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Oposição viabiliza executivo de André Salema na junta de Azambuja
O novo presidente da junta tomou posse esta sexta feira e como não tinha maioria, recebeu os votos a favor do BE e da CDU e o voto em branco do PSD e Chega
Novos eleitos da Assembleia de Freguesia de Azambuja
|09 Out 2021 19:05
Miguel António Rodrigues Os eleitos da Coligação Sempre a Seu Lado (PSD, CDS-PP, PPM e MPT) decidiram votar em branco a proposta de André Salema para a constituição do novo executivo.
A falta de maioria na junta de Azambuja obrigaria a consensos, algo que não foi necessário, porque os partidos mais à esquerda (Bloco de Esquerda e CDU) viabilizaram a entrada em funcionamento do órgão. O Partido Chega através de Mafalda Maia, a única eleita deste partido, também votou ao lado do PSD. Contudo Salema vai ter de ir construindo pontes ao longo do mandato dado não estar em maioria. O Bloco de Esquerda impôs uma série de imposições para viabilizar o executivo, entre as quais mais atenção à limpeza urbana, que o presidente esteja apenas a meio tempo e que as coletividades passem a estar envolvidas nos projetos culturais da junta. Luis Otero, o cabeça de lista da coligação, referiu que este mandato "exige bom-senso e equilíbrio", porque as pessoas da freguesia de Azambuja "não podem ser prejudicadas por birras de protagonismo político e por guerras partidárias", garantindo que durante os próximos quatro anos "a coligação estará vigilante e atenta em áreas como a limpeza e embelezamento do espaço público" entre outras. O PSD diz que o executivo de Salema tem todas as condições doravante para implementar o seu "extenso programa eleitoral sem desculpas". O Partido Chega através de Mafalda Maia, a única eleita deste partido, também votou ao lado do PSD. André Salema, o novo presidente da junta, destacou ao Valor Local a posição dos partidos mais à sua esquerda e reforçou que neste mandato não vai ter funções a tempo inteiro, salientando que prefere que o valor do que poderia ser o seu salário passe para as obras mais necessárias na freguesia, ao contrário do que foi a política da última presidente daquela autarquia, Inês Louro, com vencimento a tempo inteiro. Para o autarca, transparência deverá ser uma outra "batalha" anunciando a criação de uma comissão permanente, "composta pelos representantes de todos os partidos que fazem parte da Assembleia de Freguesia, executivo e mesa da assembleia, promovendo um escrutínio ainda maior do normal funcionamento da Junta de Freguesia". |
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