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Projeto Tejo: Autarcas de Salvaterra temem possíveis efeitos nefastos 
Eutrofização das águas, uma possível consequência, pode comprometer a prática de banhos e desportos náuticos neste concelho

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Em traços gerais é proposta a construção de quatro açudes de baixa altura no baixo Tejo, com espaços de 20 quilómetros, entre Azambuja e a Golegã
| 11 Jan 2021 10:32
Sílvia Agostinho

O Projeto Tejo que pretende responder à falta de água que se começa a sentir no território ribatejano está a ser alvo de controvérsia um pouco por toda a parte. O tema foi discutido numa das últimas reuniões de Câmara de Salvaterra de Magos numa questão levantada pelo vereador do Bloco de Esquerda, Luís Gomes. Em traços gerais é proposta a construção de quatro açudes de baixa altura no baixo Tejo, com espaços de 20 quilómetros, entre Azambuja e a Golegã, seguidos de dois açudes de média altura entre Almourol e Abrantes, munidos de eclusas para barcos e escadas de peixes. O objetivo é construir uma espécie de autoestrada de água contínua de Lisboa a Abrantes.

Luís Gomes advertiu que teme os efeitos deste projeto no denominado açude de Valada com a possibilidade de “eutrofização das águas” devido ao aumento de temperaturas no verão, que pode levar ainda à estagnação do leito, propiciador do alastramento de cianobactérias no Tejo junto a este concelho que pode comprometer a prática de banhos e desportos náuticos, mas principalmente a captação de água para abastecimento público, nomeadamente, a partir da Estação Tratamento Água de Vale da Pedra, bem como a pesca de espécies como a lampreia e o sável. Segundo o autarca, os mentores do Projeto Tejo estão apenas preocupados com a disponibilidade de água para o regadio.

O presidente da Câmara Hélder Esménio informou que vai pedir esclarecimentos junto da Agência Portuguesa do Ambiente sobre esta matéria, manifestando também a sua preocupação. O Valor Local questionou a Câmara de Salvaterra sobre esta matéria que informou que soube, entretanto, que o Projeto Tejo  não está incluído nos investimentos a levar por diante no período 2020/2030 pelo Governo de Portugal, “o que não coloca o assunto como prioritário na avaliação feita pela administração central. 
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“Sem o conhecimento/avaliação de eventuais impactes ambientais, viabilidade hidrológica, técnica e financeira, subsequente ponderação de vantagens e desvantagens é prematuro tomar posição sobre esta matéria", concluiu.
 
Objetivos do Projeto Tejo

O projeto desenvolvido pela   Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo refere que um dos objetivos passa por combater a desertificação agrícola e rural que já se faz sentir na região, e combater a interioridade, desenvolver a economia regional, fixar populações e criar um número significativo de postos de trabalho. A obra está orçada em 4500 milhões de euros, dos quais 1900 milhões de euros dizem respeito ao sistema primário (barragens, açudes, estações elevatórias e adutoras), 2090 milhões de euros aos sistemas secundários (estações elevatórias e redes de rega) e 420 milhões de euros para sistemas complementares (drenagem, viário, elétrico e outros).

Os caudais para rega resultarão do aproveitamento dos escoamentos do próprio rio Tejo e quando estes se reduzem no verão, mediante águas armazenadas nas barragens já existentes nos afluentes do rio, ou a construir, como seja a barragem do Alvito
Entre outros desígnios deste projeto são apontados vários benefícios para além da rega como o abandono do uso das águas subterrâneas, mas visa possibilitar ainda a navegabilidade entre Lisboa e Abrantes, controlar a cunha salina na zona da Lezíria, promover a atividade náutica e turística, ajudar no combate aos fogos, controlar as cheias e produzir hidroeletricidade. O projeto pretende poderá estender-se até aos 300 mil hectares, dos quais 240 mil no Ribatejo, 40 mil na região Oeste e 20 mil em Setúbal.
 

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