Os desafios do Centro Cultural Azambujense
A coletividade assianalou recentemente 115 anos de existência
Nuno Filipe
01-07-2016 às 16:12 ![]() Neste 2016, o Centro Cultural Azambujense (CCA), popularmente conhecido por “Banda de Azambuja” comemora o seu 115º aniversário. Para saber mais sobre a vida da coletividade, o Valor Local conversou com Fátima Rafael e Jorge Almeida, respetivamente presidente e vice presidente da direção do Centro.
Como em qualquer pequena coletividade o Centro cultural Azambujense (CCA) vive de uma gestão ao cêntimo, inclusivamente teve de extinguir ou reduzir algumas rubricas que existiam no passado, pois o CCA tem despesas fixas, tais como água, luz e o pagamento do Maestro (que segundo os diretores é a única pessoa remunerada na coletividade) “mas nunca se sabe quando o dinheiro entra”. Por isso apesar de apoios pontuais da Câmara Municipal, Junta de freguesia e INATEL, contenção é palavra de ordem. Segundo Fátima Rafael, o CCA recebe uma média de 2700 euros em subsídios da Câmara de Azambuja, e 300 euros do INATEL, sendo que ainda recentemente a Câmara e a Junta ofereceram alguns fardamentos, mas também existe “uma enorme despesa em aquisição e manutenção de instrumentos, por exemplo uma tuba das mais baratas custa na ordem dos 5 mil euros e isto numa casa que tem como orçamento médio 30 a 35 mil euros anuais. As atuações da banda têm um caráter sazonal, mais de verão do que de inverno, incluindo festas, procissões e corridas de toiros. São segundo os diretores, os serviços que as bandas fazem hoje em dia, mas que cada vez mais, seja por falta de dinheiro das comissões que em muitos casos querem barulho e não qualidade e optam por bandas mais baratas; ou por haver menos corridas, vão diminuindo. Fátima Rafael diz-nos que também existe o problema da falta de transporte próprio da coletividade, e por vezes, entre pagar transporte e alimentação aos músicos que nada recebem, ou pagar reforços externos, o serviço muitas vezes dá para pagar as despesas sem que a a coletividade consiga ter algum lucro. Além da banda de música que desde novembro de 2014 é dirigida por Luís Balão e que conta com cerca de 40 elementos numa mescla de juventude e veterania, o CCA possui ainda uma Escola de Música com mais de 40 elementos e que no dia 24 terá o seu espetáculo de encerramento de ano letivo. Há também uma Escola de Fado, atividade de Kempo, e de Madorna (recreação etnográfica); além de explicações para os associados da coletividade. Em termos da adesão da população ao CCA, que tem segundo os diretores cerca de 500 associados, Jorge Almeida diz que o facto de a coletividade se encontrar numa bairro mais periférico da vila, condiciona essa adesão”. devido ao facto de hoje em dia “as pessoas não gostarem de deslocar para fora da malha urbana. A presidente concorda e deu o exemplo de um concerto que teve lugar em dezembro na Igreja Matriz de Azambuja “que encheu, o que quer dizer que as pessoas até aderem às atividades, "desde que sejam no centro”.
|
Vila Franca de Xira homenageia José Júlio
Câmara do Cartaxo reforça vigilância nos espaços municipais David Mendes aponta o dedo à Comissão de Acompanhamento das Águas PSD de Vila Franca promove debate sobre futuro museu da tauromaquia Comissão do FAM visita Cartaxo e fica surpreendida com atraso do concelho |