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Saúde em Azambuja: Passado, presente e futuro - o Retrato de um concelho onde tudo já foi melhor

Miguel António Rodrigues
29-11-2021 às 18:25

​Cerca de duas centenas de pessoas participaram numa concentração contra a falta de médicos e de condições no Centro de Saúde de Azambuja. Com efeito a “radiografia” no concelho é, segundo autarcas e populações, preocupante e isso está na ordem do dia a nível nacional e claro local.

A situação atingiu um ponto em que a população já desespera não só por causa das filas de espera nas consultas, mas também por causa de questões administrativas como pedir uma simples receita para doentes crónicos.

Pela segunda vez, nos últimos anos, Azambuja volta a ter uma comissão de utentes, que preocupada com esta questão, já pondera encerrar a estrada nacional 3, para chamar a atenção para o problema.

Armando Martins, que liderou um outro movimento em 2005, voltou a encabeçar esta nova frente, que assume “não ser político”, mas a favor das pessoas e também dos clínicos, já que acredita não terem condições para trabalhar.
Em 2005, o porta-voz e o seu movimento chegou a fazer um cordão humano à volta do centro de saúde antigo, para que as urgências noturnas não encerrassem. Foram levadas a cabo manifestações em Lisboa e conseguiu-se o objetivo de manutenção das urgências noturnas abertas.
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Manifestação contou com a participação de mais de 300 pessoas
​Agora queixa-se da “falta de respeito” por parte dos dirigentes das entidades de saúde. Exigiu uma reunião, e embora não tenha sido fácil, conseguiu juntar o presidente da ARS-LVT Luís Pisco, o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio e o novo diretor do Centro de Saúde, Mário Esteves, numa reunião (ver caixa) que aconteceu no fecho desta edição, na quarta-feira dia 24 de novembro.

No entanto a falta de médicos é latente em todo o concelho, seja no Centro de Saúde, ou nas extensões em Alcoentre, Aveiras de Cima, Aveiras de Baixo ou mesmo na União de Freguesias.

Mas esta é uma preocupação com “barbas”. Desde sempre que o município tem tentado soluções para manter médicos no concelho, algo que acontece, e sem sucesso aparente, nos restantes municípios da região, e até no país, com exceção dos centros urbanos e do norte do país.

Silvino Lúcio, presidente da Câmara de Azambuja, diz ter confiança na ministra da saúde, Marta Temido, com quem reuniu-se recentemente. O autarca refere que a falta de médicos é um problema nacional e que Marta Temido terá prometido para uma próxima legislatura a reposição de médicos, no caso do PS sair como partido vencedor nas eleições de 30 de janeiro. Ainda assim, a promessa da ministra não convence, nem a oposição nem os presidentes de junta, sendo que o vereador da oposição PSD, Rui Corça, que esteve presente na manifestação, recordou que o Governo que está em funções “já vai para seis anos não conseguiu resolver o problema no passado e por isso muito dificilmente o resolverá agora.”

Segundo o presidente da Câmara de Azambuja, os autarcas estão expectantes quanto às promessas de Marta Temido. Silvino Lúcio destaca que “infelizmente as coisas não são imediatas”. “Não posso pedir uma reunião hoje e amanhã as coisas estão resolvidas. Se fosse assim era muito bom”, sustenta o autarca que recorda ter dado à ministra um ponto de situação quanto ao estado global na saúde no concelho. Recorde-se que ainda antes da campanha eleitoral, o agora presidente da Câmara deu a conhecer uma medida para contratação de médicos em que o município assumiria despesas no sentido de atrair profissionais.

O autarca diz existir preocupação quanto ao estado das extensões no concelho e reforça por exemplo na União de Freguesias de Manique do Intendente, Maçussa e Vila Nova de São Pedro, a saúde está assente apenas num médico que daqui a cerca de seis meses passa para a reforma, pelo que à posteriori “toda aquela zona ficará desguarnecida”. O autarca diz que é necessária “uma medida preventiva para aquele território, mas temos de começar a pensar noutras freguesias, nomeadamente Aveiras de Baixo, Vale do Paraíso e Vila Nova da Rainha, porque essas não têm mesmo médico de família”.

