PSD e CDS-PP de Azambuja enterram machado de guerra e vão juntos na corrida autárquica
Rui Corça (PSD) e Vasco Lima (CDS) sublinham que a gestão socialista ficou aquém das necessidades da população
|01 Março 2021 16:49
O PSD e o CDS-PP de Azambuja vão voltar a candidatar-se às autárquicas de Azambuja em coligação. Em 2017 a coligação foi desfeita, a escassos meses das eleições numa rotura que deu que falar entre Rui Corça, cabeça de lista, e José Carlos Matos, antigo líder do CDS local, mas agora e depois de uma análise ao mandato autárquico do Partido Socialista, ambos os partidos querem reeditar esforços. José Carlos Matos ao que apurámos faz parte das listas para 2021, mas não será o interlocutor principal, e Rui Corça, recandidato, parece ter melhores relações com o atual líder, Vasco Lima.
Num comunicado em conjunto, a que o Valor Local teve acesso, as duas estruturas partidárias lideradas por Rui Corça (PSD) e Vasco Lima (CDS), referem que estes últimos quatro anos de mandato autárquico “demonstraram à exaustão que o projeto político do Partido Socialista está esgotado e traduziu-se na prática numa gestão municipal errática, vazia de ideias, obras ou ações, sem qualquer planeamento estratégico e definição de prioridades, e principalmente muito aquém das necessidades das populações”. Entre outros temas destacam questões como as polémicas do aterro ou das centrais fotovoltaicas, mas também outras problemáticas de gestão corrente como a necessidade de se colocar em prática o arranjo de estradas municipais, cujo documento remonta a 2017, “considerado como muito prioritário, mas que continua por resolver”. PSD e CDS dão conta de uma “grande falta de capacidade de gestão e de fazer aplicar as verbas” pois apesar de a saúde financeira da Câmara se apresentar como “fulgurante” pouco ou nada avança. Lembram que entre 2016 e 2020, “os contribuintes entregaram à Câmara de Azambuja quase oito milhões de euros de Imposto Único de Circulação”. Por isso concluem que “as promessas não saem do papel apenas por incapacidade de planear bem e fazer rápido”. Os partidos que voltaram à mesa das conversações, também apontam o dedo à CDU. PSD e CDS, em comunicado, acusam o único vereador comunista David Mendes de se comportar “como um jogador suplente que nunca apresentou quaisquer propostas ou soluções alternativas e válidas e sem grande discussão quanto às opções tomadas pelo PS”. No comunicado divulgado à comunicação social, as comissões políticas concelhias do PSD e do CDS avançam que decidiram iniciar contactos formais para a construção de uma “plataforma política alternativa ao atual impasse autárquico”, que será aberta a cidadãos independentes e eventualmente a outras forças partidárias, “tendo em vista uma ação autárquica concreta focada nas pessoas e para as pessoas”. Os dois partidos pretendem apresentar os candidatos às juntas durante o mês de março. |
|
Leia também
Militares da GNR fazem de psicólogos de idosos isolados do concelho de AlenquerEm tempo de pandemia, têm sido estes homens e mulheres, por vezes, um dos poucos pontos de contacto das pessoas que vivem sozinhas
|
História de uma tempestade perfeita onde tudo "correu mal". Passados dois meses do surto que afetou 129 trabalhadores, ouvimos a história na primeira pessoa
|
As vozes e os programas da Rádio que se Ouve em todo o Lado. Associada ao Jornal Valor Local pretende preencher uma lacuna após o desaparecimento, nos últimos anos, de várias estações em FM na nossa região
|
Vertical Divider
|
Notícias Mais Populares
Mulher do presidente da junta do Carregado está livre de perigo Idosa portadora de Covid-19 preocupa autoridades em Aveiras de Cima Presidente da Cerci de Azambuja acusado de passar à frente na toma da vacina contra a Covid-19 João Leal sofreu acidente de trabalho mas só quer um emprego Câmara de Azambuja compra plataforma móvel para a Proteção Civil: Nova Viatura já causa polémica |