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Profissionais do Hospital de Vila Franca ficaram indignados com a notícia das casas de banho  

Diretor clínico da unidade de saúde assegura que é impossível colocar macas naqueles espaços, mas alerta para a necessidade urgente de ampliação das instalações


Sílvia Agostinho
21-07-2019 às 17:13


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​O Hospital de Vila Franca de Xira volta a figurar como uma das unidades do país com melhor avaliação no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS). Entre as mais de cem instituições que participaram neste estudo da responsabilidade da Entidade Reguladora da Saúde, a unidade que serve os concelhos de Vila Franca de Xira, Alenquer, Azambuja, Arruda dos Vinhos, e Benavente é um dos hospitais do país com mais áreas com nível máximo de excelência clínica, concretamente, Cirurgia de Ambulatório; Cirurgia Geral - Cirurgia do Cólon; Cuidados Transversais - Avaliação da Dor Aguda; Neurologia - Acidente Vascular Cerebral; Obstetrícia - Partos e Cuidados Neonatais e Pediatria - Cuidados Neonatais. Sensivelmente um mês depois do surgimento de um outro relatório que dava conta do internamento de doentes em refeitórios e casas de banho, situações entretanto desmentidas pela administração da José de Mello Saúde, o Valor Local falou com Mário Paiva, diretor clínico desta unidade, tendo em conta a aparente contradição produzida pela tutela para o mesmo hospital.

O diretor clínico refere que sendo ambos os relatórios distintos, a notícia reportada ao relatório que foi produzido pela Entidade Reguladora da Saúde com base em queixas de utentes e familiares – (a escassos dias do anúncio da não renovação da PPP nos atuais moldes) – que dava conta do internamento em refeitórios e casas de banho “foi algo que indignou os profissionais do hospital”. “Esse tipo de situação seria impensável para todos aqueles que aqui trabalham”, refere, acrescentando que a nova unidade, inaugurada em 2013, encontra-se aquém do número de camas desejável para internamento de doentes agudos. Aliás o número de camas não subiu em relação ao antigo hospital, sendo que a procura disparou, bem como o aumento do número de especialidades.

O também médico pediatra refere que cerca de 30 a 40 pessoas continuam a permanecer no hospital após receberem alta, o que é um fator crítico quando se fala em falta de camas nesta unidade de saúde, que tem apenas uma capacidade para 280 camas, obrigando muitos doentes a “permanecerem na urgência por ausência de camas nos pisos de internamento, e isso é algo que nos perturba”. Por outro lado, muitos dos doentes com alta ficam a aguardar nas ditas zonas de refeitório, mas que no fundo são pequenas alas onde aguardam “que os venham buscar, nomeadamente, as instituições ou os familiares”. Sendo certo que há casos notórios de negligência e de desinteresse por aqueles doentes por parte das famílias. São normalmente pessoas mais velhas à espera há muito tempo, em que a resposta só surge mais tarde e por parte da Segurança Social. O hospital apenas tem conhecimento de uma queixa relacionada com a questão da casa de banho – “Foi em 2015 que essa questão foi apresentada. É impossível desde logo internar alguém numa das casas de banho porque a maca não entra. Existe o espaço dos banhos assistidos que não é casa de banho, onde, uma vez, um doente pediu para ficar ali, porque havia demasiado barulho e luz no tal local designado erradamente por refeitório, mas que eu saiba foi uma única vez.”

Quanto à avaliação produzida pelo SINAS que entregou ainda ao hospital de Vila Franca de Xira, segundo avaliação produzida no início do mês de julho, excelência clínica de nível 2 (duas estrelas) às áreas de Cardiologia - Enfarte Agudo do Miocárdio; Unidade de Cuidados Intensivos; Cuidados Transversais: Tromboembolismo Venoso; Ginecologia - Histerectomias; Ortopedia – Artroplastia da Anca e do Joelho e Tratamento Cirúrgico da Fratura Proximal do Fémur e Pediatria – Pneumonia; “é o resultado de um trabalho e de uma estratégia direcionada para a excelência da qualidade do ato médico”. A adesão ao SINAS é voluntária. “Ao longo do tempo fomos aderindo a novas propostas de trabalho neste âmbito, com planeamento estratégico, amadurecimento das equipas dentro desta cultura, e em que a responsabilidade é maior”.

