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Reportagem Valor Local sobre acidente da Póvoa acorda lembranças

Choque violento aconteceu no dia 5 de maio de 1986
Sílvia Agostinho
22-05-2016 às 10:00
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A reportagem do Valor Local publicada no passado mês de março sobre os 30 anos do acidente ferroviário da Póvoa de Santa Iria, que aconteceu no dia cinco de maio de 1986, levou a que muitos leitores deixassem o seu próprio testemunho desse dia no nosso site. Ou porque também estavam na estação, ou porque trabalhavam nas imediações, ou mesmo porque perderam amigos ou estiveram no socorro aos sobreviventes.

Também motivados pela nossa reportagem, os bombeiros da Póvoa de Santa Iria organizaram, recentemente, um debate em que discutiram os meios de socorro utilizados à época e a comparação com os dias de hoje.

Entre os testemunhos deixados no nosso site está, por exemplo, o de João Figueiredo, de Sacavém, bombeiro à época, que refere ter sido aquele um dos maiores acidentes que presenciou. “Viam-se corpos, uns feridos outros sem vida por tudo o que era lado”, e prossegue – “Uma senhora com os intestinos de fora, estava pendurada na parte de fora da carruagem, como se de uma peça de carne no talho se tratasse. Foi coberta com um cobertor para não estar à vista de toda a gente.”

Junto ao quartel dos bombeiros da Póvoa, que na altura ficava mesmo junto à estação, existia uma pala no apeadeiro “que foi derrubada, e um rapaz que lá estava ficou espalmado como uma bolacha”. O antigo bombeiro diz mesmo que os bombeiros e os civis que participaram na ocorrência mais pareciam “empregados de talho”.

Paulo Simões, São João da Talha, também se lembra bem até porque estava no comboio, e diz: “Estava na última carruagem da composição que se encontrava parada na estação da Póvoa. Fui o ultimo a sair antes do embate. Foi o pior dia da minha vida.”

Ana Baptista, de Vila Franca, também tem uma história para contar: “Sobrevivi ao acidente porque estava de birra com duas das minhas melhores amigas que morreram nesse mesmo acidente. Jamais me esquecerei delas e não me perdoo por estarmos zangadas. Por outro lado salvaram-me a vida, porque, hoje, estaria ao lado delas com toda a certeza”.
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Ana Pedro, da Póvoa de Santa Iria, trabalhava nos CTT que ficavam próximos da linha férrea, e também teve um papel naquele dia. “Ouvi um estrondo enorme e os CTT são invadidos por pessoas a quererem telefonar, decidimos não encerrar na hora de almoço para que as pessoas o pudessem fazer”.

“Era das poucas pessoas no local naquele momento, estava de folga e fui comprar o jornal ao quiosque que havia na época junto da passagem de nível e vi o comboio subir pela traseira do outro que estava parado na estação, foram momentos terríveis de dor e impotência, nunca mais me esqueço daquelas imagens”, refere por seu turno António Madeira do Forte da Casa.


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