Protejo faz balanço dos principais focos de poluição no Tejo ao ministro do Ambiente

O curso de água permanece doente apesar de algumas escassas melhorias
SA
15-12-2018 às 21:29
O movimento ambientalista de defesa do Tejo, Protejo, vai reunir-se com o ministro da tuela no princípio de 2019. Num comunciado enviado às redações, a plataforma ambiental destaca entre outros assuntos que em cima da mesa, vai estar a avaliação de 10 casos específicos de poluição apresentados em finais de 2017 naquele curso de água, e com isso proceder-se a um balanço de lá para cá.. 

Um desses locais, é a Albufeira de Santa Águeda, Castelo Branco, onde e para "cabal esclarecimento e para  futura melhor proteção desta água cujo fim único é o de abastecimento público, deverá a Agência Portuguesa do Ambiente  fornecer o conjunto de todas as análises já efetuadas  e reforçar a vigilância da água nomeadamente nos parâmetros oxigénio", diz o comunicado passado um ano após a última observação de um conjunto de parâmetros. Este curso de água, no entender do Protejo, não tem sido devidamente fiscalizado, no que diz respeito a práticas agrícolas ali decorrentes, "por absoluta falta de meios de recolha de amostras, assim como, de outros equipamentos portáteis que permitam interpretar de forma devida as ocorrências, e recolher os meios de prova através do SEPNA da GNR". 

Em segundo lugar, vem a poluição provocada pela Celtejo, e por isso "devem ser tomadas medidas para a contenção das descargas poluentes no rio Tejo na zona de Vila Velha de Ródão". Por outro lado em  Ortiga/Mação "é facilmente verificável o avançado estado de degradação das instalações das duas ETAR e a sua inoperância", continua a enumerar o movimento que destaca "os efluentes que escorrem pela linha de água, contaminando o solo e empestando o ar com um cheiro nauseabundo, indo desaguar ao rio Tejo". Para além disso "é importante observar a manutenção de caudais ecológicos nas barragens do Fratel e Belver".

O movimento está ainda preocupado com o curso do rio Tejo, no Concelho de Abrantes, em que várias barreiras artificiais como o açude de Abrantes e o Travessão da PEGOP, em Pego, "impedem a conectividade fluvial prejudicando a progressão de espécies ao longo do rio e a passagem de pequenas embarcações". O aterro sanitário da Valnor em Abrantes é outra fonte de preocupação "dado que se encontra a escorrer para a linha de água efluente devido à não impermeabilização com tela de uma célula do aterro. "

Tem vindo ainda a agravar-se o problema  da poluição causada pela Fabrióleo, em Torres Novas, "com preocupações acrescidas com a saúde pública", bem como por parte da Tomatagro no concelho de Rio Maior. As suiniculturas de Fráguas, Rio Maior, são outro dos focos de poluição no rio. O Nabão, afluente do Tejo, e os seus problemas de poluição encerra os dez casos de problemas no Tejo, indetificados pelo Protejo

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