Passeio ribeirinho entre Cartaxo e Azambuja deverá ser realidadeInclui ainda recuperação da Vala do Esteiro cujo concurso será lançado em breve
Miguel António Rodrigues
01-03-2018 às 21:15 A recuperação do Esteiro de Azambuja e a criação de um caminho pedonal até à zona da Praia da Casa Branca vão ser uma realidade até ao final do mandato. Segundo Luís de Sousa, presidente da Câmara Municipal de Azambuja em entrevista ao Valor Local, este é um projeto que irá mais tarde ligar a um outro, neste caso um passeio ribeirinho, que unirá os municípios de Golegã, Santarém, Cartaxo e Azambuja, sendo que não está excluída a ligação ao atual passeio ribeirinho de Vila Franca de Xira que em breve poderá chegar ao Carregado A obra que corresponde aos concelhos ribatejanos que não o de Vila Franca é uma obra no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo.
Luís de Sousa salienta a construção de um caminho pedonal que começará junto à estação da CP em Azambuja e que seguirá até à ponte sobre a Vala Real. Aí o percurso pedonal entrará noutra rota, através de caminhos pedonais já existentes, alguns mesmo utilizados pelos “Caminhos de Santiago”. Segundo o autarca, este projeto no âmbito do Portugal 2020, irá também englobar a recuperação da Vala do Esteiro “tornando-a navegável e com alguns pesqueiros porque somos um povo que não gosta só de toiros e cavalos, também gostamos de pesca”, refere o autarca que salienta que esta obra deverá estar pronta até ao final do mandato. Luís de Sousa refere ainda que o projeto tem um custo estimado de um milhão e cem mil euros, e será suportado em parte por fundos da União Europeia. O autarca refere, por outro lado, que nesta altura a Câmara Municipal já está a preparar o concurso para a obra que reconhece estar “um pouco atrasado”. Os dois projetos deverão mudar “radicalmente” a face da zona ribeirinha, tanto de Azambuja como do Cartaxo e dos outros municípios ribeirinhos. Luís de Sousa salienta que para já não existe previsão para que arranque a ligação entre concelhos, mas refere que o estudo preliminar que inclui a divulgação, a recuperação de pavimentos e sinalética, aponta para gastos na ordem dos quatro milhões de euros. Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, com quem Azambuja faz fronteira, vinca por seu lado a importância deste projeto que na sua opinião irá atrair mais pessoas para estas zonas. Em entrevista ao Valor Local, o autarca salienta que o seu município é um dos promotores da ideia que surge no âmbito do Portugal 2020, sendo que um dos objetivos “é a promoção e a valorização do Tejo, ambiental, social e economicamente e sabemos hoje que é importante tornar estas zonas clicáveis e mais agradáveis para os passeios a pé”. Pedro Ribeiro diz-se defensor da ideia, embora não exista ainda qualquer previsão para o arranque do projeto que foi já abordado em reuniões da CIMLT. O edil considera que a potencialização dos caminhos religiosos como “os Caminhos de Santiago” que se juntam nestes concelhos, a par com “outro tipo de intervenções que se vão complementar, são fatores determinantes para atrair mais pessoas aos nossos territórios e termos mais e melhores infraestruturas” de modo a que se possa atrair mais investimento para estes concelhos. ComentáriosEsta notícia é um pouco requentada, porque a CIMLT está no terreno a preparar um concurso de criação de ciclovias que visam completar a EUROVELO. Uma que ligará a Azambuja à Golegã e que em Santarém terá um passadiço do lado direito da linha do comboio. Outra na margem esquerda e que liga Salvaterra à Chamusca. Uma outra que utilizará um ramal ferroviário desactivado entre Muge e Rio Maior . Este concurso será feito até junho junto do Trismo de Portugal. Este trabalho da CM Azambuja já está contemplado nessa intervenção.
Ademar Pereira Azambuja 09/03/2018 16:29 |
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