Pesadelo da Ribeira do Sarra sem fim à vista para os moradores
Ocasionalmente continuam a acontecer descargas poluentes
|04 Jan 2023 12:14
Sílvia Agostinho Continuam a acontecer as descargas ilegais na Ribeira do Sarra, em Casal do Sarra, Carregado. O assunto tem voltado à baila à medida que mais problemas ambientais têm sido suscitados nos últimos tempos. Em 2016, uma das empresas que tinha sido visada como estando na origem das descargas, a Nally, procedeu a obras, à época visitadas pelo Valor Local, mas segundo Artur Almeida que tem sido a voz da revolta dos moradores de Casal do Sarra, na freguesia do Carregado, as melhorias foram apenas temporárias. Neste momento, “as descargas continuam a acontecer e em força” e para além de identificadas a Nally e a Europastry haverão outras a descarregar. A Europastry sempre rejeitou responsabilidades, já a Nally pensou que a com as obras de construção de uma rede de esgotos de raiz para o efluente industrial, conseguiria sanar o problema, mas sem sucesso.
Artur Almeida destaca ao Valor Local que devido às chuvas “por estes dias a ribeira está limpa”, mas quando assim não acontece o foco de insalubridade é gritante naquele bairro, e sem que a Câmara faça o suficiente para dirimir esta situação”. Artur Almeida fala na proliferação de ratazanas numa ribeira que fica paredes-meias com centenas de habitações. Da parte da junta “também não vejo nada”. O morador destaca que os prevaricadores aproveitam “esta altura de cheias para efetuarem as descargas de forma que passem mais despercebidas” na velha lógica de que a “água lava tudo”, quando assim não é “o cheiro é nauseabundo”. “Fala-se tanto no ambiente, mas continua-se a prejudicar a qualidade de vida de 1000 pessoas que aqui vivem no bairro”. Segundo Artur Almeida, a Câmara deveria ir mais além do que o relatório que levou a cabo há alguns anos e que permitiu identificar alguns focos “mas continuam a dizer que está tudo bem melhor na Ribeira do Sarra mas não é assim”. Vários partidos políticos têm tomado contacto com esta situação e de acordo com uma nota emitida há alguns meses pelo PSD de Alenquer “a ribeira está poluída, com um cheiro nauseabundo e a deitar líquido castanho”. Ouvido pelo Valor Local, Paulo Franco, vereador com o pelouro do Ambiente, refere desconhecer o atual quadro. Não tem ouvido relatos nesse sentido, evidenciando, antes, que a Câmara vai avançar em conjunto com a Águas do Tejo Atlântico com o projeto “Agir” que visa dotar empresas potencialmente poluidoras com ferramentas e conhecimento técnico com vista a dirimirem o seu passivo ambiental, entre elas está a Europastry e a Nally. Artur Almeida evidencia que apesar de a Nally ter ETAR “quando chove muito já não consegue tratar os efluentes que são enviados para a ribeira”, o mesmo acontece por parte de outras empresas como as de lavagens que se encontram nas proximidades, na vila do Carregado, “como uma que lava camiões cisterna carregados de ácidos, e essa empresa por exemplo não tem ETAR”. Segundo Artur Almeida, todas “estas situações são do conhecimento da Câmara”. |
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