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Rumo à Rússia: Jornada de Hélder Batista ao rubro na Europa

Alenquerense tem feito sensação por onde quer que passe
Sílvia Agostinho
16-05-2018 às 20:25
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Partiu no dia cinco de Maio de Alenquer rumo à Rússia… de bicicleta. Com toda a convicção do mundo, Hélder Batista, anda por estes dias, a pedalar pelo centro da Europa. Já passou todo o território nacional e Espanha, e no dia que a nossa reportagem o contactou, andava por terras próximas de Bordéus. O objetivo, recorde-se, é chegar à Rússia a tempo do encontro de futebol entre a seleção nacional e Marrocos, que se disputará a 19 de junho. O objetivo deste aventureiro não é apenas o da superação pessoal mas também angariar fundos para a Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro (Acreditar).

As etapas têm sido duras, mas Hélder Batista já sabia que não ia ser fácil. Contudo a sua condição física tem estado à altura. Tem procurado ficar sempre por pequenas vilas quando toca a pernoitar. Le Meuret era a paragem quando lhe telefonámos. O ciclista já é uma sensação pelas terras por onde andou, e a comunidade emigrante portuguesa em França tem acarinhado Hélder Batista ao longo do seu percurso. “Ora me pagam almoços, ora me pagam cafés”, ri-se. No facebook, tem partilhado fotografias e vídeos desta travessia., “embora o tempo seja pouco para transformar este percurso em algo turístico porque também há que descansar, comer, e  lavar a roupa”.

Os locais também têm apreciado a jornada de Hélder, como foi o caso de uma proprietária de um hotel que lhe fez um desconto porque o parque de campismo local não tinha condições. “Trata-se de um hotel rural de duas estrelas que me fez um desconto fabuloso. Tem sido surpreendente a adesão destas pessoas aqui na zona basca francesa. Até já sabiam da minha aventura. Não sei se leram nos jornais, ou viram nas notícias”. Todo este acolhimento está a dar grande energia a este aventureiro, que trabalha no município de Alenquer, e que faz esta jornada de forma solitária.
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Hélder Batista já teve algumas peripécias. Ao entrar numa ciclovia partiu o encaixe do atrelado. Teve de subir os Pirinéus quase com a mochila às costas para não sobrecarregar o material. “Cheguei tardíssimo. A Decathlon ainda estava aberta porque muitos portugueses avisaram para que se esperasse por mim. Era completamente de noite quando entrei na cidade. A polícia escoltou-me até ao meu destino. Foi muito engraçado ter a polícia espanhola a abrir caminho para que eu pudesse chegar ao destino. Nesse dia pernoitei num albergue para peregrinos do Caminho de Santiago”, apesar de ser uma espécie de outsider. O espírito está a ser incrível e estes momentos “vão ficar para sempre” garante o ciclista.

Falta um mês para chegar ao destino, mas Hélder Batista diz estar dentro dos timings, até se encontra um pouco mais adiantado no percurso, face às suas iniciais previsões. O percurso entre Portugal e Espanha é dos mais duros, e a próxima dificuldade será em Frankfurt na Alemanha que será “sempre a subir”. A sua condição física está bem e recomenda-se. Apesar de nunca ter feito um percurso com este grau de dificuldade, e tão longo, as muitas maratonas que ainda tem para cumprir em cima da bicicleta não se afiguram como intransponíveis. “Com certeza que no dia 19 lá estarei ao pé da seleção”. Todos os dias Hélder pedala cerca de sete a oito horas. Depois “é descansar, descansar, descansar”, elucida. A família assiste a todo o percurso à distância. Não deixa de estar apreensiva, “mas tenta compreender o máximo possível”.
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