Valley Park à espera do desbloqueio do Fundo de Apoio Municipal
Outra das áreas empresariais que permanece praticamente ao abandono, salvo a instalação recente da Tagusgás, é a Área Industrial do Falcão mais conhecida por Valley Park, no concelho do Cartaxo, paredes meias com a principal autoestrada do país que deveria funcionar como catalisador para a instalação de empresas. Um longo imbróglio jurídico financeiro impediu a comercialização dos lotes, e até que o município veja aprovada e concedida, espera-se que ainda este ano, mais uma tranche do Fundo de Apoio Municipal (FAM) não pode proceder à venda dos lotes no conjunto. Este parque de negócios tem uma área global de 30,6 hectares, dos quais 106,078 m2 são área loteável, constituindo 119 lotes. O empreendimento tem uma sociedade gestora cuja maioria de capital é da Imocom, 25,36 por cento. Segue.se aLena Engenharia e Construções 19,28 por cento; a Construtora do Lena, 19,28 por cento; o Município do Cartaxo, 22,65 por cento;10,28 por cento são da Nerventure e 2,25 da Associação Industrial Portuguesa.
Um dos grandes problemas relacionados com esta estrutura criada ainda nos mandatos de Paulo Caldas relacionou-se com o contrato de compra e venda que nunca chegou a ser levado à Assembleia Municipal, condicionando a partir dali todo o desenrolar normal do processo a que acresceu ainda a situação de endividamento do município. O contrato assinado em 2010 não podia ser consumado porque o Tribunal de Contas nada poderia fazer nesse sentido, já neste mandato, tendo em conta o passivo financeiro autárquico que ascendia à época a 30 milhões de euros negativos.
O vereador do PSD Vasco Cunha considera que o “projeto mergulhou num grande impasse embora esteja numa localização excelente”. O facto de a Câmara ter procedido ao pagamento das dívidas ao empreiteiro “foi também fundamental para libertar o Valley Park da asfixia financeira”. “Admito que no próximo mandato as condições sejam bem diferentes”.
Quando chegou ao município, o atual presidente da Câmara, Pedro Ribeiro, lembra que encontrou “muitas dívidas da autarquia ao empreiteiro e o parque a carecer de ser infraestruturado”. A autarquia conseguiu completar os arruamentos, bem como o “básico a nível de água, esgotos e luz”. Créditos ao BPI e ao Banif também estavam a inviabilizar as questões relativas ao bom andamento do plano de pormenor, entretanto ultrapassadas em 2017, e a comercialização de lotes mantém-se apenas dependente da atribuição da tranche do FAM. Investidores adquiriram esses créditos entretanto tendo em conta o facto de ser uma zona considerada como “apetecível” por se “encontrar próxima da A1, a poucos quilómetros da capital, e estando sobre a abrangência dos fundos estruturais na região Alentejo”. “O nosso maior concorrente no futuro deverá ser o Carregado porque também está junto à A1, mas nesta altura sabemos que os nossos terrenos estão mais baratos, o que aliado à modernidade que se avizinha neste espaço, pensamos que poderemos atrair um conjunto interessante de empresas”.
No capítulo dos benefícios fiscais que esta Câmara possa dar às empresas, Pedro Ribeiro explica que por via da questão do endividamento lhe está vedado qualquer possibilidade de aliviar os impostos municipais e outras taxas decorrentes do processo de instalação de empresas. “Procuramos compensar com o nosso capital de empenho, de acompanhamento e de simpatia. Criámos inclusivamente um departamento municipal para as questões do empreendedorismo”.
Para além da Tagusgás que conseguiu instalar-se no parque “através de um cartório especial”, e assumindo, a dada altura, os custos com as infraestruturas de que necessitava apesar de todos os constrangimentos, há outras que já sinalizaram as suas intenções de ali se fixarem. O preço dos lotes é de 84 euros por m2. “O lote da Tagusgás segundo sei era o que estava menos hipotecado e de acordo com os pareceres técnicos foi possível libertá-lo para a empresa”, lembra Paulo Varanda, vereador independente, que chegou a assumir funções de presidente de Câmara após a renúncia de Paulo Caldas no anterior mandato.
Outra das áreas empresariais que permanece praticamente ao abandono, salvo a instalação recente da Tagusgás, é a Área Industrial do Falcão mais conhecida por Valley Park, no concelho do Cartaxo, paredes meias com a principal autoestrada do país que deveria funcionar como catalisador para a instalação de empresas. Um longo imbróglio jurídico financeiro impediu a comercialização dos lotes, e até que o município veja aprovada e concedida, espera-se que ainda este ano, mais uma tranche do Fundo de Apoio Municipal (FAM) não pode proceder à venda dos lotes no conjunto. Este parque de negócios tem uma área global de 30,6 hectares, dos quais 106,078 m2 são área loteável, constituindo 119 lotes. O empreendimento tem uma sociedade gestora cuja maioria de capital é da Imocom, 25,36 por cento. Segue.se aLena Engenharia e Construções 19,28 por cento; a Construtora do Lena, 19,28 por cento; o Município do Cartaxo, 22,65 por cento;10,28 por cento são da Nerventure e 2,25 da Associação Industrial Portuguesa.
