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Salvaterra inaugurou Centro de Documentação da Falcoaria

A iniciativa assinalou o primeiro aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade
06-01-2017 às 19:54
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A Câmara Municipal de Salvaterra de Magos inaugurou em dezembro de 2017 o Centro de Documentação “Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes".

A iniciativa assinalou o primeiro aniversário do Reconhecimento pela UNESCO da prática da Falcoaria em Portugal como Património Cultural Imaterial da Humanidade, numa candidatura liderada pela Câmara Municipal de Salvaterra de Magos e apresentada em conjunto com a Universidade de Évora e a Associação Portuguesa de Falcoaria.

A autarquia assumiu nesta candidatura a criação de um Centro de Documentação com o objetivo de investigar, adquirir e disponibilizar informação sobre a prática da Falcoaria e, ao mesmo tempo, promover e divulgar a Falcoaria Real de Salvaterra de Magos, mantendo atualizadas e disponíveis ao público as coleções que o venham a constituir.

O novo espaço reúne, por isso, uma biblioteca, um arquivo e uma sala de leitura. No mesmo local funciona também a sede da Associação Portuguesa de Falcoaria e o Espaço Cátedra UNESCO.
Na cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, destacou a importância do Centro de Documentação para “todos aqueles que queiram estudar a arte da Falcoaria e a história do Concelho de Salvaterra de Magos”.

Passado um ano do anúncio que consagrou a falcoaria de Salvaterra em Adis-Abeba, Etiópia, Hélder Esménio relembrou algumas peripécias daqueles dias em que a ansiedade era muita para se conhecer finalmente o anúncio da UNESCO, como o facto de a comitiva portuguesa ter chegado atrasada “quando todos os outros países estavam à nossa espera”. Foram dias em que se roeram as unhas, e o nervosismo era muito. Pra trás tinham ficado muitos anos de investigação e a concretização de um sonho em realidade. O autarca salientou ainda que em 2013, o número de visitas à falcoaria rondava os três mil por ano, e atualmente chega aos 15 mil.

Por seu turno, o presidente da Associação Portuguesa de Falcoaria, Pedro Afonso, agradeceu a cedência de espaço por parte da autarquia para a criação da sede da associação e sublinhou a mais-valia do novo Centro. “O facto de termos um Centro de Documentação sobre Falcoaria em Portugal é um passo gigante, estamos na linha da frente do que de melhor se faz no mundo e é uma semente para o conhecimento, académico e não académico, sobre Falcoaria”, disse.

Filipe Themudo Barata, representante da Universidade de Évora, felicitou a Câmara Municipal por esta aposta. “Não há muitos centros de documentação especializados como este”, referiu.
Para Natália Correia Guedes, este centro “é um convite dirigido aos salvaterrenses que têm em casa documentos, objetos e memórias e que os devem oferecer à terra”.

A criação deste Centro de Documentação vem fortalecer o registo assumido em 2014 de "Salvaterra de Magos - Capital Nacional da Falcoaria", tornando a Falcoaria Real num edifício que preserva a evolução histórica da falcoaria, aliando o conhecimento e a investigação à prática desta arte milenar cada vez mais ativa no nosso país.
 
Fundamentação da atribuição do nome Centro de Documentação “Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes”

Natália Correia Guedes, doutorada em Museologia, desempenhou vários cargos públicos, designadamente o de subsecretária de Estado da Cultura entre 1990 e 1991, quando se realizou a compra do Edifício da Falcoaria Real por parte da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos ao Conde Monte Real. 

Fundadora e presidente da Associação Portuguesa de Falcoaria é descendente dos falcoeiros holandeses que se fixaram em Salvaterra de Magos no século XVIII, ao serviço da coroa portuguesa.
Joaquim da Silva Correia, pai de Natália Correia Guedes, dedicou muito do seu tempo à pesquisa sobre a história de Salvaterra de Magos e sobretudo ao estudo da falcoaria, do edifício da Falcoaria Real e à descendência da sua esposa aos falcoeiros holandeses de Walkenswaard.
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O estudo e pesquisa de Joaquim da Silva Correia e Natália Correia Guedes deram origem à publicação de um livro em 1989 “O Paço Real de Salvaterra de Magos”, sendo até então uma das obras mais completas sobre a história da nossa vila.

A doação de Natália Correia Guedes constituiu-se como o primeiro acervo documental recebido pela Falcoaria Real .


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