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Polémica das vacinas dentro dos lares de idosos: Manuel Frazão diz que nem tudo é preto e branco 
Presidente do Secretariado Regional de Santarém da União das Misericórdias Portuguesas diz que é preciso ter em linha de conta algumas excecionalidades relacionadas com o processo
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Explica que no caso de existir um surto dentro de uma instituição “todo o pessoal acorre aos utentes e lida de perto com a situação” para ilustrar que não há posições estanques
|07 Mar 2021 19:54
​Sílvia Agostinho

Desde que se iniciou a vacinação contra a Covid-19, que os lares de idosos têm estado sob os holofotes, tendo em conta os alegados abusos levados a cabo nesse processo. Há dirigentes acusados de aproveitamento e de terem ficado com sobras de vacinas ou mesmo de se terem colocado à frente de funcionários. Manuel Frazão, presidente do Secretariado Regional de Santarém da União das Misericórdias Portuguesas, ao Valor Local diz que é preciso ter em linha de conta algumas excecionalidades relacionadas com o processo, embora diga que não compactue com as situações em que os “prevaricadores têm de ser punidos”.
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Ressalva que à priori o Governo deveria ter determinado os critérios para a toma da vacina que no seu entender pecaram por serem demasiado genéricos no início. O também provedor da Misericórdia de Pernes, Santarém, explica que no caso de existir um surto dentro de uma instituição “todo o pessoal acorre aos utentes e lida de perto com a situação” para ilustrar que não há posições estanques em que parte dos funcionários não lida com utentes, até porque nunca se sabe quando mais braços podem ser necessários, porque os surtos não têm hora marcada para aparecerem.
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“No surto que se passou na minha instituição tive 38 funcionários de baixa e as administrativas tiveram de ir para a linha de frente fazer apoio domiciliário”, e por isso “qualquer ativo das misericórdias ou outras instituições é necessário para socorrer os nossos utentes”. Na sua opinião, o ministério da Saúde e o da Segurança Social poderiam ter acautelado este tipo de realidades.

Para além de que “durante a primeira toma da vacina, muitos funcionários estavam a rejeitar essa necessidade, e tiveram de ser os provedores a dar o exemplo para motivarmos essas pessoas que, no fundo, tinham medo”. Manuel Frazão explica ainda que “ninguém foi alertado para os sobejos de vacinas que foram compostas dentro das nossas instituições”, esclarece para ilustrar que as doses não vinham feitas previamente.  No caso da Misericórdia de Pernes “foram os bombeiros locais os beneficiados” com as sobras. Manuel Frazão diz ainda que não foi vacinado. Os critérios deveriam ser mais elásticos e contemplarem, no seu entender, ainda os voluntários porque “há que defender a instituição no seu todo”.
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O dirigente destaca que no caso das misericórdias “temos provedores que são muito ativos dentro das instituições”. “Recentemente houve um surto na Misericórdia de Benavente e não havia colaboradores. Tiveram de recorrer a uma empresa externa e a colaboradores da Cruz Vermelha. O provedor não foi vacinado, mas tinha todo o direito a sê-lo porque esteve na linha da frente”.

Depois da toma da primeira dose da vacina, sucederam-se surtos em vários lares do país e da região, e no entender de Manuel Frazão tal não está relacionado com nenhum abrandamento nos cuidados tomados pelas instituições. “As pessoas continuam a ter receios, mas julgo que é apenas algo que não é explicável, até porque a primeira toma não é suficiente como sabemos”. Para Manuel Frazão, a pandemia colocou à prova a vida nestas instituições com vários danos mentais associados – “Há uma provedora num distrito próximo do nosso que esteve 44 dias dentro da misericórdia porque não tinha colaboradores que chegassem”. Trabalhar em espelho é também um desafio para as colaboradoras das instituições – “As pessoas andam cansadas física e mentalmente”.
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