Em Aveiras de Baixo a situação não fácil à semelhança do restante concelho. Silvino Lúcio presidente da Câmara, mas residente em Aveiras de Baixo, diz que numa primeira fase conseguiu-se uma vitória, com a transferência da população de Virtudes para o Centro de Saúde de Azambuja, “tendo em conta o comboio”. Ainda assim, o autarca salienta que essa “conquista” não foi grande mas importante para aquela população.

Já no que toca à população de Casais da Lagoa, outra aldeia da freguesia de Aveiras de Baixo, tem uma situação também difícil. Faltam transportes. Neste propósito, o autarca está a tentar que seja integrada também no Centro de Saúde de Azambuja, no entanto não esconde os problemas naquela localidade.

Num dia em que o povo de Azambuja saiu à rua para pedir melhores condições, Silvino Lúcio viu essa “concentração” como um ato democrático pois “as pessoas quando se predispõem em prol de um objetivo conseguem”. “E hoje ficou bem patente a forma pacífica e ordeira como se manifestam por esta causa, por uma situação que não pode continuar como está”.
Nesse sentido a autarquia quer promover um programa de fixação de médicos no concelho. Uma medida que pode ter alguma influência no resultado final, mas que noutros locais, não teve muito sucesso. Azambuja a escassos quarenta quilómetros de Lisboa onde estão os hospitais centrais, e os grupos económicos ligados à saúde, não é propriamente desejada pelos clínicos. Podem eventualmente usar a vila para plataforma de transição, tendo em conta os acessos ao comboio, mas muitos preferem os grandes centros urbanos. Talvez por isso muitos clínicos não fiquem muito tempo por estas paragens e prefiram a capital, mas mesmo em Lisboa não há médicos suficientes e fez parte da campanha eleitoral, dos partidos na capital, contornar esta dificuldade com várias medidas.

Em Azambuja, o município quer criar uma série de incentivos, como habitação, viatura e até descontos em impostos municipais e nos equipamentos. Já em Alcoentre, Francisco Morgado, presidente da junta, destaca que a situação não “é famosa”. Alcoentre tem um problema “crónico” com a falta de médicos e já não é de agora.

Morgado refere que está solidário com a ação da população e que todas as pessoas deviam estar na mesma sintonia. Ao todo, diz, “foram recolhidas mais de 3000 assinaturas”. “As pessoas até aderem aos abaixo-assinados, mas muito dificilmente aderem às manifestações. Mas deviam fazê-lo para dar mais força a esta iniciativa que é útil” salienta.

O presidente da junta refere que não existem médicos disponíveis, e que em Alcoentre “temos um que é contratado por uma empresa e só lá vai duas vezes por semana” o que na opinião do autarca é insuficiente, tendo em conta que esta extensão serve mais de 3000 pessoas.

Para além da falta de médicos, há também a ter em conta a falta de condições das instalações atuais - “Não sei onde isto vai parar”, destacando que a falta de médicos é um problema “e não se vê uma solução à vista infelizmente”, referindo que a população tem de continuar a manifestar-se “pelo direito à saúde”.

Na União de Freguesias de Manique, Maçussa e Vila Nova de São Pedro a situação não é melhor. José Avelino, o presidente da junta, disse à reportagem do Valor Local, que o único médico que está na União de Freguesias, “está à beira da reforma”. “Quando se for embora ficamos a zero como as outras freguesias, e por isso somos solidários”. José Avelino considera importante a ação de mobilização da população porque “as pessoas estão a dizer aos responsáveis da saúde que temos um serviço bastante mau”.

