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Pedro Almeida, Managing Director da SIVA: Empresa garante que não vai sair de Azambuja

Depois da aquisição do grupo pela Porsche, o futuro parece promissor para esta entidade que emprega 630 pessoas


Miguel António Rodrigues
10-01-2020 às 09:59
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Pedro Almeida é o novo homem forte da SIVA (Sociedade Importadora de Veículos Automóveis) em Azambuja. A empresa foi comprada recentemente pelo valor simbólico de um euro pela Porsche. Em entrevista exclusiva ao Valor Local, o diretor da empresa, Pedro Almeida, garante a permanência em Azambuja e dos 630 trabalhadores do grupo, apesar de estar preocupado com a saturação de tráfego na Estrada Nacional 3.


Valor Local : A Porsche Holding adquiriu a SIVA recentemente. Porquê este interesse neste grupo?
Pedro Almeida: A situação financeira da SIVA exigia um reforço de capital e a Porsche Holding Salzburg, a maior empresa de distribuição automóvel europeia, subsidiária do Grupo Volkswagen, apareceu como parceiro natural para adquirir a SIVA e a operação de retalho SOAUTO. A PHS encontrou uma equipa sólida e competente, pronta a alcançar novamente os êxitos de anos anteriores.
 
Ao todo a empresa soma (em conjunto com a SOAUTO) 630 trabalhadores. Existe a informação do aumento dos postos de trabalho. Até quantas pessoas mais a empresa pode contratar? Para que posições?
É importante referir que a PHS desde a primeira hora que quis assegurar a continuidade de todos os colaboradores da empresa, para que todos pudessem trabalhar de forma serena e com confiança no futuro.
 
Tendo em consideração que em Azambuja já existiram duas fábricas (Ford e Opel), a SIVA sente-se um bocadinho como a sucessora do trabalho destas?
Já estamos presentes em Azambuja há 25 anos. Sempre promovemos uma boa relação com a comunidade local e esperamos continuar a ajudar a desenvolver a região.
 
Existe da parte de algumas pessoas o receio de que o setor automóvel não é estável, sobretudo depois do encerramento das outras empresas e da situação em que a SIVA se encontrava. Quais as garantias que a SIVA pode dar nesta altura aos seus trabalhadores e aos seus clientes?
A entrada da PHS como acionista da SIVA vem trazer o necessário reforço a nível financeiro, e assegurar a sustentabilidade futura da empresa. Ao mesmo tempo, vemos a nossa relação com os nossos parceiros do Grupo Volkswagen consolidada, enquanto importadores das marcas do grupo para Portugal.  É preciso referir que o investimento que está a ser feito na SIVA tem objetivos ambiciosos como o aumento de vendas para as 30 mil unidades por ano.
 
O setor automóvel ainda é apetecível em Portugal?
Acreditamos que sim. Se assim não fosse, a PHS, com toda a sua experiência e dimensão, não teria feito uma aposta tão séria e ambiciosa na SIVA e no seu potencial. Mesmo fora das nossas portas, basta ver alguns dados como os da produção recorde deste ano na Autoeuropa ou o peso das indústrias derivadas do setor automóvel nas exportações.
 
Nesta altura a SIVA  importa para o nosso mercado marcas como a Volkswagen, Audi, ŠKODA, Bentley e Lamborghini. A Porsche será a próxima?
Atualmente, não há planos para alargarmos o negócio da importação a outras marcas do grupo.
 
A empresa está há vários anos em Azambuja. No passado outras deslocalizaram a sua produção para outras localizações, nomeadamente, para fora do país. Sendo uma das maiores empregadoras do setor na região, a sua continuidade em Azambuja está garantida pela administração?
É preciso começar por esclarecer que a SIVA não tem produção de veículos. No entanto, a operação completa que temos aqui na Azambuja é muito importante para o desenvolvimento da atividade das marcas representadas. Estamos satisfeitos aqui e não existem planos para mudarmos de instalações.
 

Se vai continuar em Azambuja, pergunto quais são os principais atrativos, em termos económicos e sociais que o concelho oferece?
A situação geográfica, praticamente no centro do país, é muito favorável para uma empresa como a nossa em que a logística de distribuição é determinante, assim como as acessibilidades (apesar da EN3 começar a mostrar sinais preocupantes de saturação).
 
Recentemente a SIVA anunciou  a intenção de fazer crescer o número de vendas. Este será um desafio fácil ou difícil de concretizar, já que os créditos bancários estão cada vez mais apertados e o segmento de venda de usados parece estar a querer voltar a crescer?
O objetivo que temos de chegar aos 30 mil veículos novos vendidos por ano, a médio prazo, tem em conta o potencial que a nossa organização comercial já demonstrou ter no passado, assim como a extraordinária força das marcas que representamos. O contexto do mercado está cada vez mais agressivo, mas temos todos os argumentos para regressar ao topo das preferências dos nossos clientes.
 
A Porsche Holding Salzburg é agora a maior empresa de distribuição automóvel da Europa. Vê muitas diferenças nos mercados dos outros países, para o mercado português?
O mercado automóvel nacional é marcado por uma carga fiscal muito mais pesada do que na maioria dos outros países europeus. Isso distorce a procura e cria uma pressão sobre os preços que penaliza o consumidor.Para além disso, a estrutura do mercado aponta para um peso das empresas nas vendas totais, e aqui incluímos os operadores de Rent-a-car, mais elevado do que noutros países em que a PHS está presente.
 
Os impostos sobre o setor em Portugal (veículos e combustíveis) são dos mais elevados da Europa. Aliviar esta carga fiscal poderia ajudar no rejuvenescimento do parque português?
O envelhecimento do parque automóvel tem vindo a agravar-se nos últimos anos e isso constitui uma ameaça à segurança rodoviária para além de ter efeitos muito negativos em termos de poluição do meio ambiente. Uma forma de acelerar a substituição dos automóveis mais antigos passaria por reintroduzir o apoio ao abate de veículos em fim de vida. Uma coisa é certa: manter a pesada carga fiscal atual contribui para que a taxa de esforço de comprar um automóvel novo em Portugal seja uma das mais altas da Europa.
 
Ainda no domínio dos automóveis. Este é um setor que está a ser colocado à prova ao nível tecnológico todos os dias. Os elétricos e os híbridos parecem ser o futuro. Onde se vai situar a SIVA neste setor?
As marcas que a SIVA representa em Portugal estão a fazer uma forte aposta nos veículos híbridos e elétricos. Posso dar três exemplos em concreto: o ID.3, o primeiro Volkswagen 100 por centrp elétrico, que vai ser lançado em 2020, com um preço acessível, pretende começar a marcar a posição de liderança da Volkswagen nesse campo. Também a Audi está a desenvolver a sua gama de modelos e-tron ao mesmo tempo que lança uma oferta completa de híbridos plug-in. A própria Skoda vai entrar na era da eletrificação para o ano, com o Superb híbrido e depois com o seu primeiro SUV elétrico. São alguns exemplos que mostram a ambição do Grupo Volkswagen – e da SIVA - em liderar o mercado da mobilidade elétrica.


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