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POR LINHAS DIREITAS
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Noutros tempos, mas não no “tempo da outra senhora”, o “Maestro” foi agraciado com a Ordem de Mérito num reconhecimento público pelo seu contributo à cultura tauromáquica portuguesa.
Nestes tempos, nada se ouviu da Ministra da Cultura, Graça Fonseca. Nem uma palavra de reconhecimento, nem tão-pouco uma breve nota de pesar. Nada. O silêncio da principal responsável pela pasta da Cultura não é inocente e tem significado político. Tal como foi um acto político a sua recusa em receber o barrete de forcado que lhe foi oferecido pelos grupos de forcados amadores de Évora e de São Manços. A Ministra da Cultura tem aversão à tauromaquia e a tudo o que envolve esta forma de expressão cultural. Graça Fonseca tem toda a liberdade pessoal para não gostar do “mundo dos toiros”. Mas, enquanto Ministra da Cultura, Graça Fonseca tem o dever de defender a liberdade de todos aqueles que são aficcionados. A sua liberdade individual não vale mais do que a liberdade individual dos outros. Contudo, neste tema, todos os actos de Graça Fonseca são tomados para afrontar, hostilizar e menorizar todos aqueles cidadãos que se revêem na cultura tauromáquica. E este comportamento sectário só pode merecer o nosso veemente repúdio! Porque impor aos outros aquilo de que se gosta ou proibir aos outros aquilo de que não se gosta mais não é do que cercear a liberdade individual de cada um. É também nesta perspectiva que devem ser analisados os recentes projectos de lei para acabar com o apoio público às touradas e que foram apresentados pelo PAN, pelo Bloco de Esquerda e pelo PEV (parceiro do PCP na CDU). Aliás, durante o debate na Assembleia da República, uma das deputadas do PAN até disse que “não têm de ser todos os portugueses a pagar, com dinheiros públicos, as touradas através de apoios ou subsídios”. Mas, os mesmos portugueses já podem pagar com os seus impostos a actividade de organizações que trabalham com a comunidade LGBTI (Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo)! E certamente que é mera coincidência que a actual Ministra da Cultura se tenha assumido publicamente como homossexual! Que não haja dúvidas: estou-me nas tintas para a orientação sexual de quem quer que seja! Agora não aceito que para umas coisas os meus impostos não podem servir e para outras coisas os impostos que pago já são bons, sendo a escolha apenas ditada por critérios de “gosto”, por aquilo que está na moda ou que é “politicamente correcto”. Até porque a “narrativa” dos apoios públicos à tauromaquia é uma ficção criada pelos extremistas que nos querem impor apenas aquilo de que eles gostam e que nos querem probir de ter aquilo que eles não gostam.
A tauromaquia é tutelada pelo Ministério da Cultura, no entanto não existe qualquer programa de apoio à mesma. Ou seja, a tauromaquia recebe zero euros do Orçamento do Estado! Também ao nível das autarquias locais os apoios financeiros não têm tido qualquer expressão significativa: entre 2013 e 2017, o investimento do Poder Local em espéctaculos tauromáquicos foi pouco mais de 250 mil euros! Também por isso começa a tornar-se cada vez mais evidente que todos estes ataques extremistas à cultura tauromáquica e ao mundo rural mais não são do que um mero instrumento para corroer as nossas vivências populares, as nossas tradições, a nossa forma de viver e de sentir a terra que nos rodeia. É óbvio que há quem genuinamente acredita no bem-estar animal. Não é a esses que me refiro. O combate tem ser feito àqueles que nos querem impor um extremismo animalista para a construção de um “admirável mundo novo” em que a liberdade individual é posta em causa e sujeita à “ditadura do gosto” de imbecis que defendem que as galinhas são violadas pelos galos e que até existe mau trato animal quando os cavalos são montados pelo Homem, como recentemente foi dito pela deputada Luz Maria do PODEMOS (o congénere espanhol do Bloco de Esquerda). Nestes tempos da “modernidade” e de que “isto agora é assim” os cidadãos moderados não podem claudicar ou “assobiar para o ar”. É a sua liberdade individual que está em causa. A não ser que o Caro Leitor também seja daqueles que acredita que as galinhas são violadas pelos galos… |
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Muito bom... a liberdade é escolher individualmente o que se quer. Sem imposição de quem quer que seja...
Luísa Martins
Azambuja
01/08/2020 21:16
Luísa Martins
Azambuja
01/08/2020 21:16
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