É mau ao nível da escassez de médicos, mas também no que respeita à organização, porque para o autarca “não faz sentido deslocar pessoas com mais de 80 anos mais de 30 quilómetros para a sede do concelho, para levar a vacina, porque muitas delas não têm transporte para o posto de saúde”. Argumenta ainda que os serviços podem deslocar “uma enfermeira para o posto de saúde de Manique e vacinarem-se no local as pessoas, pelo menos para a gripe”. Para o presidente da junta “isto revela uma falta de organização e de respeito pelas pessoas mais velhas” que não têm transporte.

Aliás em abril deste ano, os presidentes de junta do concelho assinaram uma carta conjunta a alertar para esta situação. A pandemia e o desvio de médicos para o Centro de Vacinação Covid, agudizou apenas um problema que já vinha de trás.
Foi no anterior mandato, mas os autarcas uniram-se independentemente das forças políticas em torno deste assunto. A missiva enviada a várias entidades de saúde da região e do Estado tinha um denominador comum: O possível encerramento da extensão de saúde de Aveiras de Baixo e o posterior encaminhamento dos utentes para a unidade de Aveiras de Cima. Juntava-se a isto a falta de médicos no restante concelho e a dificuldade de conseguir uma simples receita ou mais grave, uma consulta.
População queixa-se do Centro de Saúde
 
São muitas as queixas dos utentes face ao estado do edifício e até da organização. Se é certo que foram operadas algumas melhorias, segundo relatos chegados ao Valor Local, nos últimos dias, é também certo que as queixas para que seja passada uma simples receita, perduram no tempo.

António Leal, morador em Azambuja, que tem passado os últimos tempos de pandemia em Elvas, diz ter-se deslocado a Azambuja de propósito para participar na concentração. Aos 74 anos, António Leal refere que desde sempre teve médico de família, mas considera uma hipocrisia quando se chega a “esta idade” e se fica sem médico, apontando o dedo ao sistema e aos políticos que “estão sempre a dizer que se preocupam com os mais velhos mas tal não corresponde à realidade”.
“As pessoas têm de se indignar com o que se está a passar em Azambuja. Desde que me conheço que sempre tive médico de família, e chego a esta idade e deixei de ter. Então isto não é uma hipocrisia?”, interroga-se. O morador em Azambuja queixa-se de incongruência e apela mesmo a que o Governo coloque os médicos necessários para a população.
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Joaquim Neves, outro habitante da localidade, indignou-se nas redes sociais e não quis faltar à chamada para esta concentração. Neves “vestiu” mesmo um cartaz onde pedia a reposição de médicos no centro de saúde.
O popular refere que tem descontos para a Segurança Social vai para 38 anos e lamenta a forma como o Estado o trata. “Não tenho sequer médico de família. As minhas filhas também precisam, por exemplo, de serem vacinadas”, destacando as enormes dificuldades que sente.

Joaquim Neves refere também os conhecidos casos de filas de espera à porta do Centro de Saúde de madrugada, para se conseguir uma consulta para o médico que estiver disponível. “Por vezes temos de vir para aqui às cinco da manhã para termos um médico e depois ficamos a saber que não temos vaga”.

Para Joaquim Neves,  “o centro de saúde antigo era cem vezes melhor do que este, e tinha melhores condições”, sublinhando que a concentração é importante, mas diz ter a noção que serão precisas mais ações de protesto ou medidas mais radicais, como aliás referiu Armando Martins, o porta-voz do movimento que deixou no ar um corte da EN3 para chamar a atenção das autoridades de saúde.

Fernando Domingos com cerca de 83 ano e antigo combatente, diz que o que lhe tem valido é o Hospital das Forças Armadas. Diz que tem médico atribuído desde há um ano. “Mas nem sequer o conheço porque nunca consegui uma consulta com ele”. A sua esposa já tentou falar com o clínico, mas este alegou estar de serviço ao combate à Covid, para não atender esta utente, algo que a nossa reportagem não conseguir confirmar.

