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Samorense é agora artista acrobata e viaja pelo mundo fora
A incrível vida de Gonçalo Roque

Desde muito novo que sentiu o apelo da ginástica e treinou na Sociedade Filarmónica União Samorense e na Academia Gimnodesportiva de Samora Correia
Sílvia Agostinho
02-09-2017 às 20:10
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Depois de ter conseguido alcançar a máxima evidência internacional na ginástica acrobática a representar as cores portuguesas, Gonçalo Roque, de Samora Correia, dedicou-se de há uns anos a esta parte a viajar em cruzeiros apresentando espetáculos relacionados com a sua disciplina mas como artista acrobata, como o próprio se define.

Desde muito novo que sentiu o apelo da ginástica e treinou na Sociedade Filarmónica União Samorense e na Academia Gimnodesportiva de Samora Correia. Mais tarde passou pelo Ginásio Clube Português. Gonçalo Roque e Leonor Oliveira, seu antigo par, conquistaram medalhas de ouro, prata e bronze em campeonatos internacionais. Hoje com 28 anos, e depois de um convite por parte do consagrado Cirque du Soleil acabou por abraçar a sua nova vida que diz adorar. Já passou pelas tours do “Pirates Adventura Show Mallorca” e “The Cirque Adrenaline Tour 2”. Ao Valor Local confessa que de início quando foi abordado em 2013 não pensou em seguir a carreira artística “pois sabia que teria de deixar a família e os amigos para trás para seguir esse sonho”. Mas dois anos depois deixou convencer-se pela magia desse mundo muito próprio. A viver o que diz ser uma “experiência única” na sua vida, não tem dúvidas de que “ama completamente” o que faz ao mesmo tempo que viaja pelo mundo integrado em cruzeiros onde os seus espetáculos são levados ao palco. “Sou um sortudo com a escolha que fiz ao seguir a vertente de artista acrobata”. Para isso diz ser imprescindível o apoio da família, que funciona como “o pilar” fundamental para o facto de já ter conseguido somar tantos êxitos.

O seu dia-a-dia é passado normalmente entre treinos. Durante um cruzeiro de uma semana costuma fazer três espetáculos, sendo que um deles se reporta a uma criação sua executada por Gonçalo e a sua parceira. Quando não está envolvido nos treinos (normalmente por dia compreende um treino de acrobacia de cerca de duas horas e um treino de ginásio de uma hora) , aproveita para conhecer ao máximo os locais onde os cruzeiros aportam.

Neste momento, Gonçalo Roque no âmbito dos espetáculos que apresenta faz um número de “Hand to Hand” (que é basicamente ginástica acrobática mas sem as regras desse desporto, com a criação de diferentes posições ou transições para que o público "reaja", o que “é o mais importante”) . “Faço também trabalho de aéreos, seja com a minha parceira ou sozinho, que consiste em "voar" num pano ou em cordas executando diferentes tipos de transições”. O trabalho do artista samorense pode ser encontrado na sua página de facebook ou instagram - Duo Destiny.

Quando se recorda da sua vida como ginasta, lembra que em relação aos apoios foram sempre escassos – “Toda a gente sabe como eles funcionam em Portugal, ou melhor, não funcionam”, demonstra. Os seus grandes apoios foram os pais que suportaram as suas despesas quase todas enquanto ginasta. No Ginásio Clube Português, também teve “um grande apoio”. “Foi lá que conquistei os meus títulos mais importantes e estarei sempre grato a essa instituição, que para mim é a minha segunda casa”. “Estarei eternamente agradecido por tudo o que fizeram por mim”. Mas hoje confessa que consegue dedicar-se totalmente à sua nova carreira, enquanto que na altura em que exercia a profissão de ginasta não conseguia viver apenas dela, o que “era bastante desgastante”.

Exigência é palavra de ordem no seu dicionário, e isso traduz-se nos treinos. “Esta é a minha profissão e tenho a sorte de amar completamente o que faço. Dedico-me a 300 por cento, pois só assim conseguirei prosseguir o nosso (seu e da parceira) sonho”. Podendo dedicar-se ao mundo da acrobacia artística, neste momento, refere que a remuneração varia bastante consoante o sítio onde se trabalha. “Quanto melhor se apresenta o produto final, melhor será o valor que se pode pedir”. E traduz isso na seguinte equação – “Melhores acrobatas, maior nome, melhor remuneração”. Não se podendo ser eterno neste meio, confessa que “temos que pensar que dificilmente se pode ser acrobata com 50 anos, como acontece noutras profissões”, refere.

Quanto a Samora Correia está sempre no seu pensamento, e tem com ela uma “relação muito íntima”. “Amo completamente a minha cidade e é para lá que corro quando regresso a Portugal. Tenho lá os meus melhores amigos, a minha família e todas as minhas tradições. É um local que faço questão de mostrar a todos os meus amigos estrangeiros que me visitam e pelo qual se apaixonam completamente”. Para Gonçalo, Samora “é a cidade que me viu crescer e que me tratou sempre com carinho e é por isso que me sinto tão bem lá”. Mas para já o regresso não se afigura pois o seu projeto de vida passa por fazer espetáculos pelo mundo fora. 
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