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Presidente da Câmara de Azambuja alarmado com as últimas notícias do aterro

Comunicado da Zero já levou a um pedido de esclarecimentos junto da tutela, face aos perigos do amianto misturado com os resíduos orgânicos


Sílvia Agostinho
03-10-2019 às 12:48


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Em declarações ao Valor Local, e depois da notícia que dava conta da ilegalidade no funcionamento dos aterros de resíduos não perigosos, em Portugal, incluindo o da Triaza em Azambuja, por parte da Zero- Associação Sistema Terrestre Sustentável, na sequência da reportagem e da denúncia de cidadãos efetuada na edição de agosto passado do nosso jornal, o presidente da Câmara, Luís de Sousa, diz ter ficado "extremamente preocupado".

Recorde-se que após ter dito ao Valor Local, em agosto, que o aterro da Triaza não merecia especiais reparos a nível da receção de resíduos, a associação ambientalista acabou por investigar o assunto de outra forma, face aos alertas lançados com o nosso trabalho, tendo dado a conhecer, esta terça-feira, em comunicado que há ilegalidades graves com a deposição de amianto e resíduos orgânicos em aterros de resíduos não perigosos. A mistura destes dois tipos de resíduos na mesma célula de um aterro é proibida porque os resíduos biodegradáveis geram subprodutos que podem ajudar à libertação de amianto, com risco para a saúde e o ambiente. Em conjunto ambos podem gerar trocas químicas, contribuindo os orgânicos para fragilizar "todo o equipamento de proteção do amianto e libertação das suas fibras para o interior".
​As águas pluviais contribuirão ainda "para a dissolução do amianto no ambiente, e por isso é proibido misturar os dois tipos de resíduos".

Luís de Sousa refere que já enviou as últimas notícias produzidas pelo nosso jornal, bem como outra documentação relativa ao processo, para as entidades como a Agência Portuguesa do Ambiente, CCDR-Lisboa, que no fundo são as que fiscalizam este tipo de estruturas  O autarca diz que a Câmara não é informada quando essas ações decorrem junto do aterro e o seu funcionamento por parte das entidades governamentais. Quando é informado isso acontece por iniciativa da própria Triaza, que vai dando conhecimento. O autarca confessa que a comissão da Câmara que se encontra a acompanhar todo o processo com visitas regulares à unidade tem uma capacidade limitada de avaliação/intervenção. Luís de Sousa diz que espera por respostas tão breve quanto possível dada "a gravidade das declarações da associação Zero" e o necesssário esclarecimento. Recorde-se que todo o processo de licenciamento do aterro de Azambuja está  no alvo de todas as atenções por parte da Polícia Judiciária que se encontra a investigar este dossier.


Face a tudo isto, o ministério do Ambiente, na sequência do comunicado da Zero, já veio dizer que os resíduos de amianto estão a ser depositados cumprindo todas as regras, usando "as melhores técnicas", e de acordo com a lei. Na resposta, o Governo diz que os resíduos de construção e demolição (RCD) contendo amianto "não estão a ser depositados nos aterros dedicados à receção de resíduos urbanos (nomeadamente, domésticos)". O Valor Local esteve no aterro da SUMA/Triaza em Azambuja e pôde atestar esse depósito  na unidade, através de uma localização específica na célula, sendo que as imagens foram corroboradas por Rui Berkemier, especialista em resíduos da Zero, como se tratando efetivamente de amianto. 

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Já a empresa, a participada da Suma- a Triaza, em contactos estabelecidos pelo nosso jornal responde de forma vaga, sendo que aquando da nossa reportagem em agosto passado, abordando estas mesmas temáticas, alegou que cumpria a lei. ​Recorde-se que a empresa ao longo dos anos tem recusado o escrutínio através de entrevista presencial tendo em conta a sua atividade em Azambuja, respondendo por escrito às questões, mas de forma cada vez mais incipiente e pouco esclarecedora. O Valor Local já manifestou em diversas ocasiões disponibilidade para o cabal esclarecimento da Triaza.

Em comunicado, a Zero já reagiu à informação produzida pela tutela evidenciando que não dá respostas às preocupações da associação ambientalista, nomeadamente, quando o que está em causa é a mistura de resíduos de amianto com resíduos biodegradáveis.  

"A Zero considera, pois, lamentável que o ministério, em vez de reconhecer a existência de um problema grave na gestão destes resíduos perigosos e procure a sua resolução, tente, de uma forma inaceitável, introduzir a confusão na opinião pública."

O problema desta atitude, é que "enquanto não reconhecer a existência deste grave problema o ministério não vai tomar as medidas urgentes para o resolver e assim reduzir os riscos para a saúde e o ambiente.", conclui.

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O que devemos pensar desta entrevista do “nosso” Presidente?
Não o conheço. Não sei se estudou no Seminário, se era competente profissionalmente e muito menos se é pessoa confiável para defender os Munícipes da Azambuja e proteger o território do Concelho.
Mas não me cheira a palavras de pessoa preocupada pois avançou com uma comissão de acompanhamento sabendo que os seus membros não tinham conhecimentos ou competências para o bom desempenho da mesma e por isso está à vista a calamidade e crime ambiental consumado.
Sei que não vão morrer pessoas pelo amianto do aterro, mas sei que vai haver um agravamento da doença de CÂNCER na população da Azambuja na próxima ou próximas décadas.
E agora? Basta serem tirados os resíduos contaminados com Amianto? Não haver alargamento do Aterro?
Ou o mal está feito e é irreversivel?
O Senhor Presidente diz que teve sempre contacto com a empresa que explora o Aterro, pelo que se pode concluir que sabia da descarga de centenas ou milhares de toneladas de Amianto.
Não sei o que possa dizer mais, senão esperar pela justiça divina e que esta gente não tenham mais descanso!
Jorge Ferreira
Azambuja
03/10/2019 18:53

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