Presidente da União de Freguesias Carregado/Cadafais acusa IP de ser criminosa
Aumenta o número de acidentes no Casal Pinheiro
| 08 Maio 2023 10:02
SA/MAR Um acidente com uma vítima mortal, envolvendo um motociclo e um ligeiro, foi o mote para voltar a despertar a indignação dos autarcas e da população que diariamente circula na Estrada Nacional 3. Há muito que os autarcas de Azambuja e Alenquer pedem medidas para combater a sinistralidade, nomeadamente, na zona entre Azambuja e Carregado, com especial incidência na zona industrial de Vila Nova da Rainha e no Casal Pinheiro, onde no passado dia 18 de março, um motociclista perdeu a vida.
Este acidente fez de novo despertar uma preocupação premente por parte dos autarcas locais, levando o presidente da União de freguesias de Carregado e Cadafais, José Martins, a enviar às entidades competentes uma carta onde mostrou a sua indignação por aquilo que considera ser o “abandono da freguesia” por parte dessas mesmas entidades. A preocupação já não é de agora. Tem anos. Algumas melhorias foram feitas, com a colocação de sinalização ou a redução de velocidades, no entanto, só isto parece “saber a muito pouco” aos populares e aos familiares das dezenas de vidas que os bombeiros de Alenquer e Azambuja já tiveram de socorrer naquele local, e muitas vezes sem sucesso. José Martins, presidente da junta, lamenta o estado a que chegou a Nacional 3 e recorda que “quando se fala de trânsito é uma coisa, mas quando se fala em perda de vida humanas é uma catástrofe”. O autarca refere que já perdeu a conta aos acidentes que aconteceram no Casal Pinheiro. “São muitos acidentes com feridos graves. É quase dia sim, dia não, que temos ali um acidente, principalmente no cruzamento junto às bombas da BP”. Ainda assim, salienta a existência de outros locais complicados na Nacional 3, sem deixar de referir que no caso do Casal Pinheiro “estamos a falar de um quadro o dentro de uma localidade, onde a velocidade devia no máximo ser de 50 quilómetros hora” e a situação não se resolve. O presidente da junta recordou ao Valor Local as inúmeras reuniões na IP, as várias manifestações e concentrações que se fizeram pelas vítimas da nacional 3 em conjunto com Azambuja, e lamenta “realmente que já não exista respeito”. José Martins diz que tem a responsabilidade de presidente de junta e alerta: “Morrem pessoas na Nacional 3. Continuam a morrer e não se faz nada” lamenta. Para o autarca “isto é um crime” e acrescenta: “O senhor ministro e o senhor secretário de estado que têm a tutela desta área, ao não fazerem nada, constituem-se quase como criminosos”. O autarca recorda que o trânsito vai ainda aumentar mais por via da abertura de mais empresas na zona de Vila Nova da Rainha, e compara com a estrada que liga o Carregado a Arruda dos Vinhos, “que tem sinalização semafórica, em que quem entra a mais de 50 quilómetros à hora é obrigado a abrandar a velocidade”, algo que José Martins defende por exemplo para o troço que passa pelo Casal Pinheiro. José Martins diz que as entidades com a IP ou a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) não respondem às autarquias quanto à necessidade da colocação de limitadores de velocidade na via. Para o autarca, estamos perante “um desinteresse completo, uma autêntica falta de respeito, uma falta de tudo. Falta de princípios e de responsabilidade”. O autarca revela que a Câmara de Alenquer e até a junta poderiam de per si encontrar soluções junto das empresas e colocar sinalização, mas refere que não é possível. “Não podemos porque a tutela é da Infraestruturas de Portugal, que neste momento devia ser extinta, como aconteceu ao SEF”. Para o autarca há falta de vontade política, e existem outras situações na freguesia como o caso da Nacional 1 - Entre Muros. De um lado está uma paragem de autocarro, do outro uma paragem e a entrada para a urbanização da Barrada. Este é um espaço onde a junta já pediu para intervir e que até ao momento, continua a ser um outro fator de perigosidade para as populações, que passam a estrada no local, apesar de existir uma passadeira. O autarca gostava que fosse feita uma passagem aérea, no entanto tem esbarrado também com a falta da resposta das várias entidades responsáveis. |
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