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Presidente da Cerci de Azambuja acusado de passar à frente na toma da vacina contra a Covid-19
Em causa está a vacinação no CAO. José Manuel Franco terá deixado cerca de 7  pessoas da linha da frente fora do processo. Dirigente refuta acusações e diz que foi vacinado enquanto cuidador e que apenas três pessoas ficaram excluídas porque quiseram
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A nossa fonte refere que reportou o caso junto da Saúde Pública, Direção Geral de Saúde, Fenacerci, e até da Ordem dos Enfermeiros
| 01 Fev 2021 17:42
​Sílvia Agostinho

O presidente da Cerci Flor da Vida, José Manuel Franco, é acusado em declarações ao jornal Valor Local por uma funcionária do Centro de Atividades Ocupacionais - CAO (que preferiu o anonimato por receio de represálias) de  ter ficado à frente de várias colaboradoras da linha da frente no acesso à primeira toma da Covid-19, que decorreu no dia 23 de janeiro. A mesma funcionária refere que o responsável quis privilegiar no acesso à vacina "as senhoras doutoras do CAO em detrimento das auxiliares de ação direta", sendo que neste processo terão ficado de fora  cerca de sete a dez pessoas que lidam todos os dias de perto com os utentes da instituição.

A nossa fonte refere que reportou o caso junto da Saúde Pública, Direção Geral de Saúde, Fenacerci, e até da Ordem dos Enfermeiros que em carta enviada à funcionária da instituição diz que vai enviar o caso para o ministério da Saúde e task-force da vacinação contra a Covid-19 em Portugal.

De acordo com a funcionária, terão ficado fora do processo três funcionárias da cozinha, duas auxiliares de ação direta, uma assistente social, e uma despenseira, todas elas da linha da frente. Já o presidente da instituição refuta por completo as declarações da funcionária. Segundo o dirigente, a vacinação não é considerada prioritária nos centros de atividades ocupacionais, mas apenas em estruturas residenciais, sendo que no caso da Cerci todos os utentes e funcionários daquela valência (28 profissionais e 23 utentes) foram vacinados, à exceção de três utentes por terem outros quadros de saúde. No CAO, refere José Manuel Franco, "apenas ficaram de fora três funcionárias da linha de frente por opção delas, porque não queriam ser vacinadas". A nossa fonte diz que "algumas dessas funcionárias não foram tidas nem achadas no processo porque o presidente queria privilegiar as técnicas, prova disso é que foi vacinada uma psicóloga e a diretora técnica e quando a assistente social ficou de fora, embora faça parte da linha da frente". Algo que o presidente da instituição condena veementemente. Na lista de vacinação constaria ainda o nome de um dirigente da Cerci que emigrou há semanas para o estrangeiro, algo que a funcionária também estranha, condenando a postura de privilégios do presidente da instituição. 

"Soube que a vacinação ocorreu no dia 23/01/2021 e que todas as monitoras do CAO, incluindo a diretora técnica foram vacinadas e nenhuma das ajudantes de ação direta que trabalham com elas foram vacinadas. Não entendo os critérios estabelecidos para as monitoras serem vacinadas e não as ajudantes uma vez que estas estão na linha da frente na prestação de cuidados aos utentes", pode ler-se na carta enviada à Ordem dos Enfermeiros à qual o Valor Local teve acesso.
 
Já quanto ao facto de José Manuel Franco ter sido um dos vacinados, refere que o foi enquanto "cuidador". "Estou na linha da frente como muitos outros trabalhadores. Desde março que estou aqui todos os dias, aliás dia e noite. Estive envolvido de forma muito direta e próxima no combate aos surtos que a instituição enfrentou, em que por sorte ninguém morreu. Tivemos o máximo de zelo na nossa conduta durante esta pandemia. Não se trata de estar a privilegiar os meus interesses pessoais, mas apenas zelar pelo interesse de todos", refere, acrescentando que à partida, o CAO nem era para estar contemplado no plano não fora o facto de receber utentes entre as 9h00 e as 17hoo, caso contrário apenas teriam sido abrangidos os funcionários da estrutura residencial pertença da instituição. Terá sido o próprio a alertar para essa necessidade junto das entidades de saúde. Questionado sobre a imagem que pode passar para a opinião pública, numa altura em que são notícia os casos de diretores de lares e presidentes de instituições que tomam a opção de serem vacinados, refere que "tem estado a 100 por cento na instituição", que praticamente "dorme" dentro da Cerci e que se tem privado do contacto com a família desde março do ano passado. "O que aparece na comunicação social ou nas redes sociais passa-me ao lado".

Refere ainda que já foram vacinados todos os utentes do CAO de Olhalvo. José Manuel Franco condena ainda a postura da funcionária em causa" que está de baixa há três meses e que queria ser vacinada". "Tudo tem limites!", demonstra. Segundo a funcionária  foi-lhe prescrita  baixa, devido a um problema respiratório,  por uma pneumologista do Hospital de Vila Franca que não sabe quando terminará. Acredita que se fosse vacinada podia regressar mais depressa ao trabalho.

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