Presidente da Junta Póvoa-Forte acredita que não há razões para avançar com desagregação das freguesias
Ana Cristina Pereira salienta que o assunto ainda não chegou de forma oficial à assembleia de freguesia, mas caso isso aconteça será formada uma comissão para dar seguimento ao mesmo
|06 Set 2022 17:49
Miguel António Rodrigues A presidente da junta da Póvoa - Forte no concelho de Vila Franca de Xira garante que se a questão da desagregação da união de freguesias for abordada em sede de assembleia da freguesia, o assunto será tratado como previsto na lei 39/2021. No entanto, em entrevista à Rádio Valor Local, Ana Cristina Pereira salienta que o assunto ainda não chegou de forma oficial à assembleia de freguesia, local, onde, caso venha a ser discutido o assunto, será formada uma comissão para dar seguimento ao mesmo.
A autarca considera para já extemporânea a questão, uma vez que salienta que as duas freguesias juntas, ganharam “economia de escala”, nomeadamente no que toca aos recursos humanos e materiais que eram díspares entre a antiga junta do Forte da Casa e a da Póvoa de Santa Iria. Ana Cristina Pereira vinca que antes da agregação “o Forte da Casa tinha um quadro de pessoal diminuto, não possuía técnicos superiores, com serviços que tinham de ser externalizados, que não se conseguiam resolver internamente”. A autarca revela que tem alguns serviços descentralizados entre o Forte da Casa e a Póvoa, servindo assim as populações das duas localidades, mantendo “os dois edifícios abertos para um melhor atendimento à população”. Ana Cristina Pereira considera, por isso, que na sua opinião não faz sentido falar de desagregação, e recorda a história das duas localidades, outrora freguesias autónomas, na utilização de recursos como a estação, as piscinas e até as escolas, “pois quando não havia algo numa localidade, havia na outra”. O que é certo é que a localidade do Forte da Casa só foi elevada à categoria de freguesia em 1985, corria à época o mandato da CDU no concelho de Vila Franca de Xira, liderado por Daniel Branco, que tinha iniciado funções em 1979. Essa elevação é um dos argumentos em termos históricos para uns apelarem à desagregação e à autonomia, e por outros, nomeadamente o PS, para chamar a atenção para a história da localidade que nem sempre foi autónoma em termos administrativos. Ainda assim há itens obrigatórios para a desagregação das freguesias, como a existência de instalações desportivas e comunitárias, cemitério, bem como o próprio número de população, sendo que por alto, o Forte da Casa não terá para já condições, apurou o Valor Local, para a desagregação. No entanto a localidade do Forte da Casa, conta com cerca 12 mil habitantes, e tem vindo a perder alguns recursos, nomeadamente agências bancárias. Durante a pandemia, ainda em 2021, antes das eleições, os partidos políticos e a população juntaram-se para evitar a saída do balcão do Montepio, que era o último banco na localidade. A união não deu frutos e o balcão acabaria mesmo por sair, deixando os clientes sem alternativa e levando-os a deslocações à Póvoa ou Alverca. Ana Cristina Pereira lamenta a decisão destes bancos, e refere ao Valor Local, que estas agências têm apostado cada vez mais no digital, vincando que nem todas as camadas da população conseguem ter acesso, por exemplo, a uma caixa multibanco ou mesmo ao homebanking. |
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