O idoso que é doente crónico, refere a dificuldade em conseguir medicamentos para a sua condição. E isso tem também influência na sua vida do dia a adia, com a preocupação em conseguir essa mesma medicação de forma mais barata, ou seja, comparticipada, tendo de “recorrer a médicos particulares”. O idoso diz que a passagem das receitas demora muito no centro de saúde, tendo em conta a sua necessidade e urgência do dia a dia.

5 vagas para médicos no concelho de Azambuja

Armando Martins, porta-voz do movimento, e o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio, reuniram-se esta quarta-feira dia 24 com os responsáveis da saúde da região. O encontro que decorreu nos Paços de Concelho juntou à mesma mesa, Luís Pisco, Sofia Theriaga pelo Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo e Mário Esteves do Centro de Saúde de Azambuja.

Segundo apurámos, desta reunião surgiu o compromisso das autoridades de saúde locais para darem “alguma formação aos funcionários no que toca ao atendimento e novos equipamentos telefónicos para que os utentes não estejam muito tempo à espera”. Esta era uma das reivindicações do movimento que se queixou do estado das casas de banho, uma situação que vai agora ser avaliada pela Câmara de Azambuja, que procederá às reparações.

Silvino Lúcio, presidente da Câmara, salientou que nesta reunião ficou a saber que serão abertas cinco vagas para médicos, ainda assim ao Valor Local o autarca adverte que “uma coisa é abrir vagas a outra é conseguir que os médicos venham” dado que em muitos concelhos acabam por não serem preenchidas, mas salienta que a autarquia tudo fará para conseguir.
Esta foi uma meta aplaudida por Armando Martins, mas que não é suficiente. O líder do movimento pediu uma solução urgente, uma vez que através de concurso, só em junho, na melhor das hipóteses existirão médicos colocados. Martins refere o compromisso das autoridades de saúde na contratação imediata de alguns profissionais a empresas externas, o que na sua opinião será uma solução de recurso, mas aceitável.

No que toca a receitas, o movimento propôs e foi aceite que a partir de agora as juntas de freguesia pudessem ter um elo de ligação ao centro de saúde e respetivas extensões. A ideia é que as juntas façam de intermediárias para evitarem deslocações ao centro de saúde, passando a juntas a terem esse papel.
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Para o dia 2 de fevereiro de 2022, está já agendada uma reunião com os responsáveis pela saúde, para avaliar os pontos de acordo assumidos nesta reunião.
​Velho Hospital da Misericórdia deixa saudades aos azambujenses

O Hospital de Azambuja foi inaugurado em 25 de maio de 1959. O edifício propriedade da Santa Casa da Misericórdia local terá sido um acrescento significativo na saúde dos azambujenses, tanto que até ali os serviços de saúde eram prestados em débeis condições noutras instalações, junto à Igreja da Misericórdia.

A inauguração destas instalações pelo governador civil à época António Osório Vaz, tiveram direito a toda a pompa e circunstância, com banda filarmónica e rancho folclórico, juntando todos os apetrechos que eram apanágio num evento destes por altura do Estado Novo.

As instalações eram modernas à época e muitas foram as operações cirúrgicas ali realizadas. A prova disso são as inúmeras descrições de alguns azambujenses mais saudosistas que insistem na tecla de ali terem tirado o apêndice ou levado pontos numa ou outra parte do corpo. Uma realidade longínqua hoje em dia, em que para este tipo de quadros os doentes são encaminhados para as urgências do Hospital de Vila Franca.

Aliás, até início dos anos 2000, era frequente os utentes serem intervencionados naquela unidade. Primeiro enquanto hospital, e mais tarde quando passou a centro de saúde. Mais recentemente em 2005, no atual centro de saúde que sendo moderno e tendo todas as condições, não existem médicos em número suficiente e pequenas cirurgias ou tratamentos são encaminhados para o hospital de Vila Franca, o que leva a que os azambujenses questionem sobre a sua real utilidade, não condenado a ser um moderno elefante branco na saúde local.
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No dia da inauguração do antigo hospital
​Neste propósito são muitos que defendem um regresso a um passado que não é tão distante assim. Ao longo dos anos, o Estado foi encerrando as unidades de saúde para obter poupanças, e a “batata quente” passou para os hospitais de referência que assim ficaram assoberbados com o fluxo de pessoas.