Um dos grandes problemas relacionados com esta estrutura criada ainda nos mandatos de Paulo Caldas relacionou-se com o contrato de compra e venda que nunca chegou a ser levado à Assembleia Municipal, condicionando a partir dali todo o desenrolar normal do processo a que acresceu ainda a situação de endividamento do município. O contrato assinado em 2010 não podia ser consumado porque o Tribunal de Contas nada poderia fazer nesse sentido, já neste mandato, tendo em conta o passivo financeiro autárquico que ascendia à época a 30 milhões de euros negativos.
O vereador do PSD Vasco Cunha considera que o “projeto mergulhou num grande impasse embora esteja numa localização excelente”. O facto de a Câmara ter procedido ao pagamento das dívidas ao empreiteiro “foi também fundamental para libertar o Valley Park da asfixia financeira”. “Admito que no próximo mandato as condições sejam bem diferentes”.
Quando chegou ao município, o atual presidente da Câmara, Pedro Ribeiro, lembra que encontrou “muitas dívidas da autarquia ao empreiteiro e o parque a carecer de ser infraestruturado”. A autarquia conseguiu completar os arruamentos, bem como o “básico a nível de água, esgotos e luz”. Créditos ao BPI e ao Banif também estavam a inviabilizar as questões relativas ao bom andamento do plano de pormenor, entretanto ultrapassadas em 2017, e a comercialização de lotes mantém-se apenas dependente da atribuição da tranche do FAM. Investidores adquiriram esses créditos entretanto tendo em conta o facto de ser uma zona considerada como “apetecível” por se “encontrar próxima da A1, a poucos quilómetros da capital, e estando sobre a abrangência dos fundos estruturais na região Alentejo”. “O nosso maior concorrente no futuro deverá ser o Carregado porque também está junto à A1, mas nesta altura sabemos que os nossos terrenos estão mais baratos, o que aliado à modernidade que se avizinha neste espaço, pensamos que poderemos atrair um conjunto interessante de empresas”.
No capítulo dos benefícios fiscais que esta Câmara possa dar às empresas, Pedro Ribeiro explica que por via da questão do endividamento lhe está vedado qualquer possibilidade de aliviar os impostos municipais e outras taxas decorrentes do processo de instalação de empresas. “Procuramos compensar com o nosso capital de empenho, de acompanhamento e de simpatia. Criámos inclusivamente um departamento municipal para as questões do empreendedorismo”.
Para além da Tagusgás que conseguiu instalar-se no parque “através de um cartório especial”, e assumindo, a dada altura, os custos com as infraestruturas de que necessitava apesar de todos os constrangimentos, há outras que já sinalizaram as suas intenções de ali se fixarem. O preço dos lotes é de 84 euros por m2. “O lote da Tagusgás segundo sei era o que estava menos hipotecado e de acordo com os pareceres técnicos foi possível libertá-lo para a empresa”, lembra Paulo Varanda, vereador independente, que chegou a assumir funções de presidente de Câmara após a renúncia de Paulo Caldas no anterior mandato.
No passado permaecem algumas ilusões de ver determinados investimentos ali realizados como uma escola de negócios, um parque de ciência e tecnologia, ou até a possível instalação de uma empesa inglesa cotada na bolsa, a Eye Dream, que ficaram para as calendas gregas. Chegou mesmo a ser sinalizado o investimento para a escola de negócios tendo-se recorrido a fundos comunitários para tal. “Falou-se em tanta coisa. Quem está na política deve ter a responsabilidade de ter os pés assentes na terra, e perceber a nossa vocação para as fileiras do nosso concelho, e não entrar em megalomanias”, suscita Pedro Ribeiro. O vereador Vasco Cunha também lembra este historial de promessas- “Tivemos coisas de enorme proporção e hoje temos pouco mais do que a infraestruturação dos terrenos e a venda de lotes”. No caso da escola de negócios “chegou-se a falar de um investimento de três milhões de euros, depois foi redefinido para pouco mais de um milhão e a Câmara só tinha de entrar com 15 por cento, quando no início tinha de pagar 25 por cento. A Câmara pensou em grande e depois teve de se redimensionar, até ao ponto de ter desistido da candidatura”.
Paulo Varanda sentindo-se visado reflete: “Culpar outros atores é fácil para se desculpar a inoperância nesta como noutras matérias, mascarar-se o verdadeiro problema quando deveríamos estar concentrados nas verdadeiras soluções. Neste mandato tem sido normal argumentar-se contra os outros que estiveram na Câmara, mas isso já roça o ridículo e já ninguém dá importância a certo tipo de considerações”.
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Paulo Varanda sentindo-se visado reflete: “Culpar outros atores é fácil para se desculpar a inoperância nesta como noutras matérias, mascarar-se o verdadeiro problema quando deveríamos estar concentrados nas verdadeiras soluções. Neste mandato tem sido normal argumentar-se contra os outros que estiveram na Câmara, mas isso já roça o ridículo e já ninguém dá importância a certo tipo de considerações”.
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