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Plataforma EN3
Cidadãos unem-se para travar sinistralidade na via
Encabeçam este movimento a presidente da junta de Azambuja, Inês Louro, Joaquim Ramos, antigo presidente da Câmara local, e André Salema, presidente do corpo de bombeiros
Sílvia Agostinho
08-12-2016 às 22:00
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O flagelo das mortes na nacional 3 levou um grupo de cidadãos de Azambuja a unir-se em torno do combate a esta realidade. O movimento “Plataforma Nacional 3” apresentou-se esta quarta-feira, dia 6 de dezembro, no salão dos bombeiros voluntários locais, e deu a conhecer os próximos passos junto de entidades e empresas no sentido de minimizar o elevado número de acidentes registados entre Vila Nova da Rainha e Azambuja. Entre 2000 e 2013, só no troço que compreende o concelho de Azambuja, morreram nesta estrada 30 pessoas, num total de 475 acidentes, 533 feridos leves e 67 feridos graves.
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Encabeçam este movimento a presidente da junta de Azambuja, Inês Louro, Joaquim Ramos, antigo presidente da Câmara local, e André Salema, presidente do corpo de bombeiros e irmão de um antigo bombeiro que também faleceu na via em questão. “Penso que todos nós chegámos a um ponto de saturação tão grande que chegou o momento de colocarmos o dedo na ferida para que se dê uma ação efetiva neste quadro”, evidenciou Salema.

O concelho de Azambuja ficou recentemente abalado com um acidente que vitimou mortalmente a jovem Marta Fazendas, de Alcoentre, que seguia num veículo com mais três amigas que ficaram “em estado considerado grave” na opinião do comandante dos bombeiros, Armando Baptista, mas que segundo o INEM, apenas dois desses cinco feridos (as quatro ocupantes do automóvel onde seguia Marta Fazendas, mais o condutor que esteve na origem do despiste) podiam ser considerados graves, outros dois seriam leves, o que permite concluir que “os dados que se referem a feridos leves não são reais”. Recorde-se que no caso das jovens estamos a falar de sinistrados que sofreram traumatismos múltiplos.

Os principais pontos sensíveis do trajeto foram evidenciados pelos presentes nesta cerimónia de apresentação pública como o acesso às empresas da Zona Industrial de Vila Nova da Rainha com a dificuldade inerente à mudança de direção à esquerda sobretudo à noite devido à fraca iluminação, mas principalmente a ocupação das bermas que deveriam funcionar como corredores de emergência e que face ao estacionamento abusivo por parte de camionistas, na sua maioria, dificulta em muito a chegada aos acidentes quando acontecem. “No acidente de 8 de novembro, o socorrista teve de fazer marcha atrás desde a Avipronto”, constatou Armando Baptista.
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Joaquim Ramos evidenciou que durante a sua gestão tiveram lugar diversas reuniões com a “Estradas de Portugal” ministros e secretários de Estado mas nunca se conseguiu chegar a bom porto. O estado português tem um contrato assinado com a Câmara para que seja construído o separador central entre a sede de concelho e Vila Nova da Rainha, bem como a duplicação de via mas até à data tal não saiu do papel apesar de ter sido publicado em Diário da República. Até do famigerado plano de compensações da Ota este projeto de melhoramento da Nacional 3 fez parte mas sem consequências, com a possibilidade de ser construída uma variante para pesados que como se sabe acabam por danificar em muito o estado do pavimento face ao elevado número de veículos deste tipo que atravessam a via todos os dias, e que era uma promessa antiga . Depois de construídas as rotundas: poente à entrada da vila de Azambuja, a da Avipronto, a de Casais de Baixo. Faltou concluir a da Siva que em 2005 Joaquim Ramos, então presidente da Câmara, referiu que haveria de ser construída por promotores industriais dos terrenos circundantes mas que acabou por não se concretizar. Ainda se chegou a falar das rotundas nascente de Vila Nova da Rainha, com financiamento a ter que ser garantido pela Câmara, que também não saiu do papel. Nem tão pouco a rotunda poente na Vala do Carregado pela Estradas de Portugal.
 
Uma das formas de luta desta plataforma com o slogan "E se o seu filho fosse assassinado na estrada” passa por entregar uma petição na Assembleia da República para que a elevada sinistralidade na Nacional 3 possa ser alvo de debate entre os deputados. Inês Louro informou de que a mesma já vai com 560 assinaturas online. Ainda não foram feitas as contas às recolhidas em papel nos locais de maior afluência de público. Serão necessárias quatro mil para que o tema chegue ao Parlamento. No imediato, a plataforma deu conta de que se vai reunir com as empresas de logística. Sendo que o facto de não terem sido salvaguardados parques de estacionamento aquando da sua implantação nas zonas industriais contribui também para anarquia reinante.  
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Vários foram os contributos recolhidos pelo grupo de cidadãos (que se uniu em torno deste objetivo) junto da plateia presente onde para além de elementos dos diferentes partidos políticos, autarcas, e cidadãos no geral, também se encontravam alguns familiares de vítimas.

Houve quem considerasse o objetivo de um separador central e da duplicação da via demasiado ambicioso e propusesse antes mais iluminação e sinalização bem como a vigilância das autoridades e a atuação em conformidade face ao estacionamento abusivo. Foram ainda evidenciadas outras localizações para além do troço Azambuja/Vila Nova da Rainha, nomeadamente, no acesso ao novo aterro paredes meias com a sede concelho, e as dificuldades também existentes em Casais da Lagoa/Aveiras de Baixo, sem esquecer a invetável necessidade de mais civismo.


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