É o que acontece atualmente. Com o Hospital de Vila Franca de Xira a sofrer com a alteração da gestão, e com as unidades de saúde a “rebentarem pelas costuras” tem sido evidente a falta de uma rede de suporte em casos menos graves, o que podia fazer toda a diferença no processo.

Esta é uma ideia defendida pelo médico Cruz Ferreira. Numa entrevista ao Valor Local, o clínico que serviu durante mais de 30 anos no posto de Alcoentre, e também no de Azambuja, refere que as opções do Estado não têm sido as mais corretas, o que na sua opinião tem levado ao atual estado do Centro de Saúde e por consequência no hospital de Vila Franca.
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ImagemO médico Cruz Ferreira foi o autor de um estudo levado a cabo nos anos 80 que permitiu concluir que a grande maioria da população tinha acesso a cuidados médicos
Para Cruz Ferreira, o assunto não passa despercebido à população. Recorda que à época e quando fazia “bancos”, muitos dos problemas eram tratados naquele espaço, tendo levado a cabo em conjunto com uma colega, um estudo sobre os doentes e doenças ali tratados ou encaminhados para o hospital.

O médico refere faltarem agora meios e motivação aos profissionais de saúde, mas reconhece que tal é muitas vezes difícil de incutir, nomeadamente, quando o próprio Estado se demite da sua função.
Também Cruz Ferreira, participou enquanto cidadão nesta concentração pela melhoria do centro de saúde de Azambuja. O clínico sustenta que a população tem razão e que o novo e moderno edifício, onde também foi diretor nos últimos anos, tem todas as condições para muitas das pequenas cirurgias que hoje ajudam a “entupir” o hospital de Vila Franca.
 
Nos anos 80 apenas, era residual o número de doentes encaminhados para fora do concelho

Cruz Ferreira e a administrativa Salvina Franco tiveram a seu cargo um importante estudo sobre a utilização do Centro de Saúde de Azambuja. O estudo que foi publicado em inúmeras revistas da especialidade portuguesas e estrangeiras, dá conta que entre os anos de 1984 e 1985, apenas quatro por cento dos doentes foram atendidos noutras unidades de saúde, nomeadamente, nos hospitais centrais ou distritais.

O documento a que o Valor Local teve acesso, foi elaborado com o objetivo de avaliar a dimensão e capacidade de resposta de um Serviço de Atendimento Permanente (SAP).

O documento teve em atenção a aproximação a Lisboa, cerca de 40 quilómetros e a população local que à época rondava as 25 mil pessoas.

Este estudo estatístico teve por base todas as “fichas dos doentes” que passaram por aquela unidade durante aquele ano.
Num total de 6291 atendimentos conclui-se que apenas quatro por cento dos utentes foram encaminhados para fora daquela unidade, não tendo existido “diferenças significativas entre os sexos”. A pirâmide etária encontrada foi semelhante à da população portuguesa em geral.

Nestes 6291 casos engobaram-se 12 patologias, com predomínio das doenças do aparelho respiratório com cerca de 23,1 por cento de doentes. Nos traumas, que podiam passar por pequenos acidentes, os valores rondavam os 22,5 por cento. Outros sintomas e afecções mal definidas os valores somavam 15,8 por cento.
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O estudo refere que as patologias foram ainda analisadas segundo as variáveis: estações do ano, e grupos etários encontrando-se no primeiro caso “significância estatística quando contrapostos os períodos outono - inverno e primavera verão”
Manuel da Cruz Ferreira e  Salvina Franco, os autores, concluíram ter existido “elevada capacidade de resposta deste SAP” ainda assim à época já referiam a “necessidade de reforço de apoio logístico”, algo também transversal a outras unidades do género.

(fotos a p/b - RTP)


Jornal Valor Local @ 2013


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