Em algumas patologias, o hospital montou mesmo alguns circuitos como o do Acidente Vascular Cerebral (AVC) que compreende a chegada do doente e o seu diagnóstico, “com uma série de parametrizações clínicas a decorrer sem quebra de tempos, de forma eficiente e rápida”. A servir uma população sobretudo idosa, o hospital definiu ainda um circuito do idoso com um número de camas atribuídas, e onde se trata de forma integrada as incidências e as doenças do ponto de vista da Geriatria, sobretudo doentes oriundos da urgência.
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Mário Paiva trabalha na unidade há 30 anos, e conheceu os dois tipos de gestão- a pública, “sistematicamente controlada pela tutela e com problemas de défice orçamental”, por oposição “a esta gestão de parceria público-privada como a que temos em que existe maior liberdade, atendendo às necessidades imediatas dos serviços sem termos de ficar à espera de outra entidade externa  que dê autorização para fazer isto ou aquilo”. “Temos uma gestão de qualidade em que conseguimos fazer planeamento a longo prazo”.

Um dos desafios da gestão clínica deste hospital prende-se com a procura crescente de utentes não oriundos dos cinco concelhos. Nesta altura não há mãos a medir para encaixar quem venha, por exemplo, de Santarém, Cartaxo, Torres Vedras, Salvaterra de Magos, apenas para citar concelhos próximos, à procura de uma consulta ou de um tratamento no hospital de Vila Franca de Xira. Para o diretor clínico “é tudo uma questão de equilíbrio entre a procura e a oferta, mas é sobretudo um desafio”. “Não pretendemos ser um hospital de final de linha, (hospital central) para a maioria das doenças, mas de facto fazemos aqui muita coisa”, orgulha-se, referindo ser da maior importância a ampliação das atuais instalações, até porque em certas patologias os tempos de espera para consultas ou cirurgias, e conforme os casos, chega a ser de seis meses. 

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​Comentários

eu e um familiar meu já fomos intervençionados na ortopedia e na cardiologia e dermatologia e neorologia e oftonalgia a não ser algum tempo de espera na primeira consulta fomos sempre bem atendidos profionalmente e com a maxima simpatia ve-se rialmente muita gente nas salas de espera mas eu próprio já lá fui muita vêz ao refeitório e as casas de banho e nunca lá vim macas os nossos agradeçimentos atodos os medicos enfermeiros e a
todo o pessoal por quem fomos atendidos F.Martins
Fernando Martins
Porto Alto
24/07/2019 21:01

Estou à espera de uma consulta de PENEUMOLOGIA (estou aflito com falta de ar)há mais de três meses, e até hoje NADA
Carlos Martins
Arruda dos Vinhos
23/07/2019 15:36

Hospital muito bom grande preficionais . O dr Mário Paiva grande médico que muito ajudou o meu filho. Maternidade 5* serviço do 5 andar 5 * bem aja a todos
Maria Rocha
Sobralinho
23/07/2019 12:48

Já fui várias vezes intervencionada nesse hospital.Conheço-o mt.bem.Posso garantir que as noticias são falsas e absurdas.Como em qualquer outra unidade hospitalar há falhas. Mas não passa plo internamento em xcasas de banho,nem refeitório, Já estive internada numa ddessas ditas salas a aguardar a ida para o quarto e estive mt.bem instalada e smp bem assistida.Nem nos hospitais dm Lisboa há tão boas condições,como o de V.F.XIRA!
Maria Helena Patrão
Alverca do Ribatejo
 22/07/2019 23:16

É mentira haver doentes instalados nas casas de banho do hospital de Vila Franca de Xira. Já estive internada nesse hospital 3 vezes e conheço mt bem as instalações e o cuidado e dedicação dos médicos, enfermeiros e restante pessoal para com todos os doentes. Nas casas de banho não há nem nunca houve doentes a pernoitar. Pura mentira.
Constância Costa
Rondulha-Vila Franca de Xira
22-07-2019 às 07:17

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