(c/vídeo) Polémica faturas ADAZ
“Não somos tontinhos nem os kamikazes das águas” A autarquia tem estado debaixo de fogo nos últimos meses devido à polémica das faturas da água
Sílvia Agostinho
19-12-2016 às 22:12 A Câmara Municipal de Azambuja tem estado debaixo de fogo nos últimos meses devido à cobrança das tarifas de saneamento básico, onde este serviço não está acessível à população porque as ligações não foram completadas pela antiga Águas do Oeste e por conseuqência Águas da Azambuja
Silvino Lúcio, vice-presidente da Câmara de Azambuja, em entrevista ao Valor Local declarou que as obras vão arrancar a breve trecho, esperando-se que seja desta que a entidade em alta cumpra de vez com o prometido. Cerca de mil pessoas no concelho, sobretudo na União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro, não têm a caixa do coletor das águas para se ligarem. Mas a Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) defende que esse serviço pode ser fixo ou móvel. "Quero também dizer que não andamos aqui à espera que as coisas aconteçam. Nós sabemos do impacto negativo que estas medidas produzem, sentimos a contestação da oposição", refere o vice-presidente. Outras obras foram ainda anunciadas recentemente por parte da concessionária local mas sem se comprometer com valores e prazos. Está previsto inverter o sistema de abastecimento de água às freguesias de Vale do Paraíso, Aveiras de Baixo, e Aveiras de Cima com a possibilidade de um ponto de entrega mais acima para além do existente em Virtudes. "Esta nova obra com projeto feito deverá arrancar até final de dezembro", assegura Silvino Lúcio. Sobre o polémico tema das faltas de água consecutivas em Aveiras de Cima, fez o mea culpa por não se ter investido no passado na renovação deste sistema. "O projeto inicial não contemplava a substituição daquela conduta, não sendo um objetivo prioritário. Agora temos de tentar diminuir o impacto negativo. As circunstâncias por vezes obrigam-nos a mudar de rumo." Sendo este um tema fraturante no concelho, o vice-presidente sabe que a população está descontente e que o PS pode pagar mais tarde essa fatura: "Não somos tontinhos, maluquinhos nem kamikazes. Não andamos aqui a dar o corpo às balas para no fim prejudicarmos as famílias e exigirmos algo do género – 'Agora que vos prejudicámos, votem lá em nós'. Obviamente que não. E sabemos que o que está a acontecer tem o efeito que tem. Não vale a pena escondermos isso. E sabemos que perante tais factos a oposição tem feito seu caminho com os cartazes que já se encontram espalhados pelo concelho. A chamarem-nos de malandros e a argumentarem que possuímos interesses junto da empresa das águas. Trata-se de algo completamente distorcido porque existe um contrato com a empresa e nesse aspeto tentámos minorar ao máximo as consequências. E mais uma vez repito também neste aspeto, um dia a verdade virá ao de cima sobre o esforço que foi feito, em que ficámos a um passo do resgate da concessão nas negociações", diz. Assista à entrevista completa aqui: Valor Local TV - Entrevista Silvino Lúcio
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