A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, pela terceira vez, voltou a remeter uma série de considerações quanto ao aditamento ao contrato entre a Águas da Azambuja e a Câmara de Azambuja, não dando ainda luz verde ao que está consignado no mesmo, pese embora os pareceres da entidade não possuírem caráter vinculativo. Continua a tornar-se cada vez mais difícil para as partes ver luz ao fundo do túnel neste processo que já se arrasta desde 2013. O último parecer da entidade foi emitido há poucas semanas, ao qual o Valor Local teve acesso, e faz notar praticamente a mesma ordem de razões dos anteriores. Face à demora e ao estado de coisas, a oposição exige mais pulso forte à autarquia nas negociações.
Ouvimos os vereadores da oposição sobre o arrastar desta situação. David Mendes, da CDU, refere que “passado todo este tempo é estranho que o aditamento ao contrato continue a ser o mesmo”, pois “apenas foram introduzidas alterações por força da nova lei que saiu o que é grave”. Lamenta ainda que a Câmara não tenha falado com as forças de oposição.
No que concerne à Taxa Interna de Rentabilidade (grosso modo os lucros da empresa) que a empresa prevê baixar de 12,65 por cento para 11,57 por cento, opina que neste campo “houve uma aceitação moral da mesma por parte da ERSAR”, “uma vez que já existe um enquadramento legal”, mas “isso não nos chega pois o parecer não aponta para uma redução significativa”, tendo em conta que “não é por um por cento que o quadro se altera significativamente”. David Mendes sugere que a TIR podia ir até aos sete por cento, dadas as dificuldades financeiras das famílias, em última análise.
Neste cômputo “também não vejo a Câmara Municipal com nenhuma vontade de pressionar a empresa, e por isso vamos ter ‘guerra aberta’, por causa do Partido Socialista, que durante dois anos nunca falou connosco”. Referindo que houve algumas reuniões em que a CDU participou na presença do restante executivo PS e empresa mas não passaram de alguns esclarecimentos sobre a atividade da mesma, nada de concreto sobre as negociações do contrato. “O PS tem sido muito débil nas negociações, até porque se a Águas do Oeste baixar tarifas como se prevê, a Águas da Azambuja também terá de o fazer”, e aconselha a Câmara a falar com a oposição “caso contrário arrisca-se a um chumbo na Assembleia Municipal”.
Também a Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, pela voz da vereadora Maria João Canilho, tem dificuldades em perceber a atitude da Câmara PS: “Mais uma vez o parecer da ERSAR foi desfavorável às pretensões das Águas da Azambuja. Por isso, continuamos sem perceber porque a Câmara PS insiste em estar do lado da Águas de Azambuja e desta "negociata" que vai trazer aumentos significativos para as famílias e empresas do concelho de Azambuja, como é reconhecido no parecer da ERSAR.”
“Vamos continuar, tal como desde o primeiro dia do nosso mandato, a ser muito exigentes no dossier das Águas”, refere. Sendo que “entre as Águas da Azambuja e as famílias e empresas do concelho de Azambuja não teremos hesitações ou dúvidas.”
O presidente da Câmara, Luís de Sousa, referiu ao nosso jornal que tendo em conta mais um parecer da ERSAR; que se está a preparar para realizar uma reunião extraordinária preparatória para a assembleia municipal. Já pediu um parecer jurídico e que perante um tema daquela importância é necessário fazer ainda um compasso de espera. Luís de Sousa rejeita a ideia de que não tem colocado os vereadores da oposição ao corrente de toda a problemática, e adianta que se vai reunir com os mesmos para analisar todo o dossier em breve. Rejeitando posições de força nesta matéria, diz continuar a ser um adepto do diálogo e da análise, sendo que a comissão de acompanhamento vai também pronunciar-se sobre os últimos acontecimentos.
Sílvia Agostinho
28-06-2015
Ouvimos os vereadores da oposição sobre o arrastar desta situação. David Mendes, da CDU, refere que “passado todo este tempo é estranho que o aditamento ao contrato continue a ser o mesmo”, pois “apenas foram introduzidas alterações por força da nova lei que saiu o que é grave”. Lamenta ainda que a Câmara não tenha falado com as forças de oposição.
No que concerne à Taxa Interna de Rentabilidade (grosso modo os lucros da empresa) que a empresa prevê baixar de 12,65 por cento para 11,57 por cento, opina que neste campo “houve uma aceitação moral da mesma por parte da ERSAR”, “uma vez que já existe um enquadramento legal”, mas “isso não nos chega pois o parecer não aponta para uma redução significativa”, tendo em conta que “não é por um por cento que o quadro se altera significativamente”. David Mendes sugere que a TIR podia ir até aos sete por cento, dadas as dificuldades financeiras das famílias, em última análise.
Neste cômputo “também não vejo a Câmara Municipal com nenhuma vontade de pressionar a empresa, e por isso vamos ter ‘guerra aberta’, por causa do Partido Socialista, que durante dois anos nunca falou connosco”. Referindo que houve algumas reuniões em que a CDU participou na presença do restante executivo PS e empresa mas não passaram de alguns esclarecimentos sobre a atividade da mesma, nada de concreto sobre as negociações do contrato. “O PS tem sido muito débil nas negociações, até porque se a Águas do Oeste baixar tarifas como se prevê, a Águas da Azambuja também terá de o fazer”, e aconselha a Câmara a falar com a oposição “caso contrário arrisca-se a um chumbo na Assembleia Municipal”.
Também a Coligação Pelo Futuro da Nossa Terra, pela voz da vereadora Maria João Canilho, tem dificuldades em perceber a atitude da Câmara PS: “Mais uma vez o parecer da ERSAR foi desfavorável às pretensões das Águas da Azambuja. Por isso, continuamos sem perceber porque a Câmara PS insiste em estar do lado da Águas de Azambuja e desta "negociata" que vai trazer aumentos significativos para as famílias e empresas do concelho de Azambuja, como é reconhecido no parecer da ERSAR.”
“Vamos continuar, tal como desde o primeiro dia do nosso mandato, a ser muito exigentes no dossier das Águas”, refere. Sendo que “entre as Águas da Azambuja e as famílias e empresas do concelho de Azambuja não teremos hesitações ou dúvidas.”
O presidente da Câmara, Luís de Sousa, referiu ao nosso jornal que tendo em conta mais um parecer da ERSAR; que se está a preparar para realizar uma reunião extraordinária preparatória para a assembleia municipal. Já pediu um parecer jurídico e que perante um tema daquela importância é necessário fazer ainda um compasso de espera. Luís de Sousa rejeita a ideia de que não tem colocado os vereadores da oposição ao corrente de toda a problemática, e adianta que se vai reunir com os mesmos para analisar todo o dossier em breve. Rejeitando posições de força nesta matéria, diz continuar a ser um adepto do diálogo e da análise, sendo que a comissão de acompanhamento vai também pronunciar-se sobre os últimos acontecimentos.
Sílvia Agostinho
28-06-2015
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