Na rubrica “Poder Local” de maio conversamos com o presidente da União de Freguesias do Carregado e Cadafais. José Martins foi eleito, pela primeira vez, nas últimas eleições autárquicas em 2017, mas para trás conta no seu currículo com um conjunto de missões cívicas e humanitárias. Foi um dos primeiros-oficiais portugueses a ir para a Bósnia nos anos 90 e até há meia dúzia de anos atrás comandou os bombeiros de Sacavém.
No ano em que a “Revolução dos Cravos” celebra 45 anos, José Martins aponta um caminho ainda por percorrer, nomeadamente, no que toca à sua freguesia.
À nossa rubrica, o autarca refere que “falta a necessária afirmação da dimensão desta união de freguesias” e explica que a junta já não é só do Carregado, e por isso necessita de ganhar mais identidade, depois de operada a reforma das freguesias durante o mandato do antigo primeiro-ministro Passos Coelho.
Para o presidente “só depois de se afirmar pela sua dimensão, pela sua gente e pela sua história, é que se consegue fazer alguma coisa”, refere, apontando que a União de Freguesias representa 35 por cento da população do concelho de Alenquer.
Para o autarca, o crescimento e a importância da sua freguesia parte também da sua localização geográfica estratégica, tendo igualmente bons acessos através de autoestrada, e ferrovia.
José Martins considera que sendo a freguesia bastante populosa, “é uma pena que isso não se traduza a nível dos apoios financeiros”. Embora com limitações, o autarca refere “que todos os dias vamos fazendo alguma coisa”. “Se todos os dias fizermos nem que seja mais alguma coisa de novo, no fim do ano temos 365 coisas feitas”, ilustra desta forma o modo como tenta dar “a volta ao texto nos destinos da autarquia”.
O autarca lamenta a falta de resposta da junta para algum tipo de expetativas da população. “Hoje as pessoas querem qualidade de vida. Querem saneamento, limpeza das ruas e dos caminhos vicinais e querem que as distâncias se encurtem para as instalações sociais”. José Martins lamenta a falta de transporte, por exemplo, na localidade de Cadafais “que é aqui mesmo ao lado, mas onde, ainda, subsistem dificuldades deste tipo”. “Muitas vezes não damos valor, porque quem vive aqui no Carregado tem seis ou sete grandes superfícies comercias, e Cadafais não tem um transporte para vir ao Carregado”, lamenta-se.
Em 45 anos de democracia, o autarca a revela que na sua opinião há ainda “muito por fazer” e explica que “seria preciso baralhar e dar de novo” porque considera que “grande parte dos problemas existentes são estruturais”.
José Martins salienta que a insatisfação da população relativamente a certos temas não se traduz apenas nas reuniões das assembleias ou nas reuniões de executivo “porque perto de 18 mil pessoas vivem na União de Freguesias, e seguramente terão problemas ou motivos de queixa, mas acomodam-se muito”, vincando que poucas são as que aparecem nas reuniões.
Lamenta ainda os efeitos mais ou menos perversos da nova lei das freguesias que hoje “não passam de figuras de estilo, porque têm vindo a ser esvaziadas das suas competências”. “Tudo aquilo que foi conquistado foi-se perdendo”. O autarca fala na perda das fontes de financiamento, e dos mecanismos legais para se ligarem às necessidades das populações,
À nossa rubrica, o autarca refere que “falta a necessária afirmação da dimensão desta união de freguesias” e explica que a junta já não é só do Carregado, e por isso necessita de ganhar mais identidade, depois de operada a reforma das freguesias durante o mandato do antigo primeiro-ministro Passos Coelho.
Para o presidente “só depois de se afirmar pela sua dimensão, pela sua gente e pela sua história, é que se consegue fazer alguma coisa”, refere, apontando que a União de Freguesias representa 35 por cento da população do concelho de Alenquer.
Para o autarca, o crescimento e a importância da sua freguesia parte também da sua localização geográfica estratégica, tendo igualmente bons acessos através de autoestrada, e ferrovia.
José Martins considera que sendo a freguesia bastante populosa, “é uma pena que isso não se traduza a nível dos apoios financeiros”. Embora com limitações, o autarca refere “que todos os dias vamos fazendo alguma coisa”. “Se todos os dias fizermos nem que seja mais alguma coisa de novo, no fim do ano temos 365 coisas feitas”, ilustra desta forma o modo como tenta dar “a volta ao texto nos destinos da autarquia”.
O autarca lamenta a falta de resposta da junta para algum tipo de expetativas da população. “Hoje as pessoas querem qualidade de vida. Querem saneamento, limpeza das ruas e dos caminhos vicinais e querem que as distâncias se encurtem para as instalações sociais”. José Martins lamenta a falta de transporte, por exemplo, na localidade de Cadafais “que é aqui mesmo ao lado, mas onde, ainda, subsistem dificuldades deste tipo”. “Muitas vezes não damos valor, porque quem vive aqui no Carregado tem seis ou sete grandes superfícies comercias, e Cadafais não tem um transporte para vir ao Carregado”, lamenta-se.
Em 45 anos de democracia, o autarca a revela que na sua opinião há ainda “muito por fazer” e explica que “seria preciso baralhar e dar de novo” porque considera que “grande parte dos problemas existentes são estruturais”.
José Martins salienta que a insatisfação da população relativamente a certos temas não se traduz apenas nas reuniões das assembleias ou nas reuniões de executivo “porque perto de 18 mil pessoas vivem na União de Freguesias, e seguramente terão problemas ou motivos de queixa, mas acomodam-se muito”, vincando que poucas são as que aparecem nas reuniões.
Lamenta ainda os efeitos mais ou menos perversos da nova lei das freguesias que hoje “não passam de figuras de estilo, porque têm vindo a ser esvaziadas das suas competências”. “Tudo aquilo que foi conquistado foi-se perdendo”. O autarca fala na perda das fontes de financiamento, e dos mecanismos legais para se ligarem às necessidades das populações,