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Samora Correia: Um mundo de histórias em exposição sobre a Rua do Grilo

Guiados por Joaquim Salvador, animador cultural do município de Benavente responsável pela recolha e montagem da exposição, os visitantes puderam visitar alguns quadros e recordar Samora de outros tempos
Sílvia Agostinho
29-08-2017 às 19:31
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​Como habitualmente, as festas de Samora Correia iniciaram-se também este ano com a inauguração de uma exposição evocativa dos modos de vida da cidade. Este ano a abordagem passou pela antiga Rua do Grilo, hoje rua da Associação Comercial de Lisboa, depois do terramoto de 1909, e que em tempos foi o ex-libris local das compras e do comércio samorense. Patente na galeria dois do Palácio do Infantado, recupera em espaços mais pequenos aquelas que foram algumas lojas marcantes na Samora Correia de há décadas atrás como a mercearia, a farmácia ou a taberna.

Guiados por Joaquim Salvador, animador cultural do município de Benavente responsável pela recolha e montagem da exposição, os visitantes puderam visitar alguns quadros e recordar Samora de outros tempos. “Foi na Rua do Grilo que existiu o primeiro pronto-a-vestir em Samora, e onde as raparigas que cá moravam eram chamadas de meninas da vila, enquanto as outras eram as do campo”. “No fundo era a baixa desta vila”, aludiu Joaquim Salvador. As mulheres de então “vestiam-se melhor para virem à Rua do Grilo às compras, ou para virem ao cabeleireiro à menina Orlanda, a primeira que existiu em Samora". Depois havia ainda outros pontos do comércio daquela artéria que ainda estão na memória como “a Loja do Carteiro, ou a Maria Larata, o Laurentino, o José Vidal, a Farmácia Martins, o Café Cortiço, o senhor Narciso”.
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“Foi um prazer falar com pessoas cujos pais tiveram mercearias, tabernas ou outras lojas”.
O nome da rua também tinha uma explicação até bastante óbvia. As casas da rua eram feitas de materiais menores como o adobe onde facilmente os grilos entravam “e traçavam os tecidos”. Constantemente, os lojistas se queixavam de tal praga. Com o terramoto, muitas casas vêm abaixo, e a rua passou a intitular-se Rua da Associação Comercial de Lisboa, entidade que contribuiu para a construção. Ainda se pensou no nome do republicano Miguel Bombarda mas ficou sem efeito, numa altura em dominava a moda de se darem nomes republicanos às artérias da vilas e cidades portuguesas.
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​E outros pormenores da vida na artéria foram sendo desvendados por Joaquim Salvador que deu também a conhecer um poema que o escritor Domingos Lobo fez e que marca o início da exposição, alusivo como não podia deixar de ser ao tema Rua Grilo. Nesta rua personagens como a Maria Larata, a Rute, ou a Miquelina que faziam altares aos santos nas suas janelas são referências constantes. Mas nem só do comércio e de compras vivia esta rua, que também era palco de grandes festas, e de convívio entre os samorenses, onde se “rebentava pampilhos e se faziam grandes danças de roda, bailaricos, e fogueiras ”, referiu o animador. “Mas também se rebentavam alcachofras”, respondeu alguém do público. Ainda hoje há personagens incontornáveis desta Samora que vagueiam por esta rua e que qualquer um pode encontrar, também elas mereceram honras nesta exposição que recupera as vidas e as histórias dos samorenses que fizeram a Rua do Grilo.
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Ao mesmo tempo foi inaugurada também no dia 17 de agosto, a exposição de fotografia de Pedro Serranito igualmente patente no Palácio do Infantado que capta pormenores que muitas vezes escapam ao olhar do cidadão de Samora e que estão retratados nesta mostra.

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