencial turístico que tem. |
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