Ribeira da Milhariça foco de ratos, cobras e maus cheiros
Qualidade da ribeira em Aveiras de Cima transtorna populações
Sílvia Agostinho
29-07-2016 às 16:32 A ribeira da Milhariça, em Aveiras de Cima, precisa urgentemente de obras de limpeza. Completamente inundada de canas, já nem é possível verificar que no local passa um curso de água. Arlindo Correa, morador junto a esta ribeira, queixa-se dos maus cheiros provenientes do local, bem como da proliferação de ratos e cobras devido ao estado insalubre da água.
Indignado com o estado da situação até refere que qualquer dia coloca “as cobras e os ratos à porta da Câmara”, até porque há mais de 10 anos que a ribeira não é limpa. O facto de existir uma fábrica ligada ao setor das areias paredes meias com o curso de água “também não ajuda à situação”, assim como, a própria população “que vem despejar terra para dentro da ribeira”. Acresce a este estado de coisas que “no ano passado a Proteção Civil andou a cortar as canas, mas deixou-as dentro da ribeira”, ilustra o morador. Por outro lado, refere que frequentemente se assiste a despejos de detritos agrícolas em outras zonas da ribeira, e “neste momento até vêm depositar alcatrão ali na zona do antigo mercado mensal”, também junto à ribeira, o que pode significar mais um foco de problemas. “Os maus cheiros chegam a ser de tal intensidade que durante a noite, nestes dias de verão e calor e intenso, não podemos abrir a janela,” refere Arlindo Correa, que se continua a queixar – “A junta coloca a culpa na Câmara, e a Câmara também não faz nada. Não se pode perguntar nada a nenhuma destas entidades porque ficam sempre muito ofendidos”. Em reunião de Assembleia de Azambuja, o presidente da Câmara, Luís de Sousa, informou que a limpeza da ribeira da Milhariça está agendada, tendo em conta que já foi lançado o procedimento concursal para o efeito. “A ribeira será limpa no que concerne à sua localização na malha urbana”, deu conta.
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