Protejo quer alternativas sustentáveis aos projetos que preveem quatro açudes no rio
Movimento vai levar à ministra da Agricultura um memorando com os seus pontos de vista contra o Projeto Tejo
|02 Jun 2021 16:09
O Movimento Protejo vai entregar à Ministra da Agricultura o Memorando “Por um Tejo Livre" para mostrar as alternativas aos novos açudes e barragens do Projeto Tejo. O encontro está marcado para o próximo dia 9 de junho pelas 15 horas.
Esta ação acontece visto que o ministério da Agricultura lançou um concurso público para “avaliar o potencial hídrico e hidroagrícola do Vale do Tejo e Oeste através do regadio, com a captação, armazenamento, transporte e distribuição de água, com delimitação de regiões potencialmente irrigáveis, e análise dos impactes socioeconómicos e ambientais.”, no valor de 400 mil euros, que tem sido propalado pelos promotores do Projeto Tejo como veículo de fundamento do seu projeto. Esta é, segundo o movimento, "uma ação de defesa de rios vivos sem poluição e livres de açudes e barragens para assegurar a conservação dos ecossistemas e habitats aquáticos, o usufruto do rio pelas populações ribeirinhas e os fluxos migratórios das espécies piscícolas." O Protejo exige, neste sentido, medidas que visem a recuperação ecológica do rio Tejo e de toda a sua bacia para salvaguardar a continuidade dos ciclos vitais que ditam a sustentabilidade da vida através da conservação e recuperação da sua biodiversidade e do seu património. Refere ainda em comunicado que quer assegurar a integração de caudais ecológicos determinados cientificamente nos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo com a coordenação das administrações de Portugal e Espanha, implementados nas barragens portuguesas (Fratel, Belver, Castelo de Bode, entre outras) e nos pontos de controlo que atualmente estão presentes na Convenção de Albufeira, em Cedillo e Ponte de Muge. A realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) pelo Ministério do Ambiente que integre o desenvolvimento de estudos de projetos alternativos com base nas metas da Estratégia para a Biodiversidade 2030 e das Diretivas Quadro da Água, Aves e Habitats, tendo em conta todas as alternativas, ambiental, financeira e tecnologicamente mais eficazes, uma politica de recuperação de custos dos serviços da água e o uso adequado do erário público considerando o custo de oportunidade destes projetos é outra das reivindicações. O movimento considera que o Projeto Tejo está a ser apresentado como "a única alternativa e solução definitiva para garantir água ao setor agrícola do Baixo Tejo e Oeste apesar dos graves impactes ambientais negativos que virão agravar todos os problemas até hoje identificados no rio Tejo e em toda a sua bacia, e acrescentando, por essa via, mais e maiores pressões sobre a sustentabilidade da vida." Não deixe de ler: Combate às Alterações Climáticas: O que já estamos a fazer na região Projeto Tejo: Autarcas de Salvaterra temem possíveis efeitos nefastos Está na Hora de Salvar o Tejo Deixe a sua Opinião sobre este Artigo
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