Opinião Lélio Lourenço: "A Guerra Voltou à Europa"
"Embora tenha havido guerra na Ex-Jugoslávia nos anos 90, a que talvez não tenhamos dado a devida atenção, a guerra está de novo a ceifar vidas e a destruir cidade inteiras em solo europeu. Este era um cenário impensável há pouco tempo para todos nós"
|04 Maio 2022 11:59
A guerra, que a nossa geração julgava afastada das nossa vidas, regressou à Velha Europa com uma força avassaladora e em direto nas televisões. A invasão da Ucrânia pelas tropas russas vem acordar-nos para uma realidade que julgávamos bem lá atrás, no tempo da 2ª Grande Guerra. Embora tenha havido guerra na Ex-Jugoslávia nos anos 90, a que talvez não tenhamos dado a devida atenção, a guerra está de novo a ceifar vidas e a destruir cidade inteiras em solo europeu. Este era um cenário impensável há pouco tempo para todos nós. Vemos um rasto de morte e destruição nas cidades ucranianas e uma enorme dor e sofrimento a que está sujeita uma Nação livre e soberana com uma população de 44 milhões de pessoas. E tudo levado a cabo por um alucinado saudoso duma velha Rússia imperial. Nomes de cidades como Kiev, Mariupol, Kharkiv, Kherson e outras passaram a ser sinónimos de terror e barbárie perpetrados pelo exército russo. A comunidade internacional tem reagido de forma muito ténue apoiando o povo ucraniano, mas sobretudo através de sansões aplicadas ao Pais agressor por forma a tentar para a besta russa o mais depressa possível, mas todas as iniciativas têm-se revelado infrutíferas. O número de baixas civis e militares começa a assumir proporções muito grandes e o grau de destruição de infraestruturas é enorme. Miséria e devastação é o que temos pela frente com milhões de pessoas a fugir da guerra, sobretudo mulheres e crianças, porque os homens ficam a defender as suas casas, cidades e Pais do agressor russo. Eu valorizo muito a onda de solidariedade que se gerou por todo o Mundo e as sucessivas manifestações de apoio à Ucrânia, a cidadania ativista e condenatória do regime de Putin, o renascimento da NATO, o regresso dos Estados Unidos à Europa, a união da União Europeia, com uma resposta única e determinada, os esforços humanitários na região, as sanções económicas à Rússia, o comprometimento das grandes empresas internacionais nesta mesma condenação, muitas delas ultrapassando os governos dos seus países embora sempre acompanhada da pressão das opiniões publicas mundiais que desde inicio se manifestaram solidárias com o povo ucraniano e muito críticas da intervenção russa. Também em Portugal se assistiu a uma onda generalizada de apoio ao povo ucraniano e condenação do agressor russo; bem todos menos o PCP, sempre do lado errado da história… As consequências da guerra começam a fazer-se sentir por todo o mundo com consequência o aumento de preços de matérias-primas em geral e da energia em particular. Os preços dos combustíveis começam a ser impeditivos do normal funcionamento de grande parte das nossa atividades e modo de vida. É preciso que as partes estabeleçam rapidamente um acordo de cessar-fogo que permita colocar um ponto final nesta guerra e impere o direito do povo ucraniano em ser senhor do seu destino !! |
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