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Plataforma Nacional 3
Por Raquel Laureano
28-12-2016 às 10:24
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​No passado dia 6 de dezembro, deu-se o lançamento de uma inevitável iniciativa cívica, o movimento “Plataforma N3”. E dizemos inevitável, porque fruto de uma realidade que há muito faz os azambujenses sofrer: a gradual transformação da EN3, numa estrada de morte. Entre 2000 e 2013, só no troço que compreende o concelho de Azambuja, morreram 30 pessoas.

Durante a cerimónia de apresentação, foram expostos os principais pontos sensíveis do trajeto, nomeadamente, o acesso às empresas da Zona Industrial de Vila Nova da Rainha com a dificuldade inerente à mudança de direção à esquerda, fraca iluminação, ocupação das bermas que deveriam funcionar como corredores de emergência e, a óbvia falta de civismo dos automobilistas quando efetuam manobras perigosas, como por exemplo, ultrapassagens mal calculadas.

Também o Dr. Joaquim Ramos, um dos impulsionadores desta iniciativa, e antigo edil, explicou que durante a sua gestão o governo central assinou um contrato com a Câmara para a construção do separador central no trecho de estrada entre a sede de concelho e Vila Nova da Rainha, bem como a duplicação de via. Mas, que apesar de todos os esforços desenvolvidos por ele próprio e por atuais governantes autárquicos, nunca conseguiram que tais compromissos saíssem do papel. Igual destino tem tido também o plano de compensações da Ota que prevê a construção de uma variante para pesados. Também de papel se fazem ainda hoje as rotundas que deveriam existir, da Siva, que em 2005 Joaquim Ramos, então presidente da Câmara, referiu que haveria de ser construída por promotores industriais dos terrenos circundantes; e a nascente de Vila Nova da Rainha, com financiamento da Autarquia. Ou seja, nenhum destes compromissos assumidos com a população de azambuja foi cumprido.

Finalmente, ficou claro que a “Plataforma EN3” irá concentrar esforços na defesa do cumprimento daqueles compromissos. E aqui é que discordamos, considero ser de louvar o esforço, e espero muito sinceramente que consigam atingir os objetivos a que se propuseram – sempre com o meu indelével respeito e apoio – mas considero que os compromissos assumidos no passado, foram-no num passado de “vacas menos magras”, não podemos ignorar que depois da sua assinatura tivemos uma intervenção do FMI em Portugal. As justificações dos obrigados ao cumprimento daqueles compromissos serão sempre as mesmas – não há dinheiro. – E a triste realidade é que no momento em que se escrevem estas linhas, mais um acidente se está a resolver na EN3, segunda-feira de manhã, hora de ponta. É urgente que se tomem medidas adequadas à diminuição desta sinistralidade. Medidas realistas face ao estado atual das nossas finanças e num contexto da pouca vontade política do poder central em investir fora das grandes cidades. E, é nesta perspetiva, que me permito chamar à liça quem nos está mais próximo e, como nós, vive este flagelo diariamente, os responsáveis autárquicos, para que desenvolvam os esforços necessários e urgentes junto das entidades competentes, financiando se necessário, para implementarem medidas de segurança rodoviária.

Apresentei, na altura, algumas alternativas que me parecem adequadas face aos pontos negros identificados, nomeadamente: para evitar a mudança de direção à esquerda, implementar traço contínuo nas entradas para as empresas e construção das duas rotundas previstas; mais iluminação noturna e aumento da fiscalização e educação rodoviária. Outras medidas poderão ser implementadas, não se esgotarão aqui as possibilidades, certamente. Mas não podemos esperar pela concretização de projetos que nunca saíram do papel, porque todos os dias as nossas vidas e as vidas de todos aqueles que por cá passam, correm sérios riscos, já para não falar em todo o desgosto já vivido. Será esta, no meu humilde ponto de vista, a única forma de dormirmos com a consciência de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para acabar com este morticínio da EN3. Apoiar o trabalho da “Plataforma EN3” e implementar medidas imediatas e tangíveis de segurança rodoviária.


Comentários

Gostei do seu artigo , Raquel. É importante que a sociedade civil se envolva nestas coisas.
Mas enganou-se nas notas, baralhou as rotundas. De facto, as duas que referiu não foram feitas mas eram as duas da responsabilidade da Administração Central. As que a Câmara fez - e note que não tinha que fazer, pois sua intervenção não abrange as estradas nacionais foram as duas de Azambuja  nascente e poente), parcialmente financiadas por fundos do POLIS, e as dos (>Casais de Baixo e da Modis ( que negociámos serem pagas pela Sonae e pela então FCC). São as que estão feitas.

Joaquim Ramos
Azambuja

28/12/2016 23:32

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